quarta-feira, 3 de junho de 2020

O filosofo nasce antifascista e antissocialista, mas a universidade o corrompe





The Greek Female Philosophers You Really Should Not Ignore


Por Amauri Nolasco Sanches Jr



E ainda não és livre, ainda procuras a liberdade. As tuas buscas fizeram-te insone e inquieto de maneira excessiva.


Já deveria ter ficado bastante claro, desde Sócrates (sim, a filosofia de fato começa com Sócrates), visa descontruir uma narrativa para se chegar numa analise mais apurada da verdade. isso, queiram ou não, tem a ver de um modo metafisico. O próprio Sócrates quando começou a analisar tudo que lhe respondiam, chegou à conclusão que ninguém era o que dizia que era – ninguém era bom de verdade – ninguém sabia aquilo que pensava que sabia, porque todo mundo era ignorante. Dai, indo um pouco mais além, podemos intender não só as palavras de Sócrates em dizer que sabia que nada sabia por admitir sua ignorância diante a realidade, mas também, Buda Sakiamuni que disse que somos seres ignorantes da realidade de fato, e também, Jesus dizendo que muitos seriam chamados, só poucos serão escolhidos. Mas, por que? Nem todo mundo se liberta da sua crença porque tem medo de achar que vai ficar perdido por ai sem um alento. Depois de 5 mil anos de estado, onde ele cuida da sociedade, dá uma razão de vida, dará uma crença que tudo ficara melhor da outra vida. Mas, você deve estar se perguntando: por que você está falando de crenças se você citou Jesus e Buda?

Não acredito que Buda foi budista e nem que Jesus foi cristão, porque o mesmo estado que condenou Jesus, por exemplo, usou sua crença para unificar seu império novamente. O budismo tem varias variantes que nada ensinam a verdadeira essência do que Sakiamuni pregava, o único mais próximo, é o zen que talvez resgatou a verdadeira sanga (ensinamentos de Buda). Então, quem garante que essa é a realidade de fato? Mesmo o porquê, a realidade pode ser apenas um ponto de vista de uma jornada evolutiva a algo muito maior, a chegada de algo que o ser humano ainda não vê. A virtude socrática pode ser muito mais do que esse racionalismo vagabundo que temos hoje. O belo platônico não pode ser entendido como o belo físico, nem o mundo das ideias pode ser entendido como um mundo concreto que existe já construído. Afinal, como disse Aristóteles, somos por natureza sem a querer saber.

Acontece, que a filosofia moderna esqueceu (ou quis esquecer) que nem sempre a verdade, ou o que chamamos de verdade, está em materiais finitos e isso se resume a realidade. A meu ver, a filosofia se rende a técnica (telné) e ficou cientifistas demais, ficou só o que podemos explicar. Será mesmo, como quis um dia Comte, que a ciência resolveu os problemas? Quando eu era muito jovem, a técnica junto com a ciência, imaginava que logo depois do ano dois mil, carros iriam voar, robôs iriam fazer tarefas domesticas e tudo mais que, se existem, eu não vejo. Tanto é, que estamos em quarentena por causa do Coronavírus, que nem ao certo, sabem de onde veio. A técnica fez grandes avanços, mas colaborou para acontecer duas guerras mundiais. Não curou a gripe espanhola, não curou o Coronavírus. Será que podemos confiar na técnica? Será que a filosofia deve confiar cegamente na ciência?

A técnica é a essência tanto da extrema-direita (fascismo e nazismo) quanto a extrema-esquerda (socialismo-comunista stalinismo) e assim, o mundo se deu logo depois da segunda guerra mundial. O século vinte, na sua essência, foi niilista. As pessoas pararam de acreditar que poderiam sentir e fazer por si mesmo, sem recorrer a técnica. A filosofia foi para a área logica da linguagem (como se não usássemos de forma correta a linguagem no filosofar) ou, na existência do homem, que tem que lhe dar com suas próprias escolhas. Mas, a questão é: sabemos o que é liberdade? Será mesmo que a liberdade existe? Tiraram a essência do ser humano para dizer que estamos livres, mas, a existência não nos atesta sermos livres. Será mesmo que o problema é a linguagem? Será que nossa salvação é a técnica?

Não sou contra a técnica, afinal, sem ela eu não teria cadeira de rodas e nem cirurgias que me fizeram sentar ou ficar em pé, mas, a técnica não é uma deusa intocável. Ao mesmo tempo que fez a minha cadeira de rodas, fez a bomba atômica, o modo hard de terrorismo estatal. A liberdade é fácil mensurar, ou você tem ela ou você não tem, porque o homem por natureza tem consciência da sua existência porque pensa. Ora, se acho que uma flor é linda, eu tenho plena certeza que quem acha a flor linda sou eu. Nossa essência é o que somos, não o que a teologia católica define, mas, sendo valores caras por muitos séculos.

Leia também:






Nenhum comentário:

Postar um comentário