sexta-feira, 7 de março de 2025

ESTUDOS AFIRMAM: TER POLÍTICO DE ESTIMAÇÃO PODE ACOMETER EM TER ‘PROBLEMINHA’

 






Amauri Nolasco Sanches Júnior

(Bacharelado em Filosofia)

 

“Se você tem um político de estimação e concorda incondicionalmente com tudo o que ele faz e fala, tem alguma coisa muito errada com você.”

Prof HOC

Eu já escrevi nesse ou no outro blog que eu tenho (Cartas ao Mundo), que universitários não tem postura de universitários aqui no Brasil, fazendo da universidade uma extensão do ensino médio. Se é para ter posturas iguais todo mundo, então, nem faça o ensino médio. E é assim, como a sabedoria de mãe, não somos iguais todo mundo. Temos o ensino superior e devemos olhar posturas políticas como fatos e não como crenças, como se devemos (obrigatoriamente) ter uma postura de subserviência religiosa ou ideológica. Não temos nenhuma obrigação ideológica ou religiosa – levando em conta Kant que era puritano e não tem nada dizendo em suas obras isso – assim, nada que não for fatos e não crenças.

Muitos adoram a critica de Santo Agostinho fez contra os acadêmicos defendendo a postura dele religiosa de um bispo, mas a Academia (que Platão fundou como um “deposito” do conhecimento após a morte de Sócrates, seu mestre) é um lugar de conhecimento acima de qualquer coisa. Se na idade média foi empossada pela igreja católica – mantendo a crítica de Nietzsche – hoje foi empossada pela ciência, pela ideologia política, como métodos científicos ou engajamento políticos, estivessem acima de qualquer conhecimento dos fatos. Logico, ter uma postura cientifica dentro de uma pesquisa ou sobre historicidades é importante, mas o método científico não pode ser usado como modo de induzir um resultado.

A universidade – com longa tradição – não poderia, ainda, ser usada como “fabriquinha” de qualificados como que só isso importasse. Criando pessoas alienadas de todas as formas – até no modo do próprio ofício que ele foi qualificado – e ainda, pessoas que devem acreditar ao invés de ter uma postura crítica. Defendo que alunos tenham mais idade e maturidade para frequentar uma universidade, muito embora, há o filosofo Aristóteles que ingressou na Academia aos 17 anos. Mas, sabemos muito bem, que no tempo dele, garotos ficavam homens bem mais cedo.

Quando pessoas como professor HOC (Heni Ozi Cukier), tem uma postura acadêmica de verdade – como outros nomes – as pessoas acham que eles não sabem de nada. Sabe e sabe o bastante – pois é cientista político e é formado até nos EUA – e na sua fala tem uma postura acadêmica exemplar não de crenças e sim, de fatos da história humana. Daí a diferença, quando falamos de política, falamos de uma polarização ideológica e uma polarização afetiva, que levou em muitos conflitos. Só entender.

quarta-feira, 5 de março de 2025

O OSCAR E O CADEIRANTE (AINDA ESTAMOS AQUI QUERENDO INCLUSÃO E DIGNIDADE)

 


Amauri Nolasco Sanches Júnior

(bacharel em filosofia)

 

 

“Ser da esquerda é, como ser da direita, uma das infinitas maneiras que o homem pode escolher para ser imbecil: ambas, com efeito, são formas da hemiplegia moral. Ademais, a persistência destes qualificativos contribui não pouco a falsificar mais ainda a “realidade” do presente, já fala de per si, porque se encrespou o crespo das experiências políticas a que respondem, como o demonstra o fato de que hoje as direitas prometem revoluções e as esquerdas propõem tiranias.”

Ortega y Gasset, Rebelião das Massas

 

 

Eu disse já que esse blog não tem lado e a prova disso é o paragrafo ali a cima do Ortega y Gasset (que concordo plenamente), onde Gasset diz que se você esta em um lado no aspecto ideológico político, tende sempre em ser um imbecil porque você tende a não criticar quem governa no seu espectro político. E em alguns textos que eu escrevi, eu sempre coloquei que a inclusão é um ato politico e não pode ou não poderia ser “engolido” dentro de certas bolhas ideológicas. Afinal, dentro desse mar de delinquentes psicopatas que só querem poder e dinheiro – Platão já dizia isso da politica, mas em outros termos – estão as mães que não conseguem Loas para suas crianças com deficiência, não conseguem legendar filmes para surdos (nem o filme Ainda Estou Aqui que é baseado em um livro de um cadeirante).

Embora eu não concorde com as posições políticas de Marcelo Rubens Paiva (mesmo eu concordando com certas pautas de esquerda), ele sempre foi referência para mim em ser um escritor e ser cadeirante. Porque sempre foi minha crítica, as pessoas com deficiência, essa coisa que só poderemos superar através do esporte e isso não é verdade. sempre tentaram nos jogar no esporte, porque sabiam que a grande elite empresarial eram capacitistas e racistas (no modo de temos ainda um conceito de escravocratas que não deixam o povo estudar e não aceitam pessoas com características diferentes tem um currículo bom e são competentes). E até acho – como sou um libertário cético ate no movimento libertário que acredita em um monte de baboseira sem nexo nenhum – que pessoas com deficiência deveriam votar nulo ou nem ir votar.

O Oscar só veio por causa do livro de um cadeirante, escrito para falar da sua família e como sua mãe, Eunice Paiva, teve que criar os filhos sozinha e voltar a faculdade e ser advogada para trabalhar, porque a ditadura militar achou por bem matar o seu marido, Rubens Paiva. Além de paralisar o país por 20 anos – não se desenvolve o país só construindo pontes ou estradas intermináveis e sim, o desenvolvimento humano (que além de não ser “coisa de comunista”, evolve educação de qualidade, reforma agraria, saneamento básico e outras coisas importantes). A questão é: renunciaram à parte educacional e a esquerda tomou, renunciaram ao trabalhador pobre e a esquerda dominou, hoje estamos na mão de um partido incompetente em administração, faz farra com o dinheiro e ainda, não resolve nenhum problema concreto.

Pessoas com deficiência nem diga, sempre fomos tratados como “lixo” pela entidade famosinha que todo ano freta o serviço de vans aqui de São Paulo para fazer os showzinhos de arrecadação (todo ano arrecada milhões e nunca chega). Pessoas pilantras sempre estiveram no nosso meio – como minha amiga disse “bando de filho da puta” – que ficam puxando o saco do PT dizendo que é um partido inclusivo. Tão inclusivo que queriam liberar bilhetes de raspadinha para os deficientes venderem, queriam tirar o Loas/BPC e queriam diminuir o mesmo benefício de valor. Se isso é canalhice, não sei mais o que é.

Esses Oscar tem um sabor diferente, não por causa só de um ato politico e histórico (que é sim, importante), mas importante por causa da inclusão e as pessoas com deficiência podem sim fazer coisas além   do esporte.

segunda-feira, 3 de março de 2025

REFUTAÇÕES ARGUMENTATIVAS DOS REDPILLS

 


Amauri Nolasco Sanches Júnior

(bacharel em filosofia)

 

 

Num sentido psicológico as pessoas que tem menos cuidado com o corpo e fazem tatuagens, piercing, pinta o cabelo, pratica auto mutilação tendem a apresentar propensão a desenvolver problemas psicológicos, instabilidade emocional e busca constante por validação externa. Red flag (Supimpo)

 

No filme Matrix – que eu chamo de uma nova caverna de Platão com a filosofia moderna – Neo (Keanu Reeves) tem duas escolhas: ou ele toma a pílula azul e fica dentro do simulacro da Matrix, ou ele toma a pílula vermelha e sai dessa realidade virtual. Aí que está o erro – há várias teorias sobre a cor das pílulas no filme – a pílula vermelha requer mudanças de uma realidade e não ele permanecer nela. A meu ver, o movimento dos redpills (pílulas vermelhas) deveria chamar-se bluepills (pílulas azuis). E é uma questão científica e linguística.

Podemos dizer que existe um método cientifico que se pode atrelar a falta de cuidado do corpo a ligação com ter tatuagem, mas temos que ter cuidado. Toda demonstração linguística (semântica) pode ter um sentido não daquilo que é, mas aquilo que a pessoa acredita como verdade. A argumentação pode ter crenças pessoais. Muitas coisas que dissemos nas redes sociais – por ter lido em outros sites ou blogs – são, como diria Aristóteles, “elencos sofísticos”. Ora, quer dizer que tudo aquilo que parece ser verdade, na realidade do fato (como disse que esse blog não foge), não passa de argumentos falaciosos. Não há nenhum “sentido psicológico as pessoas que tem menos cuidado com o corpo e fazem tatuagens”, porque não há sentido nenhum dentro da argumentação. Tudo aquilo que tem um “sentifo”, tem que ter um proposito e assim, qual o proposito psicológico nesse caso? Há ou não indução?

Há. Os argumentos fazem parte de argumentos do neomachismo (redpill)  em que querem demonstrar que mulheres com tatuagens e afins, são mulheres que são “rodadas”. Outros acham que é uma questão de não se conhecer e não se encontrar, mas sabemos que são visões preconceituosas generalizadas como se as pessoas não tivessem direito em escolher. Assim que há uma espécie de distorção do estoicismo – apesar que gostei bastante do Diário Estoico de Rya Holiday que estou devendo um texto – há uma tentativa da volta de uma cultura de colocar o homem como o provedor alfa (eles tem muito de alfa e beta). Tirando as características físicas anatômicas e de força (pois, biologicamente, o homem é mais forte e o capitalismo tira isso para ter mais mão de obra manual), a mulher é um ser humano como qualquer ser humano que pode aprender e pode fazer escolhas.

domingo, 2 de março de 2025

A TEORIA DO FALSO PROFETA

 



Amauri Nolasco Sanches Júnior

(Bacharel em Filosofia)

 

 

O intelecto humano não é luz pura, pois recebe influência da vontade e dos afetos, donde se poder gerar a ciência que se quer. Pois o homem se inclina a ter por verdade o que prefere. Em vista disso, rejeita as dificuldades, levado pela impaciência da investigação; a sobriedade, porque sofreia a esperança; os princípios supremos da natureza, em favor da superstição; a luz da experiência, em favor da arrogância e do orgulho, evitando parecer se ocupar de coisas vis e efêmeras; paradoxos, por respeito à opinião do vulgo. Enfim, inúmeras são as fórmulas pelas quais o sentimento, quase sempre imperceptivelmente, se insinua e afeta o intelecto. (BACON, Francis – Novum Organum)

 

O leitor nunca vai ver nesse blog nada que não seja fatos e verdades que são ou não, aquilo que eu acredito ou não. Mesmo que isso seja contrário aquilo que eu acredito, pois, como disse o próprio Bacon, hoje as pessoas estão em ilhas com suas verdades sem uma verdade universal. E que eu acredito algumas coisas – como uma espiritualidade mais espiritual do que materialista de exorcismos, como conseguir bugigangas etc – que não vou fazer criticas decorrentes a aquilo que eu sigo (como sei que 80% dos que recebem espíritos ou são videntes, são charlatões). Mesmo assim, vamos dizer, nas premissas mais profundas, a meu ver, a verdade esta acida daquilo que das relações e crenças.

Nesse ínterim, devo explicar o meu conceito de “falso profeta”, pois, nada tem a ver só dentro das crenças religiosas (tem bastante), mas tem a ver também com tudo aquilo que leva a manada ao batedouro. Ou seja, todas as pessoas que influenciam (pastores, políticos etc) e não só no Brasil. Muitas vezes, se acredita aquilo que o sentimentalismo te pode enganar e você não vê a verdade, porque faz parte das premissas de quem admira. Mas, no fundo, sabemos que somos governados por psicopatas e delinquentes que sempre estão em busca de dinheiro e poder. Na história humana sempre há registro de pessoas desse porte. São pessoas influentes que usaram da sua influência política e religiosa, para atender seus próprios interesses e isso eu não aceito.

A filosofia me deu certa ortodoxia. Primeiro, o conhecimento é alcançado com certos métodos que só podem acontecer se não há meras opiniões, há raciocínios lógicos e por natureza somos animais racionais a procura de sentido. Segundo, somos animais sociais que dentro dessa sociedade tem que ter educação (família) onde seus valores sejam verdadeiros (não um monte de “arrotos de virtude), e que tenhamos uma escolaridade com o verdadeiro aprendizado de socialização, de matérias verdadeiras e que ensinem um modo mais crítico. E não são críticas vazias, mas criticas dentro da logica daquilo que esta sendo discutido naquele momento.

Enfatizando isso – como base do texto que vou expor minhas ideias (formas de pensar) – temos que estabelecer critérios sérios dentro daquilo que você segue. Liberdade é fundamental nas escolhas que fazemos ao longo da vida, quando criança, nosso pré-frontal não está desenvolvido (só aos 25 anos) e tem que ser criança. Eu, meus irmãos e alguns amigos, pode escolher suas ideologias e religiões na fase adulta, porque ainda (a grande maioria) não entendeu que estamos criando maníacos, psicopatas (no sentido de doença), pessoas depressivas etc., por causa de um pânico que traz uma mistura de sociopatia com crenças infundadas (fora colocar crianças em escolas militares por pânico de ter seu filho doutrinado). E aí entra as bolhas religiosas e políticas, que não são usadas por quem segue mesmo aquilo, mas os manipuladores.

Ai as culturas de massa são mais propagadas e músicas como vimos, são mais sucintas de serem propagadas. A geração boomer (que é a geração não do aprender, mas a geração do decorar), é mais sucinta a cultura de massa que foi passando por outras gerações e hoje, essa cultura de massa, tomou um outro rumo. A pergunta é: que rumo queremos ir? Daí chegamos à dúvida de Alice qual caminho seguir. Mas esse “seguir” tem uma implicação muito além do que pensamos – com a infantilização estatal ideológica – tem a ver de quem seguirmos e a cultura da manada. Se antigamente tínhamos ídolos artísticos dentro da mídia tradicional, hoje temos influencers que tomam como líderes da manada. Não são aqueles que fazem a sombra da caverna (Platão), mas, são as próprias sombras daquilo que se propôs como ideal.

Seria ideal estudar – como muitos desprezam – ou, apenas acreditar que ler coisas fáceis vão trazer maior conhecimento? Dai temos que explorar o ideal e a realidade. O ideal é o mundo que achamos que deveríamos ter, a realidade é o mundo que existe e não vai mudar porque queremos. Muda se mudarmos certos paradigmas. Mesmo assim, animais comerão os outros, pessoas sofrerão acidentes, políticos vão ser sem vergonha e você será explorado pelo ESTADO até o paradigma, talvez, mudar.