
Os covardes pedem para mentir por misericórdia
As pessoas, cada vez mais, pedem para
termos posicionamentos daquilo que elas mesmas não entendem e nunca
vão entender, porque ninguém ler ou presta atenção de nada.
Politica não é um jogo de futebol no qual, certo jogador tem que
defender um time. Não estamos em nenhum jogo. Depois, para se saber
a politica, temos que ter um certo ceticismo dentro das análises
senão, se comete um erro crucial que é falar “merda” (que
aliás, tem um livro chamado “Sobre Falar Merda” de Harry G.
FrankFurt). O pior de tudo, existem pessoas que não querem entender
que são aquilo que tanto criticaram a vida toda. Pior de tudo, que
Freud explica.
A questão é bem clara no meu
posicionamento. Sou um sujeito que acredito que o ser humano é
construído através da vida e ao longo de várias convivências que
tenha ao longo da sua vida, mas, também, acredito que o ser humano é
um ser que educa sua prole. Construirmos uma cultura para convivemos
da melhor forma possível e acredito que o único agente que
atrapalha esse convívio dentro de uma sociedade é o ESTADO, que tem
o monopólio da violência e usa se for necessário. O problema –
para um filósofo um problema pode sim ter uma solução – é que
ao longo de dez mil anos de um condicionamento infantilizado e de dependência desse ESTADO que
suga todo o trabalho do ser humano, levou a humanidade a não ter
consciência de si mesmo e nem querer uma autogestão de si e seus
companheiros. Ficou meio utópico acreditar em uma sociedade que não
tenha uma liderança permanente, que poderíamos escolher uma gestão
diretamente para uma cidade, que não precisaríamos de
representantes e nós mesmos poderíamos administrar a comunidade.
Porém, já que ficou uma coisa utópica – que não é um
comunismo, mas um anarquismo – que o ESTADO diminua ao máximo e
que o seu poder não atrapalhe a decisão do ser humano de escolher o
que é melhor. O que é melhor? Pensar por si mesmo ou depender dos
outros para pensar?
Mesmo que eu acredite que o ser humano é
uma construção dentro do aspecto social, porque, afinal, somos
seres que queremos cada vez mais, conhecer. Se tem algumas leis da
natureza que temos que obedecer para não cair na falácia que somos
condenados a sermos livres. Nem sempre somos livres. Tem a lei, por
exemplo, da causa e do efeito. Conforme a escolha que você vai
fazer, você tem que arcar com suas consequências. Outro dia, eu vi
um vídeo que o rapaz não viu ou não quis parar, e passou correndo
numa sinalização dos bombeiros e atropelou um cavalo acabando com
seu carro. Temos várias escolhas que motivaram as consequências:
1-o rapaz estava correndo mesmo vendo os
bombeiros no acostamento e a faixa vazia;
2 – ele não poderia ver nada a noite e
não deu tempo de frear por motivos óbvios;
Consequência 1 – o carro foi destruído
e quase veio a falecer
Consequência 2 – ceifou uma vida
privando dela da existência na realidade do planeta.
Então, o que nossa ética poderia fazer
nessa questão? A lógica educacional – que não temos, porque se
aprende muito os direitos e não se aprende os deveres – nos diz
que se viu um bombeiro ou um carro da Polícia, mantenha velocidade
reduzida e escolher sempre a faixa do meio. A escolha pode ser
benéfica para todo mundo. Portanto, não somos totalmente livres
para fazemos o que quiser, temos que ter uma lógica social. Uns
poderiam chamar de imperativo categórico kantiano, mas, se fomos
pensar muito no fundo da cerne do problema dentro da sociedade, Kant
não estava totalmente, errado. Devemos agir de tal maneira que essa
ação seja tomada como algo universal, ou seja, não basta apontar
erros ou condutas, se nós próprios não agimos diferente. Também
tem a questão de dar o exemplo. E esse pensamento, foi construído
ao logo de muitas leituras sobre filosofia, seja dos filósofos ou
seja de seus comentadores. É o que chamo de existencialismo
racional. Pois, mesmo que o ser humano seja uma construção de
vários conceitos e valores ao longo da sua vida, há leis dentro da
natureza humana e da realidade que devem ser obedecidas. Por isso
mesmo, eu digo que as verdades são transcendentes e não imanentes,
porque não percebemos, ainda, a verdadeira origem e a verdadeira
realidade.
Ora, consequentemente, a politica faz
parte da realidade aparente de uma dependência
infantil e
paternalista. O que o próprio Kant chamou de “minoridade”, mas,
nada tem a ver com idade. A “minoridade” de Kant tem a ver com a
preguiça que o povo tem de fazer uma crítica e estudar as reais
bases daquilo que se propõe defender, ou, até mesmo, daquilo que se
propõe a acreditar como dogma de fé. Sei muito bem o que Kant quer
dizer. Eu escrevo para um jornal coletivo americano e ninguém lê as
matérias relevantes para a politica nacional, só ficam postando
memes bobos ou vídeos “mitados” ou “lacrados” daquilo que
acreditam. Simplesmente, estamos vivendo a antítese do que
acreditavam os iluministas, que o conhecimento e a ciência, livraria
o ser humano do sofrimento. Reles engano. A internet nos dá o
conhecimento do mundo inteiro e o povo só fica lendo, o que conforta
seu próprio ego. A internet não matou a ignorância e a
superstição, a internet alimentou essa superstição ao ponto de
virar um meio de converter os outros.
E isso que estamos vendo. Tanto fanáticos
de um lado do espectro politico, como do outro do mesmo espectro. Um
exemplo, que talvez deixe o vídeo aqui, de um homem chorando e
dizendo para o presidente, Jair Bolsonaro (PSL), um “te amo”.
Ora, não basta nós aguentarmos os fanáticos lulopetistas em
“cultuar” um bandido que sempre entregou os próprios
companheiros – porque as empresas tinham que mandar embora e o
governo tinha que saber quem era contra do regime – além de estar
preso por causa de corrupção, ainda temos os fanáticos
bolsonaristas-olavettes que fazem o mesmo tipo de coisa. Como disse
do vídeo, que não vamos “casar” com um governante e sim, se
escolheu em votação da maioria e ele tem que trabalhar para
governar na melhor maneira possível. Só isso. Não se tem que amar
ou odiar e sim, ou se apoia o que ele se propôs em fazer ou não,
não há uma ligação afetiva, mesmo o porquê, não há um convívio
com o governante ou os parlamentares.
Então, acho, minha posição bastante
clara, afinal.
COISA DE GENTE DOENTE MENTAL— Rede Marco (@rede_marco) October 16, 2019
Eleitor de Bolsonaro grita para seu "ídolo presidente", EU TE AMO, EU TE AMO, em meio a lágrimas de emoção
Não dou mais UM ANO para sobrar só esse tipo de RALÉ DEBILÓIDE do lado desse presidente INÚTIL que foi eleito por uma ORDA DE FANÁTICOS pic.twitter.com/woWno1kBa7
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