sexta-feira, 17 de agosto de 2018

As pessoas com deficiência que apoiam Bolsonaro, cadê seu plano de inclusão?






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Amauri Nolasco Sanches Junior

Estava um dia típico de todos os dias que vinha tendo, vendo muita merda no Facebook (todas de opinião do senso comum), sobre política que nem era opiniões tão sofisticadas. Quando vi uma postagem em um grupo de um canal do YouTude (MAMÃOZINHOS), um cara fez uma postagem com a hastag: “#bolsonaro2018”. O problema não é nem o apoio ao candidato e sua postura política – porque tem pessoas que apoiam a candidatura de um presidiário – mas, devemos sempre colocar as coisas numa premissa racional. Se eu apoio alguém, eu tenho que verificar um conjunto de coisas que aquela pessoa vai fazer para beneficiar uma sociedade e parcelas (alguns dizem nichos), principalmente, a parcela que pertencemos. Ora, não sejamos hipócritas, estamos vendo com o Bolsonaro o mesmo que sempre houve com o Lula, o populismo e o fanatismo é o mesmo. Além disso, a política é muito mais do que hastags infinitas ou seres humanos robotizados sem conhecer obras e sem conhecer nada do candidato.

Indaguei na postagem, se ele apoia esse candidato, o que poderia dizer o que vai fazer pelas pessoas com deficiência? Não tive resposta. Por que? Porque não há nenhuma resposta, são pessoas alucinadas a uma solução que ele pensa ser fácil, mas, são soluções muito complexas e não serão feitas num dia só. Soluções fáceis são soluções populistas. A questão acima, como toda solução para inclusão das pessoas com deficiência, não é discutida, porque nunca dará voto. Então, não tem o porquê uma pessoa com deficiência apoiar candidatos que não tem uma agenda de inclusão (nem os ditos de esquerda tem), fiscalização da lei de cotas, acessibilidade nas calçadas, vias públicas e etc. essas resoluções não têm ideologias, tem que ter pessoas que fazem. Aliás, a lei de cotas é uma lei de 25 anos e nunca funcionou, sempre com aquela desculpa de que não existe deficientes qualificados. Isso, tanto nos governos de direita, quanto os governos da esquerda e inúmeras vezes escrevi sobre isso (só procurar no Google e vão achar).

A questão é: por que tenho que sempre achar que uma só pessoa pode resolver tantos problemas? Por que não estamos preocupados com a Câmara dos Deputados, que realmente, tem uma grande importância? Porque se não se ter a maioria no congresso, o presidente não vai ter como governar e nem fazer as mudanças que precisam para melhorar nosso país. Não interessa se o presidente seja da linha da direita, ou da linha da esquerda (que o petismo destruiu graças ao seu egoísmo político), se não tiver a maioria na câmara, não vai conseguir fazer nada. Queiramos ou não, o petismo se não está no governo, eles são contra tudo e todos. Mas, será mesmo que o caminho é ir aos extremos? Será que esquerda e direita, não é um mesmo lado da mesma moeda? A questão polarizada da questão, nos mostra como somos, facilmente, iludidos com uma cultura binaria que alimenta a separação ou o conflito. Não existe várias espiritualidades, existe uma. Não há dois pensamentos políticos, existem uma resolução política. O bem ou o mal, são valores morais, não entidades ou éticas porque tem a ver com a sociedade. Existem ações progressistas e ações conservadoras e nós que almejamos essas ações.

As pessoas com deficiência deveriam apoiar politicas inclusivas (sem populismo), e não ter nenhuma postura de preconceito e idealizações que não vão servir para ajudar nossa inclusão. Pessoas com deficiência deveria olhar certos candidatos e procurar algumas resoluções éticas e nunca, morais, porque resoluções morais tem a ver com subjetividade.  

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