Amauri Nolasco Sanches
Junior (aqui)
Quem quiser assinar a petição para uma nova entrevista no
Roda Viva com a Manoela D`Ávila (PC do B), o link está aqui. A questão é que, não
teve machismo nenhum, é uma entrevista de confrontação. Esse tipo de entrevista
é muito difundido lá fora, mas, nossos políticos estão acostumados numa
entrevista “chapa branca” que eles escolhem o que respondem. O único erro – o mais claro dentro da própria entrevista
– foi convidar um ruralista coordenador da campanha do deputado, Jair Bolsonaro
(PSL), como entrevistador. Qual o critério usado? Qual a questão levantada a não
ser, que o avo dele disse que o PT tem semelhanças do partido nazista? Tem uma
reportagem semelhante, que o Bolsonaro defende castração dos pobres no mesmo
modo que Hitler defendia aqui. E eu não estou defendendo o PT, estou mostrando
que há milhares de semelhanças com os nazistas. Até mesmo da forma da
propaganda massiva. Sempre lembrando da fala do Ministro da Propaganda nazista,
Joseph Goebbels, que dizia que uma mentira contada mil vezes, se torna uma
verdade.
A questão vai bastante além da ditadura do “politicamente
correto” – você exigir uma conduta educada não quer dizer policiar o que as
pessoas falam – está no fato da ética brasileira, ser uma ética daquilo que
interessa para o meu ego. Uma postura de respeito não é uma postura de gênero,
uma postura de condição social, uma postura de deficiência ou não, mas,
respeitar o seu semelhante. Não interessa se a mulher está vestida de tal
maneira, não interessa se a mulher está no meio dos homens, não interessa se ela
te sorriu, ela não deu permissão e você tem que respeitar. Se é homossexual, é
de esquerda, é de direita, é deficiente, é de uma postura diferente da sua, o
respeito ao outro ser humano, vai muito além das mazelas ideológicas. A questão
é que o nosso povo (que se acha brasileiro só na copa do mundo), acha que
defende uma coisa que não sabe muito o que é, não sabe nem seu fundamento. Por que
isso? Nosso povo em sua maioria, não tem o habito de ler, não tem o habito de
pegar um livro e se inteirar no assunto.
Quando descordamos do outro, não necessariamente, o outro se
torna nosso inimigo. Mas, as pessoas em sua maioria, transformam aqueles que
descordam em seu inimigo e te chama daquilo que se discorda. Ou as pessoas
viram fascistas ou elas viram comunistas. Como não tenho ideologias e estou
acima de qualquer pensamento preconceituoso, não acho que exista os dois
pensamentos e sim, ambos vieram do viés socialista de doutrinação a força do
ser humano de uma forma comunitária de vida. Ponto. Só que um defendia o viés tradicionalista
conservador e o outro, defendia um governo do proletariado. O socialismo é uma
ditadura nos mesmos moldes do fascismo, uma liderança que levasse o ser humano
para a igualdade e essa igualdade levaria o ser humano a harmonia plena. Mas,
tem um problema, nenhum ser humano é igual e ninguém leva a vida dentro do
mesmo padrão (comportamental e financeira). O que a esquerda prega é uma
fantasia, talvez, alimentada num tom de religiosidade.
Por que? Porque as pessoas acreditam que é possível, mas, não
viram acontecer. O socialismo dentro de um sistema solido, já se mostrou uma catástrofe
e pode sim, levar a morte de milhões de pessoas numa ditadura do proletariado. Porém,
não é diferente, porque a questão do poder é uma questão cultural, de qualquer governo
que exista, no mundo. O poder como instituição concreta, é uma instituição que
alimenta nosso próprio ego. Como seria a mente de um só ser humano, ter milhões
de pessoas e milhões em dinheiro em seu poder? Por isso mesmo, disse que não pode
tratar todos os seres humanos, como seres iguais. Oportunidades são feitos por
si mesmo, dentro do que disse, ler e estudar. Conheço bastante pessoas com deficiência,
que conseguiram superar o preconceito. Só que não estou dizendo que não existem
preconceitos, mas, que existem um pensamento além de um “coitadismo”. Há enormes
diferenças em ser vítima e ser vitimista.
Mas, enquanto essa discussão ideológica acontece, o Supremocom a 2º turma começa a soltar gente que não poderia soltar. E ainda pior,
gente que defendia uma postura ética, e não se cumpriu essa postura ética. Como
disse inúmeras vezes, a impressão que se tem de alguns dentro da nossa cultura
e também, em qualquer discussão – seja política e religiosa – que a ética brasileira
é muito volátil. Ela muda conforme o interesse por traz daquilo que se está
discutindo. Até uma interpretação da justiça passa pelo crivo da nossa moral, não
importa se somos isentos, se afirmamos estarmos acima de qualquer coisa (até
mesmo, eu mesmo). A questão é: o ser humano pode ser considerado um ser ético? Pode
ser um ser que respeita a própria cultura que cria? Não sei não.
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