sexta-feira, 4 de maio de 2018

Discurso de ódio e o discurso da verdade





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Descrição: um desenho com um céu azul com desenhos de uma cidade de cor branca com traços pretos e uma mão de cor branca e traços pretos levantada. Acima dessa mão está escrito: "Posso Falar". 

Todo mundo nos dizem que a verdade é uma realidade, nos mostram os dicionários e realmente, um dos sinônimos de verdade é realidade. Com a nova perspectiva da nova física – estudos físicos que saíram nos últimos cinquenta anos – nos mostram que a realidade depende de quem olha, o que pensa ou que faz. Um sujeito que vai pensar só no dinheiro, vai ver a realidade numa perspectiva do dinheiro e dos vários modelos econômicos. Se o sujeito desconfia das pessoas, ele sempre vai dizer que no mundo não há ética e sim, interesse. Freud viu isso como uma espécie de espelho, tudo que você crítica no outro, está dentro de você. Então, a verdade não é definitiva como algo concreto e único, mas, sempre vai mudando conforme a realidade vai sendo construída. Afinal, como disse o filósofo, Alan Watts, não somos resultado do Big Bang, e sim, estamos no processo ainda do Big Bang.

Hoje com essa polarização, estamos vivendo verdades prontas que não deveria ser pronta. As realidades tendem a serem construídas a partir da narrativa de um discurso e quando essa narrativa já carrega o ódio – sendo de esquerda ou de direita – ela começa a gerar cada vez mais ódio e com o ódio, você não raciocina. A genecologia desse tipo de discurso sempre vem do medo, esse medo é gerado pela imposição de duas correntes. Toda tensão que é gerada, gera um curso circuito. E podemos pegar um exemplo da esquerda e um exemplo da direita, como a filósofa Marcia Tiburi não querer debater (somente concede entrevistas da linha do seu pensamento), assim como, quem segue o pensamento do Bolsonaro (nitidamente, um candidato da direita), sempre escrever, “bolsonaro2018”.

Primeiramente, não acho que filósofos deveriam escolher lados, porque filósofos deveriam enxergar tudo “em cima de uma montanha”. Lógico, que temos um caminho ideológico e espiritual, mas, um filósofo não pode pensar ou agir como os “acorrentados” da caverna que só enxerga as sombras (leiam sobre o Mito da Caverna). Um filósofo é aquele que deixou de enxergar o mundo como todo mundo enxerga, e a atitude da Marcia, é uma atitude de extremo senso comum. Por que o Kim Kataguiri é considerado fascista? Ela tanto defende a palavra fascista, mas se esquece que quando você começa a discursar e tomar uma atitude sem o menor critério o que o outro está dizendo, além de ser preconceito é uma atitude fascista. O fascismo, desde Mussolini, sempre pregou que os seus seguidores deveriam destruir o discurso do outro que se opõem daquilo que está se falando. E o ex-presidente Lula, tem provas suficientes para ser preso, o impeachment da ex-presidente Dilma, foi legitimo e dentro dos transmites legais de uma democracia. E tem outra, todos os “golpes de Estado” que existiram no Brasil e no mundo, não foram “comprozinhos” para tirarem ninguém do governo, foi tanque de guerra na frente do palácio do governo.



No caso da direita temos o Bolsonaro e seus asseclas (chamados de bolsominios por causa da animação “Meu malvado favorito”), começam a postarem dizeres automáticos. Costumo dizer que o discurso de uns seguidos do Bolsonaro, não difere de um discurso de um seguidor do Lula, porque ambos os discursos são discursos que querem “calar” o outro, querem alimentar a polarização. Enquanto quem apoia o Bolsonaro prega um discurso autoritário, um discurso militarista dos tempos antigos, sendo que, o mundo muda e as coisas mudam. Os seguidores do Lula acham que o candidato que for eleito tem total carta branca para fazer o que é melhor para o partido (um ato de corrupção, nunca é benéfico para a própria nação, tanto as Republica, quanto ao Império Romano, ruíram por causa desse mal), e nada seguraria eles para a tomada de um poder de 20 anos. Como um dia sonhou também o PSDB (que chamo de PT de gravata).

O pior que se você faz uma crítica ao Bolsonaro, além de encherem os comentários da hastag “#bolsonaro2018”, ainda te chamam de esquerdista, “mortadela” entre outras coisas. Do mesmo modo, as pessoas que defendem o Lula chamam seus críticos de golpistas, fascistas, e por vai. O discurso não se diferencia entre um lado e do outro, porque não há nenhum critério racional em uma análise além do senso comum. O senso comum só é uma opinião simples e sem critério.

Mas o que seria um discurso? Afinal, toda fala oratória que se vê na internet pode ser chamada de discurso. Mas, discurso é um conjunto de termos que levam seu pensamento, levam o pensamento alheio e que traz uma linha de raciocínio. O discurso de ódio são uma linha de raciocínio sem nenhum critério e se não há critérios, são meros julgamentos de uma verdade que só existem dentro da crença que é alimentada diante dos valores que se recebeu. Ou, existem discursos demagogos e hipócrita, que podem trazer ao mesmo tempo, termos que todo mundo concorda, mas, na pratica, nada disso a pessoa acredita ou faz. Não adianta ser favor de ser um conservador e estar num terceiro casamento – os evangélicos são cheios dessa falácia, mas, caso o companheiro ou companheira, não digam o que gostam de ouvir ou gostam de ver, logo se divorciam. Na verdade, sou a favor do divórcio só no caso de violência física e psíquica, fora isso, é mimi de gente mimada – ou são a favor das minorias, mas ferram as poucas coisas que essas minorias conquistaram. Cadê a socialização da sua própria riqueza? A questão segue sem a menor solução.

O filósofo alemão, Nietzsche (1844-1900), tem uma frase que gosto muito que vou parafrasear, não existem fatos eternos e nem verdades absolutas. O tempo muda conforme a humanidade vai deixando culturas, tecnologias e espiritualidades (que poderíamos chamar de religiosidades) que não servem mais, que não são importantes mais para a sua própria evolução (espiritual e corporal). Então, a vida passa e fatos, que de alguma maneira são verdades, também passarão de alguma maneira. O que vale um ídolo se esses ídolos passarão? Por que seguir um lado ideológicos se esses lados, também passarão?

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