“Quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é ser o opressor.”Paulo Freire
Quando eu criei esse blog, eu não queria um blog com textos para fazerem carinho nas pessoas. É um blog nietzschiano e minhas críticas são baseadas dentro do que eu acho e penso na sociedade, pois, filósofos tem problemas a serem desenvolvidos e eu vou desenvolver seja como for. Problemas como a realidade, como ética e educação são os problemas que eu gosto de analisar. Por quê? Educação, na sua origem, passa na realidade e a realidade faz valer dentro da epistemologia, que é a teoria do conhecimento. Ou seja, quando dissemos que educamos uma criança, estamos dizendo que mostramos uma realidade a essa criança. Mas, que realidade? Talvez, a realidade possível de que estamos passando para as crianças, seja a realidade subjetiva daquilo que se acha da realidade e não a realidade em si mesmo. posso, tranquilamente, pegar meu exemplo como um referencial. Minha mãe sempre foi católica não praticante, mas sempre acreditou em Deus. Porém, ela nunca incentivou eu e meus irmãos a seguir qualquer religião, nem mesmo a dela e nem pedir benção (que ela achava uma tremenda demagogia, já que se pedia benção e depois desrespeitavam os pais). Ela achava que quando crescêssemos poderíamos escolher qual religião seguir e assim aconteceu, eu sou espiritualista e não tenho uma posição religiosa.
Uma educação de verdade não se ensina a sua realidade subjetiva, se ensina que não existe só o seu filho no mundo e não existe só sua família. Existe uma sociedade e toda uma gama de preceitos morais - mesmo se não concordamos – que se deve ter para melhor conviver com os outros. E não interessa o que você acha ou que religião você segue, as pessoas vão pensar diferente e sim, assim é melhor para a sociedade se equilibrar dentro de uma democracia. O brasileiro não gosta de ser democrático porque quer ter razão, ou seja, não sabe ouvir o outro lado e sempre acha que a sua realidade é a certa e todo mundo deve seguir a realidade dele. E lendo um texto no site “Quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é ser o opressor” (em referência a frase do Paulo Freire), onde o autor analisa a frase da Karol Conká onde ela disse: “Eu já fui ignorada por horas, minha mãe me ensinou assim. Ela passava um dia sem falar comigo”. O autor passa pano, eu não. Para mim, isso mostra como temos uma educação de psicopatas e perigosos. Por quê? Porque mostra como a cultura brasileira é violenta, uma fábrica de gente doente e com serias psicopatias que podem e dão merda. Quantas mães ensinam os filhos homens a fazerem o que quiserem e eles estupram, beijam a força, querem fazer escândalos e acham que são donos do mundo? Já as mulheres, tem que ser submissas ou são ensinadas que todo homem é igual, pois essas mesmas mães casaram com psicopatas.
Não venham dizer que é por causa de ignorância, porque sei de pessoas muito bem estudadas que fazem a mesma coisa e não há diferença nenhuma. Mas, vamos bem além daquilo que sabemos que ocorre no submundo das periferias – um caldeirão de psicopatas – e que não só acontecem com pessoas como a Conká, porque é uma realidade de muita gente. Pessoas com deficiência sofrem com isso muito mais por causa da sua dependência física, psicológica e financeira dessas famílias que usam isso para dominar e muitas vezes, se promoverem. Principalmente, se a figura paterna no ápice da sua doença, acha que o mundo se deve curvar a ele. Conhecia uma pessoa que o pai queria que todos seus filhos dormissem quando ele chegasse e assim foi, tanto ´é, essa pessoa não podia ouvir nenhum grito ou alguém falar um pouco mais alto, ela tinha medo e se afastava. Mesmo o porquê, lembrava o que o pai fazia com a mãe dela e assim, guardou isso para si. Tanto que sua visão de homem, tem muito a ver com a visão paterna. Traia sua mãe, batia na sua mãe, e ainda, de tanto ser submetida ao pai e depois ao marido, ela manda na sua filha com deficiência. Paulo Freire não estava errado.
Eu e muitos amigos tiveram liberdade porque fomos criados dentro do amor e liberdade de escolha, mas a maioria não é bem assim. É uma educação de opressão e vaidade que não cria seus filhos para o mundo, cria para mostrar para o mundo que ele existe. Não amam, não sentem nada além do prazer de fazer com os filhos o que o pai deles fizeram com eles, sempre numa roda de psicopatia sem fim nenhum. No caso de pessoas com deficiência é muito pior, porque isso reverte em fazer esse deficiente ser um escravo da sua própria vaidade. Estupros, violação, assédio, morte por negligência, doenças por omissão, uso do BPC para pagar aluguéis ou roubados para dar em oferta em igrejas. Tudo isso criando uma roda de doenças mentais, traumas e prisões físicas e psicológicas que colocam pessoas com deficiência numa prisão sem fim. E isso nada tem de ideológico – porque eu não tenho ideologia nenhuma – e sim, humano e se não mudarmos isso é uma tremenda bomba relógio.
Amauri Nolasco Sanches Junior
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