domingo, 20 de maio de 2018

Por que o Lula tem uma esteira e José Dirceu não tem?



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Amauri Nolasco Sanches Junior
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Calma aí. Não sou petista e nem estou defendendo o Dirceu, que voltou a Papuda. A questão é: a justiça não deveria ser igual a todos? Por que esse tanto cuidado com o ex-presidente Lula e não aos outros também? Só para começar, o ex-presidente não deveria estar ainda nas instalações da polícia federal e ir, para uma prisão. Por que será essa “proteção” que estão dando ao Lula? Lógico, que o medo de uma “convulsão” social, ainda paira dentro da polícia federal, que por razões obvias, não quer esse tipo de situação. Mas, é um tanto estanho que uns tenham regalias diversas – como ir preso com o próprio carro e não algemado – e outros irem preso num camburão, algemado e sem direito nem sequer de uma “esteira” (antes que venham encher o saco, estou sendo um pouco irônico).
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Quando pensamos em igualdade, pensamos em um termo que quer dizer que todos em uma sociedade, gozam do seu direito a ter uma igualdade de direito. Se um senhor roubar um pacote de bolacha no mercado, não seria diferente de um deputado ou qualquer político, roubar milhões dentro de uma empresa estatal. A questão é que, numa democracia podemos tender a defender posições e essas posições tem a ver com as ideologias que acreditamos e temos como importante, porque a discussão gira em torno de crenças. Você acredita que aquilo é verdade, acreditamos que os nossos “ídolos” são verdadeiros “santos” ou “heróis”. Não eu que não tenho ídolos por entender que todos são seres humanos e são fadados ao erro, não interessa o que fez ou o que nos deu, deu ou fez por pura vontade ou obrigação do cargo. Se o ex-presidente fez algumas ações de benefício, não foi mais que a obrigação dele fazer isso.

Acontece que temos uma educação, que temos que ficar agradecendo e cultuando figuras políticas por toda a vida por causa das resoluções que só são obrigações do próprio cargos. Seja de direita, seja de esquerda. Não tenho lado ideológico, uma por ser filósofo e sempre defendi que filósofos não deveriam ter lado ideológico para fazer uma análise imparcial. Depois, eu sou simpatizante da anarquia (que tenho serias críticas também, dos novos anarquistas), e sempre pensei que um bom anarquista não poderia estar envolvido em nenhum lado (nem esquerda e nem direita) e muito menos, votar. E, portanto, não tenho ídolos e tenho como base a afirmação de Nietzsche, que não existem fatos e sim, interpretações. Os fatos são o acontecido, as interpretações sempre vão vim das crenças de cada um.

Poderia interpretar os últimos acontecimentos políticos do Brasil com bastante generalizações, mas, prefiro sempre ver os acontecimentos no “alto de uma montanha”. Ou seja, isso depende da narrativa de um discurso, um é ex-ministro da Casa Civil da Presidência, o outro é um ex-presidente da república federativa brasileira; que seria apenas um cargo, mas, no termo jurídico, não é bem assim. Um ministro está abaixo de um presidente, mesmo que esse ministro, fizer muitas coisas além do presidente da república. Mas, quando se perde um foro privilegiado (numa analise bem superficial), as pessoas voltam a ser pessoas jurídicas e podem ser processadas por crimes. Seja de uma Petrobras, seja um pacote de bolacha. Além da narrativa do discurso, tem a ver com a ética.

Temos que esclarecer que o prefixo ex só há se lhe darem a conotação como ex, ou seja, poderíamos colocar como antigo ministro ou o antigo presidente. Portanto, são só termo. O prefixo ex vem do latim que exprime as ideias de “separação, extração e afastamento”. Ora, o substantivo que segue o prefixo, tem o significado que alguém foi, porém, já não é. Ou seja, o ex-presidente não é mais presidente, o ex-ministro já não é mais ministro, portanto, não tem mais cargos importantes. Mesmo assim, há uma narrativa dentro do ex ou dentro do ato que está em torno, tanto do ex-presidente, como do ex-ministro, como todo um conjunto de atos e populismo dentro de um governo fugaz e inútil. Não adianta dar dinheiro, dar uma vida, mais ou menos, digna, e não dar uma estrutura em volta dessas pessoas para continuar essa dignidade.


Gosto da expressão de Platão, que um político é aquele que está acima (como sabedoria), e desce para governar aqueles que estão lá embaixo, são os verdadeiros políticos. Mas, se vier de baixo para cima – como sabedoria e conhecimento – pode, além de visar um interesse qualquer, pode vir a oprimir aqueles que quer salvar. Foi assim nos inúmeros impérios e nas inúmeras, ditaduras. O verdadeiro político é aquele que quer que o governado progrida, seja prospero em espiritualidade e em todos os sentidos, e não pense só nos bens seus e sim, um vem mais geral. Então, para o filósofo grego, a questão política vai muito além do que mera maneira de fazer política, mas, são pessoas que mostram o rumo de uma nação. Pode soar como idealista, mas, quando se estuda a verdadeira filosofia (como uma amizade ao saber), temos conhecimento para saber o que é melhor ou não. Será que está visão de Platão pode será colocada nos dias de hoje? Acho que sim. 


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