segunda-feira, 18 de novembro de 2019

Lexa (feminazi) e Pitty (passa pano)




Resultado de imagem para feminismo


O objetivo não é que as mulheres tirem o poder das mãos dos homens, pois isso não mudaria nada. A questão é exatamente destruir essa noção de poder.”
Simone de Beauvoir


Nesta última sexta-feira (15), a roqueira Pitty e a funkeira Lexa foram convidada para cantarem em uma festa universitária no interior de São Paulo (São José dos Campos). Eis que de repente, Lexa pára o show para dizer que a equipe de palco da roqueira (Pitty), não teria lhe deixado ver o show em um canto do palco e que, seguranças da Pitty, teria maltratado duas bombeiras que estavam trabalhando naquele evento. Ainda, Lexa disse lutar pelas mulheres e que mesmo que a equipe da Pitty tenha feito isso, lhe admirava bastante. Por outro lado, Pitty ligou depois para a equipe da funkeira dizendo não entender o “babado” e que admirava Lexa e queria entender a questão. Em reposta a um seguidor, Pitty disse estar cansada de “passar pano” para Lexa e que estão “caçando confusão” onde não tem nenhuma. Fonte (aqui).
Simone de Beauvoir – não me interessa as teorias neuróticas da direita americana – dizia que a mulher não nascia mulher na sua obra “O Segundo Sexo”. Será que ela dizia que a mulher não pertencia ao gênero feminino? Nada disso. Ela quis dizer que a mulher não nasce com o estereotipo que empoem a ela a sociedade, recatada e do lar, a imagem da mãe perfeita, a imagem de que estamos acostumados de ver. Para Beauvoir, todas as imagens que pensamos ser naturais de uma mulher, são construções sociais. O psicanalista francês Jacques Lacan, tem a mesma ideia e disse, que a mulher não existe. Embora a nova direita rastaquera não entenda e a esquerda acéfala use para seus fins políticos, o feminismo vai muito além do que cagarem em fotos, deixaram o sovaco peludo ou acharem que todo homem um estuprador em potencial (garanto que não quero estuprar ninguém), e sim, uma atitude na anulação de poder. Existem homens que aprenderam que homens são provedores, que homens não choram (mentira), que homens são os reprodutores e sim, deveriam seguir a educação que suas mães deram. O machismo, pelo menos para mim, é a infantilidade e a insegurança de uma sexualidade de verdade. Homem que é homem não precisa bater na mulher. Homem que é homem não precisa estuprar e nem transar com várias mulheres, mas, ser seguro de si mesmo e do que é de verdade.
Tanto Lexa, quanto a Pitty, lutam uma mesma causa e se tem um problema. Lexa canta um ritmo que já existem letras que dizem para o homem drogar as mulheres e estuprá-las, danças que pensam que estão empoderando, mas, não é diferente das mulheres antigamente que eram forçadas a se entregar. Ou elas acham que os homens fazem o quê ao ver elas dançarem daquele jeito? Por outro lado, a Pitty deveria saber que ninguém confessa declaradamente que judiou de uma pessoa por causa da nossa cultura de “passar pano”. Temos a tendência que só porque é amigo ou parente, pode ser considerado como um santo na face da terra e não é bem assim. Meu pai tem um pensamento ótimo para isso, quando uma pessoa te fala algo, não precisa acreditar, somente observa. Exato. Não se precisa acreditar naquilo, mas, começa a observar se aquilo é verdadeiro ou não, porque onde há fumaça, pode ter fogo. E por outro lado, amigos, amigos, negocio a parte.



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