terça-feira, 25 de agosto de 2015

Por que sai do Facebook?






Nesses dias lembrei da musica da banda Matanza, onde se fala que não era para jogar frustrações para mim e por fim, a musica diz que “eu não gosto de ninguém”. Não gostar ou gostar virou caso ideológico e isso já esta cansando um pouco, porque falar de politica é uma coisa, “esfregar” na cara dos outros a sua ideologia é outros quinhentos. Na verdade quando fiz meu perfil não sabia nem o que era o Facebook, afinal, tinha meu perfil do Orkut e não iria ter duas redes sociais. Em meados de 2006 eu fiz meu perfil, nessa época o Orkut bombava de seguidor e o Facebook era vazio. Não é modo de expressão, era mesmo vazio e não tinha seguidores como tem agora. Começou a bombar quando começaram a descobrir os tão falados joguinhos, que devo confessar, me divertiu por muito tempo. Minha falecida mãe adorava ficar jogando, com a doença dela – morreu de câncer – era uma maneira de amenizar seu “sofrimento”. Mas fez seu papel. O que encheu o saco foi a ideologização das redes sociais, pois em 2013 não se tinha ideologia, não se tinha partido, não se tinha nada, mas tinha ideias a serem debatidas e não tempo para jogar ao vento. 
 

O nosso povo tem a mania nostálgica de lembrar de coisas do passado, não enxerga que o mundo muda e se muda os “protagonistas”. Não se tem mais Os Trapalhões, não se tem mais desenhos clássicos, não se tem mais comunismo no mundo e fácil de se constar quando se enxerga além do horizonte da ideologização dos debates como se eu tivesse que tomar uma decisão. Exato, o problema foi a ideologização do debate, uma porta extra para entrar a manipulação da massa por políticos que não tem muito boa intenção e a intenção é o que basta nesse cenário. Pensar parece artigo de luxo num país que não tem o que nas entranhas de um ensino médio pobre, um ensino que não ajuja a pensar e a refletir.  



Amauri Nolasco Sanches Júnior, 39, publicitário e técnico de informática, além de filósofo


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