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Amauri Nolasco Sanches Junior
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Calma aí. Não sou petista e nem estou defendendo o Dirceu,
que voltou a Papuda. A questão é: a justiça não deveria ser igual a todos? Por que
esse tanto cuidado com o ex-presidente Lula e não aos outros também? Só para começar,
o ex-presidente não deveria estar ainda nas instalações da polícia federal e
ir, para uma prisão. Por que será essa “proteção” que estão dando ao Lula? Lógico,
que o medo de uma “convulsão” social, ainda paira dentro da polícia federal,
que por razões obvias, não quer esse tipo de situação. Mas, é um tanto estanho
que uns tenham regalias diversas – como ir preso com o próprio carro e não algemado
– e outros irem preso num camburão, algemado e sem direito nem sequer de uma “esteira”
(antes que venham encher o saco, estou sendo um pouco irônico).
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Quando pensamos em igualdade, pensamos em um termo que quer
dizer que todos em uma sociedade, gozam do seu direito a ter uma igualdade de
direito. Se um senhor roubar um pacote de bolacha no mercado, não seria
diferente de um deputado ou qualquer político, roubar milhões dentro de uma
empresa estatal. A questão é que, numa democracia podemos tender a defender posições
e essas posições tem a ver com as ideologias que acreditamos e temos como importante,
porque a discussão gira em torno de crenças. Você acredita que aquilo é
verdade, acreditamos que os nossos “ídolos” são verdadeiros “santos” ou “heróis”.
Não eu que não tenho ídolos por entender que todos são seres humanos e são fadados
ao erro, não interessa o que fez ou o que nos deu, deu ou fez por pura vontade
ou obrigação do cargo. Se o ex-presidente fez algumas ações de benefício, não foi
mais que a obrigação dele fazer isso.
Acontece que temos uma educação, que temos que ficar
agradecendo e cultuando figuras políticas por toda a vida por causa das resoluções
que só são obrigações do próprio cargos. Seja de direita, seja de esquerda. Não
tenho lado ideológico, uma por ser filósofo e sempre defendi que filósofos não deveriam
ter lado ideológico para fazer uma análise imparcial. Depois, eu sou
simpatizante da anarquia (que tenho serias críticas também, dos novos
anarquistas), e sempre pensei que um bom anarquista não poderia estar envolvido
em nenhum lado (nem esquerda e nem direita) e muito menos, votar. E, portanto, não
tenho ídolos e tenho como base a afirmação de Nietzsche, que não existem fatos
e sim, interpretações. Os fatos são o acontecido, as interpretações sempre vão vim
das crenças de cada um.
Poderia interpretar os últimos acontecimentos políticos do Brasil
com bastante generalizações, mas, prefiro sempre ver os acontecimentos no “alto
de uma montanha”. Ou seja, isso depende da narrativa de um discurso, um é ex-ministro
da Casa Civil da Presidência, o outro é um ex-presidente da república
federativa brasileira; que seria apenas um cargo, mas, no termo jurídico, não é
bem assim. Um ministro está abaixo de um presidente, mesmo que esse ministro,
fizer muitas coisas além do presidente da república. Mas, quando se perde um
foro privilegiado (numa analise bem superficial), as pessoas voltam a ser pessoas
jurídicas e podem ser processadas por crimes. Seja de uma Petrobras, seja um
pacote de bolacha. Além da narrativa do discurso, tem a ver com a ética.
Temos que esclarecer que o prefixo ex só há se lhe darem a conotação
como ex, ou seja, poderíamos colocar como antigo ministro ou o antigo
presidente. Portanto, são só termo. O prefixo ex vem do latim que exprime as
ideias de “separação, extração e afastamento”. Ora, o substantivo que segue o
prefixo, tem o significado que alguém foi, porém, já não é. Ou seja, o ex-presidente
não é mais presidente, o ex-ministro já não é mais ministro, portanto, não tem
mais cargos importantes. Mesmo assim, há uma narrativa dentro do ex ou dentro
do ato que está em torno, tanto do ex-presidente, como do ex-ministro, como
todo um conjunto de atos e populismo dentro de um governo fugaz e inútil. Não adianta
dar dinheiro, dar uma vida, mais ou menos, digna, e não dar uma estrutura em
volta dessas pessoas para continuar essa dignidade.
Gosto da expressão de Platão, que um político é aquele que
está acima (como sabedoria), e desce para governar aqueles que estão lá embaixo,
são os verdadeiros políticos. Mas, se vier de baixo para cima – como sabedoria
e conhecimento – pode, além de visar um interesse qualquer, pode vir a oprimir
aqueles que quer salvar. Foi assim nos inúmeros impérios e nas inúmeras,
ditaduras. O verdadeiro político é aquele que quer que o governado progrida,
seja prospero em espiritualidade e em todos os sentidos, e não pense só nos
bens seus e sim, um vem mais geral. Então, para o filósofo grego, a questão política
vai muito além do que mera maneira de fazer política, mas, são pessoas que
mostram o rumo de uma nação. Pode soar como idealista, mas, quando se estuda a
verdadeira filosofia (como uma amizade ao saber), temos conhecimento para saber
o que é melhor ou não. Será que está visão de Platão pode será colocada nos
dias de hoje? Acho que sim.
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