quarta-feira, 19 de junho de 2019

Alexandre Frota é pseudo-político e o Olavo de Carvalho um pseudo- filósofo




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Por Amauri Nolasco Sanches Junior
o termo pseudo tem sua origem grega a partir de pseudes ou pseúdos, que tem seu significado literal (sem nenhuma dúvida), “mentira” ou falsidade. Temos exemplos inúmeros para o uso do termo como pseudociência (que eu acho exagerado, pois, qual seria o critério entre o que é verdadeiro ou falso dentro da ciência?), pseudônimo, que são escritores que não querem colocar os seus nomes verdadeiros. Mas, há outros pseudos que acham que fazem e não fazem nada, ficam confundindo as coisas.
Quem me conhece sabe que eu não tenho nenhum lado específico, acho que tudo tem a ver com o ESTADO, tanto a esquerda, quanto a direita. Por muito tempo eu me direcionei para a esquerda, mas vi, que a esquerda não quer facilitar para os mais pobres e sim, querem que fiquem cada vez mais pobres para ficarem dependentes do seu discurso e da sua pauta. Ou acham mesmo que cento e pouco reais de Bolsa Família são o bastante para uma pessoa viver? A esquerda ficou no poder anos e não resolver sequer, a reforma agraria. A direita não é muito diferente – a liberal tende a ser mais flexível, mas, ainda sim, é defensora do ESTADO – porque quer conservar tudo aquilo que não presta e que deixa o pobre cada vez pobre. Assim, nesse meio aparecem pseudos-políticos com discursos conforme o que a massa – online ou não – quer ouvir.
A direita dá mitada e a esquerda dá lacrada. É o caso emblemático das redes sociais, quem diz uma pseudo-verdade está certo ou errado perante a opinião pública. Alexandre Frota sempre foi um cara que causava suas polêmicas para ficar em evidencia e quando não era mais galã global, partiu para o pornozão e ali ficou. Depois, tentou a carreira de comediante e agora é deputado. Uma das coisas que ainda não entendo é o porque uma pessoa vota num cara desse. Talvez, a questão seja a educação.
O grego inventou a politica e inventou a democracia, tanto é, que os dois termos vem de palavras gregas. A politica veio do grego politikos que queria dizer, “cívico”. Por outro lado, politikos se originou a partir do termo polites que quer dizer, “cidadão”, que muito tempo depois, foi traduzido por cidade. Mas, em uma sociedade como a grega, em que a vida pública interessava a todos os cidadãos, os politikos eram sujeitos que se dedicavam ao governo da polis (poderia ser um Estado ou uma cidade), sempre colocando o bem comum acima dos interesses individuais. Graças ao latim – língua romana da região de Lácios, na Itália – o termo teve uma ampla aceitação em todas as línguas ocidentais. Bem no começo, teve uma conotação bastante pejorativa, já que politican, em inglês do século 16, queria dizer aqueles que recorriam as intrigas para conseguir poder ou algum cargo publico (será que não continua assim?), algo parecido com que hoje chamamos de politiqueiro ou que faz politicagem.
No século 17, possou-se a ser usado e assim prevaleceu no sentido de homem publico, que representa os partidos políticos na composição do governo. No dicionário Morais, que é de 1813, o termo volta no sentido grego antigo, que era um sentido elogioso de um estadista. Não tenhamos dúvida que no Brasil há os dois significados para politico. Portanto, como definir um politico como Alexandre Frota ou um Tiririca? O que faz uma pessoa famosa ou que nunca leu um livro na vida (a deputada petista Benedita da Silva falou com maior orgulho), tenha um cargo publico? Diferente da democracia grega antiga, a democracia de hoje é representativa e não cabe muito a definição grega. Mas, são representantes para gerir o país para a maioria. O problema, que no caso do Brasil, se geri para si mesmo e os cargos públicos são cabides de emprego. Algo para pessoas ganharem dinheiro e visibilidade.
Por outro lado, se temos um pseudo-político como o Alexandre Frota – não só ele, claro – temos um pseudo-filósofo como Olavo de Carvalho. Quando Pitágoras de Samos – que viveu entre 570 a c a 495 a c – ele foi chamado de sábio por um principe Na verdade, “philosophós” é um termo que quer dizer, um amigo da sabedoria, já que para o grego, ser um amigo era muito importante para a vida pública. Ser um amigo da sabedoria, era equivalente a ser um amante do saber. Tanto era assim, que o filósofo Aristóteles – que viveu trezentos anos antes de Cristo – dizia que o ser humano era apto ao saber por dois motivos; primeiro motivo era a razão, e o segundo era que ele era um ser sociável. Mais ou menos, como sabemos, que o homem é um ser que se adapta muito rápido.
Só que há um problema muito grande. Olavo de Carvalho não questiona aquilo que ele acredita – como o catolicismo – ele questiona aquilo que ele não acredita. Isso para mim é um intelectual e não um filósofo. Para se ter uma ideia, eu faço várias criticas tanto dos movimentos anarquistas, quanto os movimentos libertários que muitas vezes, nem sabem o que estão dizendo (como anarcocapitalismo que é uma aberração e só foi um exemplo de Rothbard para explicar o libertarianismo). O anarquismo idem. Minha crítica é muito contundente enquanto alguns anarquistas – que votaram – votaram no PT para presidente contra o Bolsonaro, sendo que, por sermos contra o ESTADO, se deveria não votar e não utilizar o título de eleitor. Isso que um filósofo faz, questionar suas próprias crenças,
Outra coisa que o Olavo faz é achar que tem razão, pois, não existem verdades definitivas. Podemos, dentro de um conceito humano, definir que dois mais dois são quatro e num outro ponto do universo, seres com consciência como nós, achar que isso não é verdade. Nem sempre a lógica pode ser uma verdade inquestionável, pois, aquilo que não se questiona é aquilo que não se entende. O entendimento só pode ser construído a partir do questionamento. Olavo não pode incentivar ou não o governo, se ele mesmo disse que não quer se envolver com a politica e não acho que ele deveria se envolver com a filosofia. Ele mistura Epicuro com PNL. Questiona que a Terra é esférica e ainda, disse que a Pepsi Cola é feita de fetos abordados. São coisas que podem ser questionadas, porém, não podem ser refutadas.
A Terra pode ser plana? Não, porque se a Terra fosse plana, nós poderíamos enxergar uma cidade inteira, por exemplo. A Pepsi Cola pode ser feita com fetos humanos? Pode. Se considerarmos que um cultivo de células seja um feto, coisa, até mesmo dentro da ciência biológica é questionável, a Pepsi é sim feita de fetos. Como podemos dizer que a Coca-Cola é feita de folhas de coca – que não quer dizer que já é a cocaína, pois a cocaína e a heroína é feita da papoula – e pode dar um gosto que adormece, coisa que não acontece. Na questão do ácido, até mesmo a limonada é ácida e pode corroer (experimenta deixar ferros numa limonada). Mas todo esse questionamento foram os meus conhecimentos de química que fizeram eu ter, e não no achismo. Assim como posso questionar se é verdade ou não que o homem pisou na lua, por causa do meu conhecimento tecnológico e meu conhecimento de física (pelo menos a teórica). Qual a fonte das falas do Olavo de Carvalho? O que ele usa?
Pois é….políticos que só querem pautas grandes e filósofos que não sabem pensar, não são confiáveis.

Cliquem e leiam 

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