quarta-feira, 27 de junho de 2018

A “Disneylândia” da esquerda velha e o STF partidário




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Amauri Nolasco Sanches Junior (aqui)

Quem quiser assinar a petição para uma nova entrevista no Roda Viva com a Manoela D`Ávila (PC do B), o link está aqui. A questão é que, não teve machismo nenhum, é uma entrevista de confrontação. Esse tipo de entrevista é muito difundido lá fora, mas, nossos políticos estão acostumados numa entrevista “chapa branca” que eles escolhem o que respondem.  O único erro – o mais claro dentro da própria entrevista – foi convidar um ruralista coordenador da campanha do deputado, Jair Bolsonaro (PSL), como entrevistador. Qual o critério usado? Qual a questão levantada a não ser, que o avo dele disse que o PT tem semelhanças do partido nazista? Tem uma reportagem semelhante, que o Bolsonaro defende castração dos pobres no mesmo modo que Hitler defendia aqui. E eu não estou defendendo o PT, estou mostrando que há milhares de semelhanças com os nazistas. Até mesmo da forma da propaganda massiva. Sempre lembrando da fala do Ministro da Propaganda nazista, Joseph Goebbels, que dizia que uma mentira contada mil vezes, se torna uma verdade.

A questão vai bastante além da ditadura do “politicamente correto” – você exigir uma conduta educada não quer dizer policiar o que as pessoas falam – está no fato da ética brasileira, ser uma ética daquilo que interessa para o meu ego. Uma postura de respeito não é uma postura de gênero, uma postura de condição social, uma postura de deficiência ou não, mas, respeitar o seu semelhante. Não interessa se a mulher está vestida de tal maneira, não interessa se a mulher está no meio dos homens, não interessa se ela te sorriu, ela não deu permissão e você tem que respeitar. Se é homossexual, é de esquerda, é de direita, é deficiente, é de uma postura diferente da sua, o respeito ao outro ser humano, vai muito além das mazelas ideológicas. A questão é que o nosso povo (que se acha brasileiro só na copa do mundo), acha que defende uma coisa que não sabe muito o que é, não sabe nem seu fundamento. Por que isso? Nosso povo em sua maioria, não tem o habito de ler, não tem o habito de pegar um livro e se inteirar no assunto.

Quando descordamos do outro, não necessariamente, o outro se torna nosso inimigo. Mas, as pessoas em sua maioria, transformam aqueles que descordam em seu inimigo e te chama daquilo que se discorda. Ou as pessoas viram fascistas ou elas viram comunistas. Como não tenho ideologias e estou acima de qualquer pensamento preconceituoso, não acho que exista os dois pensamentos e sim, ambos vieram do viés socialista de doutrinação a força do ser humano de uma forma comunitária de vida. Ponto. Só que um defendia o viés tradicionalista conservador e o outro, defendia um governo do proletariado. O socialismo é uma ditadura nos mesmos moldes do fascismo, uma liderança que levasse o ser humano para a igualdade e essa igualdade levaria o ser humano a harmonia plena. Mas, tem um problema, nenhum ser humano é igual e ninguém leva a vida dentro do mesmo padrão (comportamental e financeira). O que a esquerda prega é uma fantasia, talvez, alimentada num tom de religiosidade.

Por que? Porque as pessoas acreditam que é possível, mas, não viram acontecer. O socialismo dentro de um sistema solido, já se mostrou uma catástrofe e pode sim, levar a morte de milhões de pessoas numa ditadura do proletariado. Porém, não é diferente, porque a questão do poder é uma questão cultural, de qualquer governo que exista, no mundo. O poder como instituição concreta, é uma instituição que alimenta nosso próprio ego. Como seria a mente de um só ser humano, ter milhões de pessoas e milhões em dinheiro em seu poder? Por isso mesmo, disse que não pode tratar todos os seres humanos, como seres iguais. Oportunidades são feitos por si mesmo, dentro do que disse, ler e estudar. Conheço bastante pessoas com deficiência, que conseguiram superar o preconceito. Só que não estou dizendo que não existem preconceitos, mas, que existem um pensamento além de um “coitadismo”. Há enormes diferenças em ser vítima e ser vitimista.

Mas, enquanto essa discussão ideológica acontece, o Supremocom a 2º turma começa a soltar gente que não poderia soltar. E ainda pior, gente que defendia uma postura ética, e não se cumpriu essa postura ética. Como disse inúmeras vezes, a impressão que se tem de alguns dentro da nossa cultura e também, em qualquer discussão – seja política e religiosa – que a ética brasileira é muito volátil. Ela muda conforme o interesse por traz daquilo que se está discutindo. Até uma interpretação da justiça passa pelo crivo da nossa moral, não importa se somos isentos, se afirmamos estarmos acima de qualquer coisa (até mesmo, eu mesmo). A questão é: o ser humano pode ser considerado um ser ético? Pode ser um ser que respeita a própria cultura que cria? Não sei não.

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