quarta-feira, 12 de junho de 2019

André Mattos e o dia do metal e Serguei e o rock nacional




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Se você acabar com uma vida tediosa e miserável porque você ouviu seus pais, seus professores, seu padre ou alguma pessoa na televisão, dizendo para você como conduzir a sua vida, então a culpa é só sua e você merece.

Amauri Nolasco Sanches Junior

O rock perdeu dois nomes muito importantes para o rock brasileiro – como se tivessemos alguma coisa brasileira – André Mattos, que era ex-vocalista da banda Angra e atual vocalista da banda Shaman, e o Serguei que foi um dos icones do rock nacional. Também estão fazendo uma petição para fazer o dia da morte do André Mattos, dia do metal (aqui). Mas, o rock para mim, foi o começo da contestação da minha condição – de pessoa com deficiência física – e o porque o mundo é o que é. E foi o momento de descobrir que os malucos que mudaram o mundo.
Lembro o Serguei como jurado nos últimos anos do Chacrinha – não vi ainda o filme – e sempre pensei que ele era um maluco que fazia todo mundo rir como outros personagens da época. Muitos anos depois, fui descobrir que Serguei era um rockeiro e fazia shows. Depois que descobri a filosofia – eu já gostava de rock metal – que o rock tem um DNA filosófico. Todo cínico da mesma escola de Diógenes de Sinope, seria um ótimo roqueiro. Nada a ver o que o Olavo de Carvalho fala que o rock é uma música comunista – mesmo o porquê. tanto anarquistas punks como a esquerda MPB, sempre acharam o rock música rebelde burguesa – porque os comunistas e os marxistas, já odiavam o jazz. Até mesmo, a tropicalia, fez uma grande manifestação contra a guitarra elétrica.
A questão do rock na minha vida foi bastante importante, embora, não seja muito apegado a ídolos e sim, gostar não é venerar. Essa é a questão no Brasil, se venera muito mais do que se gosta. Se venera a questão da família. A veneração é uma demonstração o quanto uma sociedade não consegue raciocinar e olhar para si mesmo, eventualmente, ser muito mais céticos quanto aps acontecimentos. Posso gostar das bandas e tal, mas, não acho que ninguém era santo e o Angra, eles tinham, muitas vezes, uma atitude arrogante diante na TV. Talvez, por serem referencia ao metal nacional – já que existem duas bandas nacionais referencia no metal e o rock daqui internacionalmente, o Angra e o Sepultura – tenham esse tipo de postura. Mas, ouvia o Angra até a saída do André Mattos, pois, na minha postura, eu não acho graça com outro vocalista. No mesmo modo, não ouço o Queen com o outro vocalista ou o Nightwish sem a Tarja. Não quer dizer que acho ruim, mas, não acho a mesma coisa.
Não gosto que as pessoas falam que são ecléticas. Porque pessoas ecléticas sempre não sabem o que gostam ou não sabem nem as tendências que estão ouvindo, porque acham tudo bom. Impossível as pessoas acharem tudo bom. Impossível você achar sertanejo universitário bom e junto, rock. Se eu tivesse que optar em cantar sertanojo (para mim, sertanejo universitário não passa de um bando de modinha para ser aceito na turminha) e rock, claro, vou cantar rock e foda-se essa cultura de merda que acha que se tem que ganhar dinheiro. O povo tem que criar vergonha na cara.



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