terça-feira, 17 de abril de 2018

As seitas politicas – lulistas vs bolsominions



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Segundo a Wikipédia, seita (do latim secta = “secionar”, “dividir” ou “sactar”) geralmente, é um conceito complexo utilizado para grupos que professem doutrinas, ideologias, sistemas filosóficos ou políticos divergentes onde corresponde a doutrina ou sistema dominante. Quando você está dizendo que os seguidores do Lula ou do Bolsonaro são seitas, isto não está errado. Mas, segundo o significado, seita seria uma doutrina política daquilo que está vigente, aquilo que não se concorda. Aquilo contrário aos seus princípios. Que regime o Brasil tem? Que linha governamental temos?

A muito tempo venho dizendo que não temos partidos de direita, o único que tem o número expressivo e o DEM (antigo PFL e antigo ARENA), onde há uma filosofia muito antiga e não cabe mais ao país. Mas, vamos ser sinceros, estudando história sabemos que nunca houve um plano de modernização ao Brasil, o Brasil sempre foi alvo de planos econômicos que visavam o benefício de outros países. Nunca tivemos um plano verdadeiro de modernização e quando tivemos, quando pareceu que o Brasil ia para uma economia maior, sempre foi barrado. A ética do brasileiro sempre foi saudar o estrangeiro como necessário para nossa economia, mas enquanto isso, o nosso país ainda vive – em algumas regiões – situações precárias e uma infraestrutura que não corresponde da saída da pobreza que tanto o ex-presidente Lula, tanto fala. O que vale dar dinheiro para o pessoal do Nordeste, por exemplo, e não arrumar a infraestrutura na região onde moram? O que adiante dar condições para comprar comida, se não tem condições para produzir?

Não podemos esquecer que a esquerda política não é só socialista, a esquerda política tem várias vertentes. O dono e CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, é rico, muito rico, e se diz envolvido com a esquerda norte-americana (não chamem a esquerda americana de comunista, pelo amor de Deus!). O astrônomo e físico, falecido recentemente, Stephen Hawking, era envolvido com a esquerda britânica e não era pobre, assim, existem muitos pobres que são de direita e conservadores. Por que não? A esquerda brasileira sempre colocou a elite do Brasil como inimigos do povo, mas, eles não devem ser vistos como tal, nem heróis e nem vilões, são a parte onde a economia gira. Há exploração? É obvio que há. Há pobreza crescente? É evidente que há. Mas tem duas coisas importantes que temos que explicar para começar uma discussão política seria aqui: primeiro, temos que colocar em mente que o capitalismo herdou vários problemas sociais que estão na humanidade a milênios e não se resolveu. Por outro lado, se você não tiver um empresário que compra seu serviço, onde você ganhara dinheiro? Se essa empresa onde você trabalha não prosperar, você vai perder o emprego e as contas não esperam você arranjar outro emprego.

Depois, em segundo lugar, a questão socialista como um sistema de igualdade e doutrinação comunista (é só um resumo, explicar o socialismo requer muitas páginas), não deu certo e é um sistema que leva a miséria muito mais rápido. Não produz e o que se produz, não gera renda o bastante as necessidades que hoje queremos. Como disse, há muita desigualdade e fome no mundo, mas, a culpa não é do sistema que obedece algumas diretrizes dentro da economia. O capitalismo não é o vilão e o herói da história, apenas é um sistema social. Como um sistema é feito de acertos e falhas, e essas falhas, são problemas de milênios.

Por outro lado, por mais que os seguidores do Bolsonaro possam me xingar, as falas do deputado não são diferentes. Porque o problema da segurança pública é muito mais profundo do que mais policiais ou a leis, mesmo o porquê, temos leis que são até elogiadas por especialistas de outros países. A questão é bem outra. O crime é feito por pessoas que são iludidas pela mesquinhez social, isso é fato. Uns vão para o crime e outros vão para o não crime, que podemos chamar de escolhas e as pessoas não são tão iludidas para saber o que é ou não, errado fazer. Todos receberam, pelo menos na teoria, educação para saber que matar ou roubar é errado porque coíbe a outra pessoa de não exercer a liberdade de ter ou fazer o que quiser. A frase: “bandido bom é bandido morto” pode ser considerado um álibi, porque se você mata o bandido, você está fazendo ele não ser punido pelos seus atos. Por outro lado, as pessoas têm sim, todo o direito de se defender de pessoas que querem te roubar ou querer te ferir, isso é obvio, porque o direito de defesa é um direito natural. Mas, eu acho, que esse tipo de discurso que chamo de vazio – porque não tem argumento nenhum – é puro populismo e não é diferente do discurso do Lula. Na verdade, tanto o Lula, quanto o Bolsonaro, são dois populistas e tem seguidores políticos não tão diferentes.

Não se tem mais posições políticas, posições de pessoas engajadas, se tem um monte de seguidor de seitas políticas que não vão levar a nada. Podem piorar aquilo que está ruim, aquilo que pode virar a destruição de uma republica prospera e rica (sim, o Brasil é rico). Eu não quero um governo populista, um governo que usa a sua máquina para iludir pessoas ignorantes, pessoas que não sabem dar uma opinião, não sabem nem como funcionam ideologias políticas. As redes sociais estão cheias de opiniões (doxa), mas nada de ideias e nada de conhecimento, ninguém pesquisa para ajudar em um debate já difícil. Então, porque dar uma opinião na qual não sabe? Na qual, não vai ajudar ninguém e só vai alimentar uma ignorância que já é crescente? Democracia não é liberdade para fazer o que quiser – mesmo anarquista, sei que o ser humano é infantilizado em sua ideia de depender de alguém para não perder a zona de conforto – mas, ter uma convivência harmoniosa entre cidadãos (politikon). A questão pode ser colocada na seguinte maneira: liberdade pode ser medida enquanto meio social? Podemos medir o que é justo e o que não é justo?

Posso disse que não tenho nenhum político de estimação, não tenho ninguém como ídolo, portanto, nada me atinge. Assim, deveria ser todo mundo que tenha bom senso, que estuda a realidade dos fatos e não supõem por causa de postagem de Facebook, por causa de tuite ou coisa parecida. As editoras produzem livros para serem lidos, pessoas digitam o livro para serem lidos, milhares de pessoas tem um “puta” trabalho para realizar isso e o povo não ler nada que presta. Porque, se você estudar, se você fazer uma leitura simples, vai ter outra visão de mundo.