Por Amauri Junior
Era meado de 1997, quando a
internet era discada, eu participava de conversas nos fóruns sobre filosofia. E
filosofia e política, são notoriamente, muitos próximas. Um desses fóruns conheci
uma galera bem legal que costumavam uns ser de esquerda e outros, ser de
direita. Ficávamos até altas horas da madrugada – porque não se cobrava o
impulso da linha a cada minuto e sim, a cada hora – discutindo coisas que a
maioria nem sabe, quando, num meio de uma discussão, mandaram um link do site
do Olavo de Carvalho. Achei interessante, pois, como meu pai estava comprando
para mim a coleção que vinha no jornal Folha de S. Paulo, Os Pensadores, e me
interessei pela filosofia sempre. Falando de modo bem imparcial, muita coisa
aprendi melhor na internet do que numa escola, e na internet, eu tive o incentivo
a voltar aos estudos em 2002. Dado momento em uma discussão, éramos opositores
das ideias políticas do Olavo e a turma da direita – liderada por um sujeito com
alcunha de Capitão América – defendia ele e dado momento, não sei que cargas
d´agua ela soube, apareceu xingando todo mundo e me xingou de “aleijado sem
vergonha”.
Não tenho magoas dele por causa
disso, porque minha deficiência nunca foi minha arma para autodefesa, porém, se
pode ver que todas as coisas que eu li são de uma pessoa doida com mania de perseguição.
Logo depois, a turma foi se dispersando e não havia mais discussões de verdade.
Isso só foi para ilustrar como é o jeito do Olavo de Carvalho, que sempre nunca
quis argumentar e sim, gostava de ser bajulado. Outro muito parecido é o Paulo
Ghiraldelli Jr – sim, esse mesmo que mandou um tamanduá estuprar a jornalista
Rachel Sheherazade – que gosta de ser bajulado e nunca contrariados. Alias, fui
aluno do professor Ghiraldelli em 2004 e fui expulso do grupo dele, só porque
eu divergi dele sobre a questão se a Maisa (na época ela era pequenina) poderia
ou não, trabalhar.
Depois de ter essas experiencias,
formei minha própria teoria: tanto o Olavo, quanto o Paulo, acham que as redes
sociais são suas aulas e sua sala. Embora o Olavo não tenha um diploma universitário
– que para mim, é irrelevante – ele é professor e sabe bastante de filosofia,
mas, também, questiona de maneira errada. Quando lá nos fóruns, nos grupos do
Yahoo, ou no Orkut, nós questionávamos se realmente, o homem pisou na lua ou
algo do tipo, era um exercício de retorica. Eu posso ate achar como uma mera opinião,
que o homem pisou na lua depois de 69, mas, primeiro, eu não tenho como provar
isso e no mais, eu não posso sair com base de uma mera opinião; segundo, eu não
tenho como ter base cientifica porque eu não estudei na área para fazer um
paper em uma revista da área. É mero achismo. Por outro lado, sabemos muito
bem, que a direita americana sempre foi paranoica e sempre inventou mil teorias
para botar medo nas pessoas sobre seus adversários políticos imaginários.
Acontece que dentro da filosofia não
pode haver só a divida e duvidar de coisas que, talvez, que não pesquisamos
sobre. Mesmo o porquê, você não pode filosofar como se você tivesse dizendo uma
opinião. Como Platão disse, opinião não pode ser conhecimento. O conhecimento
deve haver uma lógica, deve haver um caminho argumentativo que se possa provar
ou não, que aquilo é verdade. vai muito do sentimento que você descobriu uma
pseudoverdade e ela te deu um protagonismo de suma importância dentro de um
ambiente, no qual, você não é importante e pode nunca ser pela vida inteira. Isso
tem muito a ver com o teorema da caverna platônico, pois, dentro da caverna até
tinha teóricos que explicariam as sombras, mas, só o verdadeiro filósofo quebra
as correntes e sai dessa caverna. E a verdade é fora dessa caverna. E há uma
grande diferença entre filosofia (amar a sabedoria) do que teorias da conspiração
sem logica nenhuma.
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