Nesses
dias lembrei da musica da banda Matanza, onde se fala que não era
para jogar frustrações para mim e por fim, a musica diz que “eu
não gosto de ninguém”. Não gostar ou gostar virou caso
ideológico e isso já esta cansando um pouco, porque falar de
politica é uma coisa, “esfregar” na cara dos outros a sua
ideologia é outros quinhentos. Na verdade quando fiz meu perfil não
sabia nem o que era o Facebook, afinal, tinha meu perfil do Orkut e
não iria ter duas redes sociais. Em meados de 2006 eu fiz meu
perfil, nessa época o Orkut bombava de seguidor e o Facebook era
vazio. Não é modo de expressão, era mesmo vazio e não tinha
seguidores como tem agora. Começou a bombar quando começaram a
descobrir os tão falados joguinhos, que devo confessar, me divertiu
por muito tempo. Minha falecida mãe adorava ficar jogando, com a
doença dela – morreu de câncer – era uma maneira de amenizar
seu “sofrimento”. Mas fez seu papel. O que encheu o saco foi a
ideologização das redes sociais, pois em 2013 não se tinha
ideologia, não se tinha partido, não se tinha nada, mas tinha
ideias a serem debatidas e não tempo para jogar ao vento.
O
nosso povo tem a mania nostálgica de lembrar de coisas do passado,
não enxerga que o mundo muda e se muda os “protagonistas”. Não
se tem mais Os Trapalhões, não se tem mais desenhos clássicos, não
se tem mais comunismo no mundo e fácil de se constar quando se
enxerga além do horizonte da ideologização dos debates como se eu
tivesse que tomar uma decisão. Exato, o problema foi a ideologização
do debate, uma porta extra para entrar a manipulação da massa por
políticos que não tem muito boa intenção e a intenção é o que
basta nesse cenário. Pensar parece artigo de luxo num país que não
tem o que nas entranhas de um ensino médio pobre, um ensino que não
ajuja a pensar e a refletir.
Amauri
Nolasco Sanches Júnior, 39, publicitário e técnico de informática,
além de filósofo