quinta-feira, 30 de outubro de 2025

BABADO BOBSON – ENTRE A GALINHA PINTADINHA E A ESQUERDOGATA

 


Amauri Nolasco Sanches Júnior

 

Muitos anos que venho escrevendo sobre inclusão e filosofia – as vezes, sobre analises de filmes e minhas opiniões – e achava que tinha terminado a minha contribuição. Mas, como a questão das pessoas com deficiência nunca muda e, muitas vezes, retrocede, tenho que vir para fazer reflexões politicas, sociais e, muitas vezes, de forma não ideológica (sou libertário/liberal), tenho que analisar em uma filosofia neutra e de centro (ora da direita,  ora da esquerda) que abrange os problemas sociais que assolam o pais. Não sou um filósofo – pelo menos nos meus textos – analisar de forma critica e analítica, problemas que nada tem de ideológico (principalmente, o nosso direito de ter uma condição de deficiência e viver em sociedade).

Lendo matérias como deputada germânico-brasileira se preocupar com o modo de uma suposta doutrinação comunista da animação da Galinha Pintadinha, como se assistimos uma “Galinha Pintadinha Revolucionária”. Assim como a empáfia arrogante de uma influenciadora de esquerda (por isso o apelido EsquerdoGata), contra policiais trabalhadores, com preconceitos de classe, de gênero, raciais etc. isso demonstra que não é um problema ideológico e sim, de moral e da nossa cultura onde na vida privada se é uma coisa, e da vida publica é outra. Outro problema é: a falta de vontade de pesquisar algo muito mais profundo intrínseco dentro da nossa cultura: a falta de uma pesquisa detalhada.

O Brasil, com sua cultura acomodada e ora relativiza, ora generaliza, tende a tratar as coisas de modo muito arquem do que deveria. E não preciso dizer que sou contra o governo Lula e todo mundo sabe disso – escrevi milhares de textos os motivos – mas, sobre a cansativa discussão sobre as APAEs, o deputado Nikolas Ferreira mente em vídeos dizendo que vão fechar e não é verdade. O último decreto tem a ver com a questão da inclusão escolar, onde as crianças podem receber suporte dentro das classes comuns (escolas regulares). Ou seja, o governo não vai precisar gastar com escolas especializadas que, sabemos, se deixar de livre escolha, muitas crianças que podem estudar com outras crianças, serem confinadas em classe especializadas.

A meu ver, muitas discussões deveriam transcender e ver que precisamos modernizar as políticas públicas, melhorar a segurança publica, melhorar a acessibilidade e melhorar o debate com estudos e pesquisas. Como uma pessoa com deficiência que estudou em classes especializadas da AACD (Associação a Assistência a Criança Deficiência, que no meu tempo, era “Defeituosa”), tenho lugar de fala, como dizem. Essas instituições tem todo direito de existirem, como existem a décadas, mas, são instituições particulares e deveriam existir com o dinheiro delas. Querem ter classes especializadas? – como médicos famosinhos insistem no Instagram igual os EUA – deveriam bancar, pois na hora de pegar o dinheiro do pagador de imposto pega, e na hora de tratar as pessoas com deficiência com dignidade e respeito, tratam como “cachorro sarnento”. Fora o TELETON – que o Jerry Lewis idealizou para todas as instituições que quisessem usar – da AACD quase freta o serviço de vans ATENDE + para o evento.

Como vimos, as questões transcendem ideologias politicas e deveriam ser discutidas com pesquisas, com seriedade e com respeito que elas merecem.

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