Amauri Nolasco Sanches Júnior
Muitos anos que venho escrevendo
sobre inclusão e filosofia – as vezes, sobre analises de filmes e minhas opiniões
– e achava que tinha terminado a minha contribuição. Mas, como a questão das
pessoas com deficiência nunca muda e, muitas vezes, retrocede, tenho que vir
para fazer reflexões politicas, sociais e, muitas vezes, de forma não ideológica
(sou libertário/liberal), tenho que analisar em uma filosofia neutra e de
centro (ora da direita, ora da esquerda)
que abrange os problemas sociais que assolam o pais. Não sou um filósofo – pelo
menos nos meus textos – analisar de forma critica e analítica, problemas que
nada tem de ideológico (principalmente, o nosso direito de ter uma condição de deficiência
e viver em sociedade).
Lendo matérias como deputada germânico-brasileira se preocupar com o modo de uma suposta doutrinação comunista da animação da
Galinha Pintadinha, como se assistimos uma “Galinha Pintadinha Revolucionária”.
Assim como a empáfia arrogante de uma influenciadora de esquerda (por isso o
apelido EsquerdoGata), contra policiais trabalhadores, com preconceitos de
classe, de gênero, raciais etc. isso demonstra que não é um problema ideológico
e sim, de moral e da nossa cultura onde na vida privada se é uma coisa, e da
vida publica é outra. Outro problema é: a falta de vontade de pesquisar algo
muito mais profundo intrínseco dentro da nossa cultura: a falta de uma pesquisa
detalhada.
O Brasil, com sua cultura acomodada
e ora relativiza, ora generaliza, tende a tratar as coisas de modo muito arquem
do que deveria. E não preciso dizer que sou contra o governo Lula e todo mundo
sabe disso – escrevi milhares de textos os motivos – mas, sobre a cansativa discussão
sobre as APAEs, o deputado Nikolas Ferreira mente em vídeos dizendo que vão fechar
e não é verdade. O último decreto tem a ver com a questão da inclusão escolar,
onde as crianças podem receber suporte dentro das classes comuns (escolas regulares).
Ou seja, o governo não vai precisar gastar com escolas especializadas que,
sabemos, se deixar de livre escolha, muitas crianças que podem estudar com
outras crianças, serem confinadas em classe especializadas.
A meu ver, muitas discussões deveriam
transcender e ver que precisamos modernizar as políticas públicas, melhorar a segurança
publica, melhorar a acessibilidade e melhorar o debate com estudos e pesquisas.
Como uma pessoa com deficiência que estudou em classes especializadas da AACD (Associação
a Assistência a Criança Deficiência, que no meu tempo, era “Defeituosa”), tenho
lugar de fala, como dizem. Essas instituições tem todo direito de existirem,
como existem a décadas, mas, são instituições particulares e deveriam existir
com o dinheiro delas. Querem ter classes especializadas? – como médicos famosinhos
insistem no Instagram igual os EUA – deveriam bancar, pois na hora de pegar o
dinheiro do pagador de imposto pega, e na hora de tratar as pessoas com deficiência
com dignidade e respeito, tratam como “cachorro sarnento”. Fora o TELETON – que
o Jerry Lewis idealizou para todas as instituições que quisessem usar – da AACD
quase freta o serviço de vans ATENDE + para o evento.
Como vimos, as questões transcendem
ideologias politicas e deveriam ser discutidas com pesquisas, com seriedade e
com respeito que elas merecem.
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