domingo, 4 de setembro de 2022

Bolsonaro e Lula – A mídia brasileira idiotizando a grande massa






Por Amauri Nolasco Sanches Júnior

 

Existem canais no YouTube, que não dão sua opinião ou demonstram seriamente e escolhem de uma forma irônica, algum assunto que avalia como um problema para uma sociedade. Essa forma de crítica – que muitas pessoas colocam como acidas – não é novidade e pode atrair bastante público, por causa da forma como trata o assunto. Esse é a questão do canal Felca (linkado aqui) e a forma irônica que trata, não só as questões da mídia num modo geral, mas, também, trata outros canais que para ele, não trazem o conhecimento e só tratam as questões de uma forma tosca e sem noção nenhuma da realidade. Em um tom de brincadeira e muito sarcasmo – típico de filósofos cínicos como Diógenes de Sinope – analisa até mesmo, as falas sem sentido nenhum dos apresentadores (alguns com atitudes insanas), e do público, que batem palmas para as insanidades e desgraças alheias.

Ora, parece que a mídia brasileira, tem uma preferência para casos de desgraça humana como modo de colocar medo na população, como se isso deixasse o povo mais dócil. Chegamos ao comportamento de manada, que o filósofo Nietzsche dizia ser, pessoas que fazem o que todo mundo faz e reage como todo mundo reage. Claro, isso tem a ver com a necessidade de ser aceito por todo mundo, mesmo sabendo que aquilo não é verdade ou que aquilo não vai trazer conhecimento nenhum. A diferenciação de um ato pode determinar que você é e como você reage a realidade onde se encontra, pois, você é único no universo e não pode achar que ser igual o outro seja importante. Ou seja, ter personalidade, porque tudo que o ESTADO (vide governo), mais odeia é o conhecimento e uma personalidade forte.

A questão é: será a grande maioria milhões de <<cyphers>> iguais do filme Matrix? O personagem Cypher do primeiro filme, sabe o que é o software Matrix e como remonta uma realidade que não existe mais. Porem, as maquinas tem que ser alimentadas e devem dar o corpo humano um motivo para viver. Tentativas anteriores não deram certo porque era um mundo muito perfeito, mas, deveria ter problemas e que não deveria ser tão perfeito. Cypher, talvez, achasse chato receber ordens de Morpheus, ou achava horrível a gororoba que ele comia sendo não ter nenhuma coisa gostosa. Dentro da Matrix, tudo era uma ilusão – são sensações estimuladas via neural por dispositivos de sonhos – mas era melhor do que aquilo. Mas, onde viver em ilusão pode ser tão bom?

Nas filosofias yogis ou budistas, não existe a mentira e sim, ilusão. Mas, não é que as pessoas estão na ilusão que existem uma outra realidade ou que os objetos não existem, é que elas estão julgando através de um ego falso. O problema não é o ego-personalidade (aquele que é), mas o ego dentro de uma realidade que só foi construída através de ilusões de falsos julgamentos. As pessoas e os objetos são o que são e não vai mudar porque você está nessa ilusão, pode mudar porque há uma necessidade de mudança. Mas, não é que não exista a mudança ou ela não é importante, o que eles estão dizendo, é quando damos muito mais importância com a verdade do objeto do que achamos dele. O achismo sempre vai ser uma mera opinião. Dai vem a liberdade e a verdade.

Para os gregos – de um modo geral – o conceito de liberdade (eletheia) tinha mais a ver com a autonomia. Na era moderna, a questão de liberdade seria muito além da autonomia, porque tem a ver com quem somos e o porquê eu teria que fazer certas escolhas. Se na antiguidade os filósofos buscavam a verdade (alitheia), para os filósofos modernos – mesmo que também buscamos, de certo modo, a verdade – a verdade e a liberdade têm uma outra conotação. Chegou ate os contratualistas – que acreditam em um contrato social – que acreditavam que o ser humano nasceu em sociedade e tem que cumprir esse contrato. Mas, quem disse que queremos esse contrato? Quem disse que necessitamos desse contrato? Daí chegamos na ideia de que o sistema se comporta como um ser morfológico (que muda de forma conforme a necessidade), e as necessidades que tem naquele momento.

Há todo uma questão de idiotizar a sociedade desde sempre, mas, no Brasil isso é muito explicito. E isso – querendo ou não – passa pela mídia ensinando jovens e pessoas alienadas em serem idiotizados e acharem que o importante não são as escolhas, mas, o consumo puro e simples. Por que eu acharia legal uma pessoa que vai todo final de semana em uma balada? Por que eu acharia legal, pessoas irem em uma feira de tecnologia só para encontra seus amiguinhos? Pagamos um alto preço de se ter uma personalidade – por isso mesmo, filósofos são solitários – porque a grande maioria gosta de frases feitas, frases que constrói ou dizem reforços para suas próprias crenças. Mas, cuidado, há uma importância dentro das crenças que fazem o ser humano buscar cada vez mais, a verdade. Sem o fator do fanatismo, as crenças podem dar um reforço moral dentro de certos assuntos.

Daí chegamos no vídeo do Visão Libertaria, a questão da liberdade – além da verdade – tem a ver com a felicidade (Eudaimonia). Será que o sistema não usa meios midiáticos para dominar? 

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