domingo, 2 de março de 2025

A TEORIA DO FALSO PROFETA

 



Amauri Nolasco Sanches Júnior

(Bacharel em Filosofia)

 

 

O intelecto humano não é luz pura, pois recebe influência da vontade e dos afetos, donde se poder gerar a ciência que se quer. Pois o homem se inclina a ter por verdade o que prefere. Em vista disso, rejeita as dificuldades, levado pela impaciência da investigação; a sobriedade, porque sofreia a esperança; os princípios supremos da natureza, em favor da superstição; a luz da experiência, em favor da arrogância e do orgulho, evitando parecer se ocupar de coisas vis e efêmeras; paradoxos, por respeito à opinião do vulgo. Enfim, inúmeras são as fórmulas pelas quais o sentimento, quase sempre imperceptivelmente, se insinua e afeta o intelecto. (BACON, Francis – Novum Organum)

 

O leitor nunca vai ver nesse blog nada que não seja fatos e verdades que são ou não, aquilo que eu acredito ou não. Mesmo que isso seja contrário aquilo que eu acredito, pois, como disse o próprio Bacon, hoje as pessoas estão em ilhas com suas verdades sem uma verdade universal. E que eu acredito algumas coisas – como uma espiritualidade mais espiritual do que materialista de exorcismos, como conseguir bugigangas etc – que não vou fazer criticas decorrentes a aquilo que eu sigo (como sei que 80% dos que recebem espíritos ou são videntes, são charlatões). Mesmo assim, vamos dizer, nas premissas mais profundas, a meu ver, a verdade esta acida daquilo que das relações e crenças.

Nesse ínterim, devo explicar o meu conceito de “falso profeta”, pois, nada tem a ver só dentro das crenças religiosas (tem bastante), mas tem a ver também com tudo aquilo que leva a manada ao batedouro. Ou seja, todas as pessoas que influenciam (pastores, políticos etc) e não só no Brasil. Muitas vezes, se acredita aquilo que o sentimentalismo te pode enganar e você não vê a verdade, porque faz parte das premissas de quem admira. Mas, no fundo, sabemos que somos governados por psicopatas e delinquentes que sempre estão em busca de dinheiro e poder. Na história humana sempre há registro de pessoas desse porte. São pessoas influentes que usaram da sua influência política e religiosa, para atender seus próprios interesses e isso eu não aceito.

A filosofia me deu certa ortodoxia. Primeiro, o conhecimento é alcançado com certos métodos que só podem acontecer se não há meras opiniões, há raciocínios lógicos e por natureza somos animais racionais a procura de sentido. Segundo, somos animais sociais que dentro dessa sociedade tem que ter educação (família) onde seus valores sejam verdadeiros (não um monte de “arrotos de virtude), e que tenhamos uma escolaridade com o verdadeiro aprendizado de socialização, de matérias verdadeiras e que ensinem um modo mais crítico. E não são críticas vazias, mas criticas dentro da logica daquilo que esta sendo discutido naquele momento.

Enfatizando isso – como base do texto que vou expor minhas ideias (formas de pensar) – temos que estabelecer critérios sérios dentro daquilo que você segue. Liberdade é fundamental nas escolhas que fazemos ao longo da vida, quando criança, nosso pré-frontal não está desenvolvido (só aos 25 anos) e tem que ser criança. Eu, meus irmãos e alguns amigos, pode escolher suas ideologias e religiões na fase adulta, porque ainda (a grande maioria) não entendeu que estamos criando maníacos, psicopatas (no sentido de doença), pessoas depressivas etc., por causa de um pânico que traz uma mistura de sociopatia com crenças infundadas (fora colocar crianças em escolas militares por pânico de ter seu filho doutrinado). E aí entra as bolhas religiosas e políticas, que não são usadas por quem segue mesmo aquilo, mas os manipuladores.

Ai as culturas de massa são mais propagadas e músicas como vimos, são mais sucintas de serem propagadas. A geração boomer (que é a geração não do aprender, mas a geração do decorar), é mais sucinta a cultura de massa que foi passando por outras gerações e hoje, essa cultura de massa, tomou um outro rumo. A pergunta é: que rumo queremos ir? Daí chegamos à dúvida de Alice qual caminho seguir. Mas esse “seguir” tem uma implicação muito além do que pensamos – com a infantilização estatal ideológica – tem a ver de quem seguirmos e a cultura da manada. Se antigamente tínhamos ídolos artísticos dentro da mídia tradicional, hoje temos influencers que tomam como líderes da manada. Não são aqueles que fazem a sombra da caverna (Platão), mas, são as próprias sombras daquilo que se propôs como ideal.

Seria ideal estudar – como muitos desprezam – ou, apenas acreditar que ler coisas fáceis vão trazer maior conhecimento? Dai temos que explorar o ideal e a realidade. O ideal é o mundo que achamos que deveríamos ter, a realidade é o mundo que existe e não vai mudar porque queremos. Muda se mudarmos certos paradigmas. Mesmo assim, animais comerão os outros, pessoas sofrerão acidentes, políticos vão ser sem vergonha e você será explorado pelo ESTADO até o paradigma, talvez, mudar.

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