Há um fenômeno em grupos de filosofia no Facebook – como em
outros tipos de formato – em que as pessoas ainda confundem pensamento filosófico
com um viés dogmático. Mas, por que isso acontece? primeiro, nossa cultura teve
duas origens, uma escolástica (religiosa) do século dezesseis e dezessete,
outra é o positivismo (científico) no século dezenove. Pessoas também dizem que
o marxismo entrou através dos sindicatos, que pode ser também.
Um dos membros desses grupos escreveu em uma imagem: “A humanidadenão sobrevivera por muito tempo, desprovida de um conhecimento seguro.”. cada
um que trilha os caminhos (méthodos) da filosofia, coloca em pauta um problema e
esse é um problema legitimo e é um tema discutido dentro da epistemologia (teoria
do conhecimento). Mas, o que seria um conhecimento?
Há infinitos conceitos do conhecimento, mas, existem muito
poucas definições definitivas sobre o tema. Mesmo o porquê, como todo mundo que
estuda filosofia sabe, que as questões do conhecimento começaram com Sócrates e
Platão. Mais com Platão e sua alegoria da caverna, onde a realidade seria
sombras refletidas em uma parede. Só que há um problema, a parede é um objeto e
será que ela existe? na frase – contém um ar apocalíptico – há uma certa
certeza de uma solução que vem muito das religiões, ou seja, há uma verdade e
esse conhecimento seguro, é o único caminho para essa verdade e por debater com
ele, existiria uma questão de transcender o senso comum. Mas, a ideia,
exatamente, de um conhecimento seguro, é do senso comum.
Filósofos ou aqueles que se interessam por pensamentos filosóficos,
não deveriam ter “segurança”, porque não há uma segurança e não há uma verdade.
Porque, segundo Heráclito e depois Nietzsche, as verdades morais mudam e até mesmo,
conhecimentos mudam de ponto. Ontem existia teorias sobre o surgimento da vida,
hoje já não existe mais. O conhecimento é uma ferramenta para entender a
realidade, mas, quem interage é a dinâmica humana de mudança.
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