“Não
tem partido. Não tem ideologia. Não existe esquerda ou direita.
Quem está no governo tem que botar a roda pra girar, é um padrão.”
—
O
Mecanismo
“Como
é que os ricos e poderosos chegam onde estão? Eles são mais
espertos? Mais bonitos? Nada disso, diria Maquiavel: eles são apenas
mais malignos.” –-
Merlí
Amauri Nolasco Sanches Junior
Ninguém gostou da série O
Mecanismo porque mostra a verdade e ninguém gosta da verdade. No
mesmo modo, as pessoas não gostam muito da série espanhola, Merlí,
porque tem muita filosofia e as pessoas não gostam de pensar. Dias
desses – não sei quando – foi alguns membros do MBL (Movimento
Brasil Livre), analisar a série no programa Panico da Jovem Pan.
Você vê como eles tinham uma ideologia quando eles já
transformaram o diretor, José Padilha, em um réu querendo
incriminar todo mundo e não é verdade. No mais, quem tem não deve
não teme. Mas, o problema é ter um lado para defender e quando
temos um lado para defender ficamos reféns de análises rasas e
pobres.
Já li no Twitter – que para mim é
uma parede de banheiro publico – que se o brasileiro soubesse
calcular o quanto que ele gasta para manter o ESTADO, ele não
defendia nenhum ESTADO. Mas, ao que parece, as pessoas não sabem nem
analisar e muito menos, calcular. Se analisasse iria ver que não
existe esquerda e direita no Brasil – aliás, o mundo todo já
superou essa discussão – o que existe de verdade é o interesse.
Porque queiramos ou não, existem duas coisas que nos movem: dinheiro
(colheita e caça) e sexo (a continuação da espécie). Não venham
com esse papo que existem valores morais, os valores morais foram
construídos através de inúmeras culturas que existem ou que já
existiram. Alguns filósofos e pesquisadores já disseram, que o ser
humano não evoluiu o bastante para ter tecnologias avançadas e nem
evoluiu no aspecto de transcender esses mecanismos evolutivos.
Por
quê? O ser humano trocou seu lado nômade por um lado mais social
para ter mais conforto, não acredito nos pesquisadores que houve uma
necessidade. Tendo o que quisesse, o ser humano trocou aquilo que ele
tinha em abundancia para aquilo que ele tinha certeza. Não havia
necessidade. Talvez, prefiro pensar que o ser humano tenha criado o
governo por imposição daqueles que descobriram que o medo era a
forma de dominação perfeita. Também, não acredito que a
espiritualidade tenha mandado espíritos de outra orbe que
construiram tudo isso – embora, acredito que existam
uma evolução espiritual do próprio planeta – mas, acredito que o
ser humano entrou numa cilada. De alguma maneira, o ser humano foi
levado a construir ao longo de 10 mil anos, os governos.
Pesquisadores como o antropólogo
Harari, disse que isso é uma
incógnita, porque
não faz sentido o ser humano ter escolhido o conforto do que a
liberdade.
Mas o
que deve ser a liberdade? O que ganhou a humanidade com a perca da
liberdade? Podemos colocar vários avanços tecnológicos, na área
científica nos últimos quinhentos anos, mas, na área moral, mesmo
as doenças – algumas delas – serem erradicadas, a humanidade
moralmente e eticamente são ainda colhedores e caçadores. Porque
todo mamífero tem que comer e transar para passar para frente os
genes – como disse lá traz – mas, o estranho, que não somos
mamíferos e primatas comuns, temos consciência. Então uma pergunta
muito pertinente vem nesse momento: será que o ser humano se deixa
dominar por conta desse conforto? Ou será que somos um bando de
abelhas em torno de uma rainha artificialmente? Sempre lembrando, que
os primatas são animais imitadores e somos imitadores.
Então,
a teoria que o diretor da série O Mecanismo não está errado, há
um certo mecanismo dentro dos governos mundiais que devem funcionar
para manter ele funcionando. Seria a reprogramação, as mudanças
para deixar o mecanismo ainda em pé.
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