Segundo a Wikipédia, seita (do latim secta = “secionar”, “dividir” ou “sactar”) geralmente, é um
conceito complexo utilizado para grupos que professem doutrinas, ideologias,
sistemas filosóficos ou políticos divergentes onde corresponde a doutrina ou
sistema dominante. Quando você está dizendo que os seguidores do Lula ou do Bolsonaro
são seitas, isto não está errado. Mas, segundo o significado, seita seria uma
doutrina política daquilo que está vigente, aquilo que não se concorda. Aquilo contrário
aos seus princípios. Que regime o Brasil tem? Que linha governamental temos?
A muito tempo venho dizendo que não temos partidos de
direita, o único que tem o número expressivo e o DEM (antigo PFL e antigo
ARENA), onde há uma filosofia muito antiga e não cabe mais ao país. Mas, vamos
ser sinceros, estudando história sabemos que nunca houve um plano de modernização
ao Brasil, o Brasil sempre foi alvo de planos econômicos que visavam o benefício
de outros países. Nunca tivemos um plano verdadeiro de modernização e quando
tivemos, quando pareceu que o Brasil ia para uma economia maior, sempre foi
barrado. A ética do brasileiro sempre foi saudar o estrangeiro como necessário para
nossa economia, mas enquanto isso, o nosso país ainda vive – em algumas regiões
– situações precárias e uma infraestrutura que não corresponde da saída da
pobreza que tanto o ex-presidente Lula, tanto fala. O que vale dar dinheiro
para o pessoal do Nordeste, por exemplo, e não arrumar a infraestrutura na região
onde moram? O que adiante dar condições para comprar comida, se não tem condições
para produzir?
Não podemos esquecer que a esquerda política não é só socialista,
a esquerda política tem várias vertentes. O dono e CEO do Facebook, Mark
Zuckerberg, é rico, muito rico, e se diz envolvido com a esquerda
norte-americana (não chamem a esquerda americana de comunista, pelo amor de
Deus!). O astrônomo e físico, falecido recentemente, Stephen Hawking, era
envolvido com a esquerda britânica e não era pobre, assim, existem muitos
pobres que são de direita e conservadores. Por que não? A esquerda brasileira
sempre colocou a elite do Brasil como inimigos do povo, mas, eles não devem ser
vistos como tal, nem heróis e nem vilões, são a parte onde a economia gira. Há exploração?
É obvio que há. Há pobreza crescente? É evidente que há. Mas tem duas coisas
importantes que temos que explicar para começar uma discussão política seria
aqui: primeiro, temos que colocar em mente que o capitalismo herdou vários problemas
sociais que estão na humanidade a milênios e não se resolveu. Por outro lado,
se você não tiver um empresário que compra seu serviço, onde você ganhara
dinheiro? Se essa empresa onde você trabalha não prosperar, você vai perder o
emprego e as contas não esperam você arranjar outro emprego.
Depois, em segundo lugar, a questão socialista como um
sistema de igualdade e doutrinação comunista (é só um resumo, explicar o
socialismo requer muitas páginas), não deu certo e é um sistema que leva a miséria
muito mais rápido. Não produz e o que se produz, não gera renda o bastante as
necessidades que hoje queremos. Como disse, há muita desigualdade e fome no mundo,
mas, a culpa não é do sistema que obedece algumas diretrizes dentro da
economia. O capitalismo não é o vilão e o herói da história, apenas é um sistema
social. Como um sistema é feito de acertos e falhas, e essas falhas, são problemas
de milênios.
Por outro lado, por mais que os seguidores do Bolsonaro possam
me xingar, as falas do deputado não são diferentes. Porque o problema da segurança
pública é muito mais profundo do que mais policiais ou a leis, mesmo o porquê, temos
leis que são até elogiadas por especialistas de outros países. A questão é bem
outra. O crime é feito por pessoas que são iludidas pela mesquinhez social,
isso é fato. Uns vão para o crime e outros vão para o não crime, que podemos
chamar de escolhas e as pessoas não são tão iludidas para saber o que é ou não,
errado fazer. Todos receberam, pelo menos na teoria, educação para saber que
matar ou roubar é errado porque coíbe a outra pessoa de não exercer a liberdade
de ter ou fazer o que quiser. A frase: “bandido bom é bandido morto” pode ser
considerado um álibi, porque se você mata o bandido, você está fazendo ele não ser
punido pelos seus atos. Por outro lado, as pessoas têm sim, todo o direito de
se defender de pessoas que querem te roubar ou querer te ferir, isso é obvio,
porque o direito de defesa é um direito natural. Mas, eu acho, que esse tipo de
discurso que chamo de vazio – porque não tem argumento nenhum – é puro
populismo e não é diferente do discurso do Lula. Na verdade, tanto o Lula,
quanto o Bolsonaro, são dois populistas e tem seguidores políticos não tão
diferentes.
Não se tem mais posições políticas, posições de pessoas
engajadas, se tem um monte de seguidor de seitas políticas que não vão levar a
nada. Podem piorar aquilo que está ruim, aquilo que pode virar a destruição de
uma republica prospera e rica (sim, o Brasil é rico). Eu não quero um governo
populista, um governo que usa a sua máquina para iludir pessoas ignorantes,
pessoas que não sabem dar uma opinião, não sabem nem como funcionam ideologias políticas.
As redes sociais estão cheias de opiniões (doxa), mas nada de ideias e nada de conhecimento,
ninguém pesquisa para ajudar em um debate já difícil. Então, porque dar uma opinião
na qual não sabe? Na qual, não vai ajudar ninguém e só vai alimentar uma ignorância
que já é crescente? Democracia não é liberdade para fazer o que quiser – mesmo anarquista,
sei que o ser humano é infantilizado em sua ideia de depender de alguém para não
perder a zona de conforto – mas, ter uma convivência harmoniosa entre cidadãos (politikon).
A questão pode ser colocada na seguinte maneira: liberdade pode ser medida
enquanto meio social? Podemos medir o que é justo e o que não é justo?
Posso disse que não tenho nenhum político de estimação, não tenho
ninguém como ídolo, portanto, nada me atinge. Assim, deveria ser todo mundo que
tenha bom senso, que estuda a realidade dos fatos e não supõem por causa de
postagem de Facebook, por causa de tuite ou coisa parecida. As editoras
produzem livros para serem lidos, pessoas digitam o livro para serem lidos,
milhares de pessoas tem um “puta” trabalho para realizar isso e o povo não ler
nada que presta. Porque, se você estudar, se você fazer uma leitura simples,
vai ter outra visão de mundo.
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