Imaginamos um mundo que caiba dentro daquilo que envolve as nossas crenças. Crenças essas construídas dentro de valores, muitas vezes, dentro daquilo que somos criados. Na maioria das vezes, chamamos de educação. Educação não é o mesmo que escolarização, pois, a escolarização foi feita para expor as crianças dentro da cultura humana e sua histórica construção de instrumentos intelectuais que usamos para a vida do mundo (produzir e na vida social). Educação tem a ver com o caráter e é aprendida no ambiente familiar, onde os valores são importantes dentro de uma certa tradição daquilo que temos como importante. Ou seja, não precisa ou não adianta a escola ensinar uma coisa e os pais ensinam uma outra coisa. Acontece – como tudo hoje em dia – as discussões ficaram polarizadas e sempre o ser humano joga a culpa no outro. Como disse o filósofo francês Sartre, o inferno sempre é o outro.
Lendo sobre fatos históricos e vendo seriados e documentários,
cheguei a conclusão que não importa o governo, a grande parte da população vai
ser prejudicada. Seja socialista, fascista, nazista etc. As pessoas nunca serão
ouvidas sobre suas necessidades, porque sempre vai ter um “herói” ou um salvador
da pátria – que era o nome de uma novela muito famosa – onde vai lhe mostrar
uma solução, mas, essa solução é cara demais e a conta sempre vai ser paga pela
maioria. Não existe bem e não existe o mal, e sim, existe a ignorância e o
conhecimento. Segundo vários cientistas e antropólogos, somos máquinas biológicas
que aprendemos com nossos erros e construímos culturas e laços afetivos
conforme as convivências que temos. Somos seres adaptáveis. Vivemos em todos os
ambientes graças a essa capacidade de aprendizado.
Crenças são construídas dentro daquilo que se acha ser
verdade – mesmo que não saibamos o que é a verdade – e construímos bases solidas
dentro dos nossos valores. Acontece – e isso eu sinto desde muito garotinho –
que algumas dessas crenças são construídas adaptando aquilo que é de fato, com
aquilo que se acredita. Chamo isso de gambiarra conceitual. Isso ficou muito
claro depois de 2013 com as manifestações e viraram essa polarização, que nada
foi, do que a reprogramação de um mesmo sistema. Nada mudou. Só mudou os
personagens de uma peça dramática-cômica. Desde muito cedo eu descobri que o Brasil
se autossabota e não progride, não há um progresso real porque não se tem um
interesse de verdade de melhorar, arrumar, de fazer um outro pais. Tudo gira
nas próprias crenças. Chamo de crenças aquilo que se acredita dentro de um
escopo maior dentro dos valores aprendido. Ora, somos animais que aprendemos por
sermos racionais – não só, claro – mas, aprendemos porque erramos. Errar faz o
ser humano prestar atenção naquilo que errou e mudar aquilo em uma outra atitude
de acerto.
No Brasil – que parece que agora vivemos uma guerra fria e a
mídia alimenta isso – parece que temos uma outra realidade, um outro mundo onde
se constrói conceitos que não existem. Tudo vira caso de fanatismo e seguir cegamente.
Não é de hoje que temos isso – onde vários comediantes fizeram quadros sobre – nossa
cultura tem uma tendencia muito grande de fanatizar tudo. Se sou da direita,
tenho o dever de defender a direita nem que eu tenha que esconder a verdade. Assim
como na esquerda. E outras coisas também, que na sua essência tem a ver com o
gosto e aquilo que nos identificamos. Se
alguém é vegano, por exemplo, é porque tem afinidade de ser isso e é bom para a
pessoa. O problema é você achar que o que é bom para você tem que ser para todo
mundo, as vezes, não é o gosto do outro e as pessoas tem todo o direito de
comer carne. Assim como ter opinião, onde as pessoas têm o direito de terem
suas opiniões como queiram. Quem dita regras, na sua essência, são ditadores. Todo
ditador, no fundo, tem um ressentimento muito grande. Todo ressentido tem
tendencias de não aceitar o “diferente”, pois, suas crenças não podem ser
aceitas como verdadeiras.
A pergunta é: o que é a verdade? Esse “o que é” é uma explicação
daquilo que deve ser explicado, como “o que é aquilo?” ou “o que é uma uva?”,
pois, “aquilo” pode ser um outro objeto ou a uva é uma fruta que fermentada
vira vinho. A coisa fica mais complexa quando perguntamos sobre a verdade,
porque a verdade não tem uma explicação. A verdade moral pode ser relativa,
assim como as verdades objetivas – como o fenômeno consciente do objeto – é concreta
por motivos óbvios. Por outro lado, quem garante que uma uva é uma uva? Podemos
estar observando um holograma. Ou uma imagem que mostra a uva não sendo uma uva.
Quem garante que aquilo é verdade ou mentira? Que aquilo faz parte de um mundo
real ou não?
Amauri Nolasco Sanches
Júnior – 46 anos, técnico de informática, publicitário, filósofo da educação e
futuro bacharel em filosofia.
@amaurinolascos.ju #LivreParaSer #cadeirantenotiktok #cadeirantenotiktok #SOSNerdsChallenge #frediemercury #queen ♬ Another One Bites The Dust - Remastered 2011 - Queen
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