sábado, 10 de agosto de 2024

POR QUE NÃO VOU VOTAR EM PABLO MARÇAL?



<<"Podem falar o que quiser, mas o cara é brabo, manda a real e tem o meu respeito". Não, imbecil, ele só entendeu que vc tem horror a determinado segmento e tá repetindo o q vc quer ouvir. E os caras se julgam inteligentes.>>

 

Essas falas são de um dos milhares de fakes espalhados dentro do X de Ellon Musk (estou devendo um texto sobre ele), que ser de uma pessoa covarde que não tem coragem de mostrar a cara e o nome, ou pode ser um profissional que não pode se expor. Eticamente, quando um juiz se expõem, por exemplo, ele tende a colocar sua imparcialidade em jogo. Indo mais além – como dizem os ANCAPs – poderíamos dizer ser belo e moral. Mesmo que com isso mostre verdades como está sobre Pablo Marçal.

Podemos dizer que o movimento conservador (seu termo) começa no século 19 com François-René de Chateaubriand (1768-7848) - foi um escritor, ensaísta, diplomata, realista e político francês que se imortalizou pela sua magnífica obra literária de caráter pré-romântico – e foi um movimento para restaurar o que foi destruído pela revolução francesa. Ou seja, sua filosofia social consiste em defender a manutenção das instituições sociais tradicionais em um contexto da cultura e da civilização. Ainda mais, podemos dizer que o termo, associado historicamente com a direita. Mesmo que na Wikipedia esteja: “diferentes grupos de conservadores podem escolher diferentes valores tradicionais para preservar”, um conservador deve ter em si valores que acredita e quer conservar.

Há um problema, um conservador kantiano - que defende posições patrimonialista (tradicionais) de família – defende que:  “A união sexual de acordo com a lei é o casamento (matrimonium), isto é, a união de duas pessoas de sexos diferentes para a posse por toda a vida dos atributos sexuais recíprocos.” (KANT, E. Metafísica dos Costumes, p. 122). Este pensamento kantiano, assim como alguns membros religiosos, se sentem afrontados com outras formas de união e de relacionamento amoroso entre essas pessoas. Portanto, conservadores das doutrinas morais que eles acreditam serem verdadeiras (em termos certo e errado para vida privada, como sempre foi no Brasil).

Qual a problemática? John Rawls em seu livro Liberalismo Político, diz que a questão tem a ver que numa sociedade democrática moderna não existe uma doutrina moral absolutamente verdadeira, em razão do pluralismo, moral, religioso e filosófico. Aliás, tal perspectiva ressoa nos arts. 1º, V, 3º, IV, 5º, VI, VIII e 19, I da Constituição do Brasil. Por quê? Temos uma tradição liberal progressista muito forte, só vimos que todos os nossos hinos esta liberdade. E na nossa constituição esta o respeito com o outro, não se meter nas escolhas dos outros, não pregar condutas morais que não servem ao outro.

Portanto, em uma democracia a primeira acepção do “conservadorismo” seria a problemática. Seja num âmbito privado (portanto, não poderíamos transportar para a esfera publica como se fosse a ultima palavra em termos de valores), seja porque ninguém tem o direito de impor sua vontade moral a força. Dai temos que abrir um parênteses: as questões privadas e publicas são muito confundidas no Brasil por conta do vício muito popular de achar que amizade e parentesco tem que um se meter na vida do outro, um conservador mais cético, seria contra esse tipo de coisa. Como se eu não posso ficar junto com a minha noiva – somos cadeirantes – porque outros pais de outros deficientes não querem que seu filho veja. No mesmo modo, não querem que seus filhos vejam. Estranhamente, o brasileiro tem um conceito do influenciável que, talvez, vieram de pensamentos empiristas da tabula rasa, ou acomodação de achar que nada disso tem que acontecer por causa de ter que educar seu filho.

Nisso eu concordo com os marxistas: pautas morais não deveriam ser pautas políticas. Uma coisa é sermos contra a falta de ética na política – que isto é culpa de quererem refutar Aristóteles e relativizar ate atos éticos – outra coisa é querer impor uma visão moral de casamento, impor visões religiosas (invasões de terreiro de candomblé e umbanda etc) entre outras coisas. E Pablo Marçal é um coach, professor de coisas que não existe, pessoas vão e pagam para serem humilhadas e mentiras são contadas. Não se iluda. Como disse o fake, ele fala coisas que você acredita, coisas mais do que obvias.

REFERENCIA:

Wikipédia 

Gazeta do Povo 

sábado, 3 de agosto de 2024

NICOLAS MADURO E A PODRIDÃO LATINO-AMERICANA

 




<<Duas coisas sempre me enchem a alma de

crescente admiração e respeito, quanto mais

intensa e frequentemente o pensamento delas

se ocupa: o céu estrelado acima de mim e a lei

moral dentro de mim.>>

Immanuel Kant

 

Por ser um texto político, eu poderia fazer uma reflexão sobre a famosa citação de Aristóteles – morto em 322 a. c. – sobre o homem (ser humano) ser um animal político. Mas, estamos em um mundo moderno com democracias liberais – mesmo que bolsonaristas digam ser tudo um bando de esquerdista – e com pesquisas super avançadas sobre genética e antropologia, ficamos sabendo que o ser humano é gregário  e que a sociedade é um símbolo que criou após se assentar em um lugar (deixar de ser nômade) e ter que conviver com outros clãs bem de perto. Pode ser que o ser humano tenha criado a aristocracia politica – por razões de abrir mesmo mão de sua liberdade em nome da segurança e mais estabilidade – para serem guias de um novo modo de se viver.

Cinco mil anos se passaram e chegamos a conclusão que se teve muito mais prejuízo – claro, não só – do que um maior lucro dentro do desenvolvimento da sociedades humano (se não, toda a humanidade). Kant nos coloca em uma reflexão sobre a moral – o ETHOS levado a um corpo social – onde há uma moral definida dentro de nós. Na verdade, Kant coloca a lei newtoniana em primeiro lugar (como representasse a ciências) e a lei moral como método de seguir uma conduta social (como representasse a parte ética e moral da filosofia). Em uma outra passagem, o filosofo diz que não se ensina filosofia, mas ensina a filosofar. E isso falta – em algumas análise políticas – na analise politica hoje, ate mesmo para os conhecidos filósofos. Por quê?

O que vimos aqui é restos da segunda guerra mundial – apesar que a revolução bolchevique foi na primeira grande guerra – e logo depois, uma guerra de narrativa entre o comunismo soviético e o capitalismo liberal americano (aqui vou me dar a liberdade de referir aos estudanenses nesse termo). E vamos ser francos: os americanos não foram tão liberais e os russos não foram tão comunistas. Na verdade, foi uma guerra fria para se ter uma “desculpa” para o desenvolvimento tecnológico bélico e serem potencias. Nesse interim, em uma analise histórica – de quem leu muitos livros disso tudo – se ganhou muito dinheiro. E nisso, com vendas de armas e ditaduras militares nos países subdesenvolvidos (que pediam dinheiro ao FMI como vassalos dos americanos), o dinheiro entrou e entrou muito fácil. Com a reconstrução europeia – os nazistas acabaram com a Europa – e o dinheiro emprestado, os americanos ganharam muito. Não foi uma questão de livrar do “comunismo”. Mesmo porque, muitos discos de música e suas capas foram censurados nos EUA, assim, podemos dizer que os americanos nunca foram tão “liberais”.

Os governos latino-americanos sempre foram frágeis, ora por causa de suas corrupções – já vinda das culturas latinas europeias – ora porque não tem um histórico democrático liberal. Sempre as nações latinas foram ou fragmentadas, ou foram regidas por reis e imperadores que eram mais vassalos da igreja católica do que outra coisa. Por isso mesmo que a ideia do estado laico – que os evangélicos não sabem que foram os protestantes que inventaram – foi adotada e com ela, o Estado liberal. A questão é: se sabe algo sobre o liberalismo? Ninguém sabe. Por isso, se tem o entendimento de só ter liberalismo na economia, que na moral se tem o conservadorismo. Ora, no lado moral temos o tradicionalismo e não o conservadorismo, pois, o conservadorismo é político.

Esse tipo de confusão fazem as pessoas acharem que todo fascista é liberal. Na história do fascismo – desde Mussolini – muitos deles vieram do lado socialista e até mesmo, alguns dizem, que o fascismo é um socialismo de direita. Então, qual a diferença? Qual a diferença de políticas fascistas e socialistas? Ora, todas essas políticas ideológicas cientificas, foram expostas e não podem ser mais apoiadas por não saber lhe dar com o questionamento contra.

Regimes como a do Nicolás Maduro, são regimes de caudilho – cidadãos que se proclamam dirigentes militares – como sempre se teve em nações subdesenvolvidas. Ignorância, pobreza e analfabetismo colaboram para serem enganados e mais empobrecidos.