quarta-feira, 15 de abril de 2020

O limite do humor e a banda de autistas




Dihh Lopes e Abner Henrique justificam piadas que ofenderam autistas




Há um vídeo circulando de um stand up de dois comediantes – que ao que parece, foi gravado em 2019 – onde estão desdenhando uma banda de rock cuja os membros dessa banda têm autismo. Em um momento do show, um dos comediantes, diz que não poderia deixar de rir de uma banda que o baterista usa fraldas. A questão é: rir de uma banda de pessoas que só tem uma deficiência bioquímica (na verdade, é uma suspeita de deficiência químicas cerebrais no autismo) porque? Não acho que pessoas com deficiência fazerem essas coisas estão superando alguma coisa, mesmo o porquê, somos pessoas como outra pessoa qualquer. Acontece, que alguns membros do segmento de PCDs, usam isso para ganhar dinheiro com palestras. Não tem problema nenhum em ganhar dinheiro, mas, pelo menos sejamos éticos.

Dizendo isso temo que pensar duas coisas: primeiro, que é notório a ignorância do nosso povo em qualquer assunto, pois, um povo que se automedica, um povo que idolatra político, um povo que acha que você dando dinheiro para pastores vão melhorar de vida, não pode acreditar em comediantes inteligentes. Hoje, mais do que nunca, sabemos que uma nação sem uma saúde de qualidade, sem uma educação que instrui e sem um básico para as pessoas não adoecerem – isso inclui um saneamento – não temos nenhum crescimento econômico e nem uma sociedade, mais ou menos, civilizada e ética. Na maioria das vezes, dentro da filosofia e do estudo do comportamento humano, quando falamos de ética, falamos de comportamento humano. Porque o termo ética vem do termo grego ETHOS que tinha os significados como costumes, caráter, modo de ser e comportamento. Mas, o termo significava moradia do homem ou casa, que nos faz crer que o termo ETHOS para o grego era algo dentro do ser humano. Na verdade, o grego se preocupava muito mais com o caráter das pessoas do que os costumes, e quando inverteram isso, degeneraram a cultura grega toda. A questão é bem simples, se moldarmos nosso caráter e ter um bom caráter, uma sociedade ter condições de ter uma convivência melhor.

A questão dos comediantes tem a ver com a educação, a moldura de um caráter de verdade ser um “verniz” ideológico ou religioso. Mesmo o porquê, se você precisa de alguma religião para fazer o que é certo, seu próprio espirito e sua educação é precária. Outra coisa, as pessoas acham que ser contra o politicamente correto é ser mal-educado, pois, até desconfio que essas pessoas se aproveitam para dizerem que são contra, só para seres estupidas e imbecis. São dois imbecis no palco, dizendo coisas que desconhecem, tirando “barato” de uma banda que não tem relevância nenhuma na mídia (só sertanejos bêbados que fazem live para fazerem propaganda de bebidas alcoólicas e sem nenhum conteúdo), e estão trabalhando. Qual a relevância do baterista usar fralda? Qual a relevância deles serem autistas? Um ponto para refletimos.



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