sábado, 11 de julho de 2020

Ética dos fracos – devemos desejar a morte de Bolsonaro?



Você sabe REFUTAR os argumentos abortistas também pela ética ...

Por: Amauri Nolasco S. Junior

"Necessitamos de uma 'crítica' dos valores morais e antes de tudo deve discutir-se o 'valor destes valores', e por isso é toda a necessidade de conhecer as condições e o meio ambiente em que nasceram, em que se desenvolveram e deformaram (a moral como consequência, como máscara, como hipocrisia, como enfermidade ou como equívoco, e também a moral como causa, remédio, estimulante, freio ou veneno)."
(Friedrich Nietzsche, em 'A Genealogia da Moral')




Quem me conhece sabe que gosto de desmontar todo e qualquer dogma que todo mundo segue, porque para mim, consiste em uma moral para os fracos que seguem morais alheias e não seguem aquilo que lhe é caro, sua própria moral. Há filósofos que defendem morais verdadeiras que são construídas por elementos sólidos dentro de tradições milenares, mas, podemos questionar varias delas e quem diz seguir, na verdade, nem sequer sabe o que esta seguindo. O cristianismo, que tem dois mil anos, tem elementos questionáveis e além disse, e muitos dos seus fundamentos originais, foram mudados conforme as necessidades sociais e politicas. Por exemplo, no começo do cristianismo católico, padres podiam casar e ter suas famílias, quando a igreja não pode ou não quis mais sustentar famílias inteiras – indo contra o que jesus disse da caridade – para sobrar dinheiro e ouro para outros fins. Uma outra questão tem a ver com o bom no sentido invertido – que Nietzsche denunciou em seus escritos – onde de bonnus (cavaleiro nobre e bravo que eram os melhores dentro das legiões romanas) de forte, bem letrado e tendo a nobreza de erudição, se torna um fraco que acredita que tem que renunciar aquilo que é e aquilo que sabe, para não ofender aqueles que não conseguem ser assim.
O pior que essa essência de bom (como uma humildade de enfraquecedora daquilo que enobrece o ser humano), até a esquerda revolucionária (os marxistas socialistas) esta impregnada. Porque, acredito que todo mundo saiba, Marx era de família judia e por mais que não siga, ele tinha sim uma moral que vinha a milênios sobre igualdade e justiça social. Por outro lado, temos aqui no Brasil, enraizado nas suas entranhas culturais, tanto a moral cristã, quanto a hipocrisia. Porque, na verdade, quando você segue uma moral que não faz parte da sua natureza só porque você quer fazer parte da “batotinha”, fazer parte daquilo que todo mundo faz parte, você começa a revelar o que você realmente é e isso se chama, hipocrisia Até o primeiro momento, se pode dizer que isso tem a ver com classes sociais, mas, a nossa elite também tem uma moral escrava e se ressente ao ponto de não perceber que são pessoas vencedoras, e assim, podem inventar uma nova moral. Não, a nossa elite como toda a sociedade, se apega a moral fraca dos sacerdotes que invejavam a classe guerreira e impuseram essa “humildade”.
Quando desejamos a morte de alguém, queremos que ela desapareça da nossa realidade, sem pensar que a outra pessoa tem o direito de viver e os seus têm o direito de conviver com ela (pessoa). Mesmo o porquê. quando você quer eliminar uma pessoa ou alguma coisa que uma maioria elegeu ou construiu, isso não pode ser chamado de democrático. Um dos princípios humanitários – que a esquerda do Brasil enche a boca para dizer que são – defender a vida humano de qualquer modo. Será que quem não gostamos não é humano? Será que quem não concordamos passa a não ser humano e não temos que ter empatia? Chamamos esse tipo de atitude de “ódio do bem”, aquilo que é definido como um ódio direcionado a tudo que não se concorda, que apresenta coisas que vão contra minha ideologia de estimação. Vou mais além, não só a esquerda tem esse “ódio do bem”, mas todos aqueles que não reconhece em uma outra vida, o direito de ser o que é. Pensar é um direito.



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