segunda-feira, 8 de junho de 2020

1997- Conheci Olavo de Carvalho





Olavo em desenho | Olavo de Carvalho


Por Amauri Junior

Era meado de 1997, quando a internet era discada, eu participava de conversas nos fóruns sobre filosofia. E filosofia e política, são notoriamente, muitos próximas. Um desses fóruns conheci uma galera bem legal que costumavam uns ser de esquerda e outros, ser de direita. Ficávamos até altas horas da madrugada – porque não se cobrava o impulso da linha a cada minuto e sim, a cada hora – discutindo coisas que a maioria nem sabe, quando, num meio de uma discussão, mandaram um link do site do Olavo de Carvalho. Achei interessante, pois, como meu pai estava comprando para mim a coleção que vinha no jornal Folha de S. Paulo, Os Pensadores, e me interessei pela filosofia sempre. Falando de modo bem imparcial, muita coisa aprendi melhor na internet do que numa escola, e na internet, eu tive o incentivo a voltar aos estudos em 2002. Dado momento em uma discussão, éramos opositores das ideias políticas do Olavo e a turma da direita – liderada por um sujeito com alcunha de Capitão América – defendia ele e dado momento, não sei que cargas d´agua ela soube, apareceu xingando todo mundo e me xingou de “aleijado sem vergonha”.
Não tenho magoas dele por causa disso, porque minha deficiência nunca foi minha arma para autodefesa, porém, se pode ver que todas as coisas que eu li são de uma pessoa doida com mania de perseguição. Logo depois, a turma foi se dispersando e não havia mais discussões de verdade. Isso só foi para ilustrar como é o jeito do Olavo de Carvalho, que sempre nunca quis argumentar e sim, gostava de ser bajulado. Outro muito parecido é o Paulo Ghiraldelli Jr – sim, esse mesmo que mandou um tamanduá estuprar a jornalista Rachel Sheherazade – que gosta de ser bajulado e nunca contrariados. Alias, fui aluno do professor Ghiraldelli em 2004 e fui expulso do grupo dele, só porque eu divergi dele sobre a questão se a Maisa (na época ela era pequenina) poderia ou não, trabalhar.
Depois de ter essas experiencias, formei minha própria teoria: tanto o Olavo, quanto o Paulo, acham que as redes sociais são suas aulas e sua sala. Embora o Olavo não tenha um diploma universitário – que para mim, é irrelevante – ele é professor e sabe bastante de filosofia, mas, também, questiona de maneira errada. Quando lá nos fóruns, nos grupos do Yahoo, ou no Orkut, nós questionávamos se realmente, o homem pisou na lua ou algo do tipo, era um exercício de retorica. Eu posso ate achar como uma mera opinião, que o homem pisou na lua depois de 69, mas, primeiro, eu não tenho como provar isso e no mais, eu não posso sair com base de uma mera opinião; segundo, eu não tenho como ter base cientifica porque eu não estudei na área para fazer um paper em uma revista da área. É mero achismo. Por outro lado, sabemos muito bem, que a direita americana sempre foi paranoica e sempre inventou mil teorias para botar medo nas pessoas sobre seus adversários políticos imaginários.
Acontece que dentro da filosofia não pode haver só a divida e duvidar de coisas que, talvez, que não pesquisamos sobre. Mesmo o porquê, você não pode filosofar como se você tivesse dizendo uma opinião. Como Platão disse, opinião não pode ser conhecimento. O conhecimento deve haver uma lógica, deve haver um caminho argumentativo que se possa provar ou não, que aquilo é verdade. vai muito do sentimento que você descobriu uma pseudoverdade e ela te deu um protagonismo de suma importância dentro de um ambiente, no qual, você não é importante e pode nunca ser pela vida inteira. Isso tem muito a ver com o teorema da caverna platônico, pois, dentro da caverna até tinha teóricos que explicariam as sombras, mas, só o verdadeiro filósofo quebra as correntes e sai dessa caverna. E a verdade é fora dessa caverna. E há uma grande diferença entre filosofia (amar a sabedoria) do que teorias da conspiração sem logica nenhuma.

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