Amauri Nolasco Sanches
Júnior
(bacharel em filosofia)
Num sentido psicológico as pessoas que tem menos
cuidado com o corpo e fazem tatuagens, piercing, pinta o cabelo, pratica auto
mutilação tendem a apresentar propensão a desenvolver problemas psicológicos,
instabilidade emocional e busca constante por validação externa. Red flag
(Supimpo)
No filme Matrix – que eu chamo de uma nova caverna de Platão com a filosofia moderna – Neo (Keanu Reeves) tem duas escolhas: ou ele toma a pílula azul e fica dentro do simulacro da Matrix, ou ele toma a pílula vermelha e sai dessa realidade virtual. Aí que está o erro – há várias teorias sobre a cor das pílulas no filme – a pílula vermelha requer mudanças de uma realidade e não ele permanecer nela. A meu ver, o movimento dos redpills (pílulas vermelhas) deveria chamar-se bluepills (pílulas azuis). E é uma questão científica e linguística.
Podemos dizer que existe um método cientifico que se pode
atrelar a falta de cuidado do corpo a ligação com ter tatuagem, mas temos que
ter cuidado. Toda demonstração linguística (semântica) pode ter um sentido não daquilo
que é, mas aquilo que a pessoa acredita como verdade. A argumentação pode ter crenças
pessoais. Muitas coisas que dissemos nas redes sociais – por ter lido em outros
sites ou blogs – são, como diria Aristóteles, “elencos sofísticos”. Ora, quer
dizer que tudo aquilo que parece ser verdade, na realidade do fato (como disse
que esse blog não foge), não passa de argumentos falaciosos. Não há nenhum “sentido
psicológico as pessoas que tem menos cuidado com o corpo e fazem tatuagens”,
porque não há sentido nenhum dentro da argumentação. Tudo aquilo que tem um “sentifo”,
tem que ter um proposito e assim, qual o proposito psicológico nesse caso? Há ou
não indução?
Há. Os argumentos fazem parte de argumentos do neomachismo
(redpill) em que querem demonstrar que
mulheres com tatuagens e afins, são mulheres que são “rodadas”. Outros acham que
é uma questão de não se conhecer e não se encontrar, mas sabemos que são visões
preconceituosas generalizadas como se as pessoas não tivessem direito em
escolher. Assim que há uma espécie de distorção do estoicismo – apesar que
gostei bastante do Diário Estoico de Rya Holiday que estou devendo um texto – há
uma tentativa da volta de uma cultura de colocar o homem como o provedor alfa
(eles tem muito de alfa e beta). Tirando as características físicas anatômicas e
de força (pois, biologicamente, o homem é mais forte e o capitalismo tira isso
para ter mais mão de obra manual), a mulher é um ser humano como qualquer ser
humano que pode aprender e pode fazer escolhas.
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