sábado, 8 de junho de 2019

O Mecanismo e Merlí: duas séries não vistas e que falam da verdade



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Não tem partido. Não tem ideologia. Não existe esquerda ou direita. Quem está no governo tem que botar a roda pra girar, é um padrão.” O Mecanismo
Como é que os ricos e poderosos chegam onde estão? Eles são mais espertos? Mais bonitos? Nada disso, diria Maquiavel: eles são apenas mais malignos.” –- Merlí
Amauri Nolasco Sanches Junior
Ninguém gostou da série O Mecanismo porque mostra a verdade e ninguém gosta da verdade. No mesmo modo, as pessoas não gostam muito da série espanhola, Merlí, porque tem muita filosofia e as pessoas não gostam de pensar. Dias desses – não sei quando – foi alguns membros do MBL (Movimento Brasil Livre), analisar a série no programa Panico da Jovem Pan. Você vê como eles tinham uma ideologia quando eles já transformaram o diretor, José Padilha, em um réu querendo incriminar todo mundo e não é verdade. No mais, quem tem não deve não teme. Mas, o problema é ter um lado para defender e quando temos um lado para defender ficamos reféns de análises rasas e pobres.
Já li no Twitter – que para mim é uma parede de banheiro publico – que se o brasileiro soubesse calcular o quanto que ele gasta para manter o ESTADO, ele não defendia nenhum ESTADO. Mas, ao que parece, as pessoas não sabem nem analisar e muito menos, calcular. Se analisasse iria ver que não existe esquerda e direita no Brasil – aliás, o mundo todo já superou essa discussão – o que existe de verdade é o interesse. Porque queiramos ou não, existem duas coisas que nos movem: dinheiro (colheita e caça) e sexo (a continuação da espécie). Não venham com esse papo que existem valores morais, os valores morais foram construídos através de inúmeras culturas que existem ou que já existiram. Alguns filósofos e pesquisadores já disseram, que o ser humano não evoluiu o bastante para ter tecnologias avançadas e nem evoluiu no aspecto de transcender esses mecanismos evolutivos.
Por quê? O ser humano trocou seu lado nômade por um lado mais social para ter mais conforto, não acredito nos pesquisadores que houve uma necessidade. Tendo o que quisesse, o ser humano trocou aquilo que ele tinha em abundancia para aquilo que ele tinha certeza. Não havia necessidade. Talvez, prefiro pensar que o ser humano tenha criado o governo por imposição daqueles que descobriram que o medo era a forma de dominação perfeita. Também, não acredito que a espiritualidade tenha mandado espíritos de outra orbe que construiram tudo isso – embora, acredito que existam uma evolução espiritual do próprio planeta – mas, acredito que o ser humano entrou numa cilada. De alguma maneira, o ser humano foi levado a construir ao longo de 10 mil anos, os governos. Pesquisadores como o antropólogo Harari, disse que isso é uma incógnita, porque não faz sentido o ser humano ter escolhido o conforto do que a liberdade.
Mas o que deve ser a liberdade? O que ganhou a humanidade com a perca da liberdade? Podemos colocar vários avanços tecnológicos, na área científica nos últimos quinhentos anos, mas, na área moral, mesmo as doenças – algumas delas – serem erradicadas, a humanidade moralmente e eticamente são ainda colhedores e caçadores. Porque todo mamífero tem que comer e transar para passar para frente os genes – como disse lá traz – mas, o estranho, que não somos mamíferos e primatas comuns, temos consciência. Então uma pergunta muito pertinente vem nesse momento: será que o ser humano se deixa dominar por conta desse conforto? Ou será que somos um bando de abelhas em torno de uma rainha artificialmente? Sempre lembrando, que os primatas são animais imitadores e somos imitadores.
Então, a teoria que o diretor da série O Mecanismo não está errado, há um certo mecanismo dentro dos governos mundiais que devem funcionar para manter ele funcionando. Seria a reprogramação, as mudanças para deixar o mecanismo ainda em pé.

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