Depois de vimos o Roberto Carlos “pistola” – sério...esse
povo conseguiu tirar o cantor do seu prumo – devemos refletir o que está
acontecendo num país que as pessoas falam o que não sabem, e não dizem coisas
coerentes. Qual o problema disso? Em vários textos e vídeos, já disse que um
povo ignorante é pior do que uma bomba atômica, pois, até mesmo grupos estrangeiros
podem implantar ideias que não são verdade. Por outro lado – estou lendo um
ebook da revolução francesa – um povo ignorante vira massa de manobra de grupos
políticos que querem tomar o poder, sejam de modo democrático, sejam de modo até
de incitar uma rebelião. Parece, que políticos brasileiros – que ainda insistem
em políticas já ultrapassadas – acham que uma população ignorante e pobre, vão
conseguir governar e ter mão de obra. Claro, muitos países com leitores e com
um povo educado – como a Alemanha dos anos 20 e 30 – fizeram estragos graças a um
preconceito irracional (contra os judeus a séculos). Por outro lado, foram
erros já aprendidos que não se faz mais.
Esse é o cerne do problema, um povo consciente do que fez,
educando novas gerações para não fazer e não idolatrar certas figuras da política.
Na verdade, de um modo bem lá no fundo, ninguém sabe direito a democracia e nem
o porquê ela tem representantes. As pessoas ainda acham que as coisas devem seguir
como querem. indivíduos que nunca leram, nunca estudaram nada e acham que
descobriram grande coisa. Filósofos como eu – eu sendo universitário ou não –
gostam em colocar os conceitos em voga para melhor analisar os fatos. Talvez, o
maior erro dos tradutores foi traduzir o termo grego DEMO em “povo”, que fez
alguns pesquisadores históricos desconfiarem o porquê filósofos – como Platão e
Aristóteles – não gostarem muito da democracia ateniense. Primeiro, se
descobriu que, na verdade, o termo grego DEMO tinha o significado de bairro. Ou
seja, não seria um governo de maioria popular, mas, da maioria dos bairros
atenienses. Ora, isso munda a percepção da questão de ser ou não o “governo do
povo”, pois, na verdade, seria o “governo de bairros”. Mesmo o porquê, o
governo de Atenas eram muito etilistas e não era para qualquer um, porque nem
todo mundo tinha dinheiro para pagar aulas de retorica e aulas de política
(como, de certa forma em certa médica, ainda acontece). Mulheres e escravos não
podiam participar.
Talvez, melhor
olharmos o que desejamos olhar dentro da essência da questão: a essência de uma
república não é o modo de olhar em si mesmo, mas, indo além, é a federalização de
uma nação. Talvez, quando os norte-americanos inventaram os conceitos de
democracia na modernidade – não foram os franceses – como Estados independentes
que fazem um acordo em um governo central e começar uma nação como um acordo. Ora,
não poderemos nem comparar uma cidade-estado como era Atenas na antiguidade e nações
como os Estados Unidos ou até mesmo, a nossa. O conceito de democracia muda e
as necessidades que eram por bairros, começam a categorizar por categorias e
grupos, que alguns, chamam de minorias. Mesmo que muitos analistas estrangeiros
categorizem nossa constituição como a mais completa, não conseguimos, ainda, resolver
os problemas? Será que tudo deveria começar na educação?
Mesmo que dizemos que a democracia ateniense era etilista –
do modo que só alguns tem direito de voto – ela passava por um momento
educacional. A primeira Academia da história foi criada dentro da democracia
ateniense – claro que com Platão bastante desconfiado da representação dela
depois da morte de Sócrates – e se pode pesquisar e educar não só gregos, mas,
outros indivíduos e a tradição diz, até mulheres. Então, o conceito de
liberdade se torna algo subjetivo e que o filósofo deve analisar de perto,
porque além dessa liberdade se deve determinar uma desconfiança se existe o
conceito de liberdade universal. A ideia de Platão – seguindo Sócrates – que existe
coisas universais podem ser conceitos importantes como algo mais
espiritualizado e, talvez, dentro da ética moral. Ainda com bastante adendos em
algumas questões morais e éticas.
Existem pessoas, por exemplo, que renunciariam à sua
liberdade de voto e de direitos políticos, para haver ditaduras que assegurem
uma suposta ordem onde elas enxergam uma desordem. Ai esta o perigo de universalizar
alguns componentes dentro da realidade – principalmente, a moral e a ética – que
o critério dessa suposta ordem é morais antigas ou morais que não fazem parte
da nossa cultura. O grande problema brasileiro é se assumi um povo latino-americano,
todos os países estrangeiros já colocaram o brasileiro – nós – como um povo
latino=americano. Quando isso ficar bastante claro, o brasileiro vai enxergar
que o grande problema não é a direita “neoliberal” ou a esquerda “comunista”,
mas, a nossa cultura que veio de um império e que não se tinha muita escolha, a
não ser, adorar o imperador como um deus. Não temos nenhuma tradição democrática
– tirando a ideia dos gregos – que nos remeta a saber escolher. Aliás, na
verdade, os americanos inventaram essa democracia meio sem querer e ficou a
marca deles.
Nas redes sociais – um termômetro da educação, a meu ver – vimos pessoas que não aceitam o diferente, querem sempre achar que os outros gostam das mesmas coisas que eles. E quem vai solucionar, na verdade, todos os problemas da sociedade? Os comunistas dizem que comunas seriam o ideal, mas, nenhum governo saiu do socialismo. Assim como, os liberais dizem que a solução é menos ESTADO e menos a interferência na vida do indivíduo, mas, estamos num pais desigual com um monte de problemas do básico. Como fazer? Isso é um grande mistério.
Amauri Nolasco Sanches Júnior – 46 anos, filósofo
(bacharelado), técnico de informática e publicitário e escritor do blog
Filosofia sobre rodas
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