terça-feira, 12 de maio de 2020

Filosofia do ‘não’ – meu ‘pinto’, minhas regras




Pintinho: imagens, fotos e vetores stock | Shutterstock

A deformidade do corpo não afeia uma bela alma, mas a formosura da alma reflete-se no corpo.

Como um bom filosofo, eu observo que existem problemas que não são analisados com real profundidade, um deles é a liberdade e a individualidade. Conversando com varias pessoas ao longo da minha vida, me disseram para eu contratar prostitutas para eu sentir a sensação do sexo e agora, disseram que tem as assistentes sexuais para pessoas com deficiência. Por ser homem, meu objetivo ultimo é transar? Uns dirão sim, outros dirão para só ter a experiencia de sentir uma mulher, pelo menos, uma vez na vida. Mas, será que isso é tudo? Será que o importante é só o sexo?

O nome do texto não é à toa, o grande lema feminista da atualidade é “meu corpo, minhas regras” como para mostrar que a mulher não é um objeto. Realmente, não é. Por outro lado, mesmo achando que todo homem é igual e coisas do tipo, endossa esse tipo de narrativa falando que o homem, para ser feliz, o importante é sexo. Espera um pouco. Eu não recebi essa educação, mesmo o porquê, minha mãe sempre dizia que eu não era igual ninguém e “macho” só seria cachorro. Eu, particularmente, não gosto da ideia do sexo sem uma intimidade maior do afeto (que muitas pessoas, confundem com carinho) do conhecer, do convívio, da conversa, do após e o durante de saber o que dizer e o que brincar. Nada contra a prostituta ou a assistente sexual, nada contra se ter liberdade de escolher o que nos fazem felizes, mas, essa padronização dentro da imagem estereotipada do macinho alfa que precisa de mulher de qualquer forma. Eu não sou assim e não quero ser.

Mas, o porque eu não aceito essas coisas? Quem me lê e quem me conhece sabe que sou libertário – não me interessa o que as pessoas acham do libertarianismo – e um libertário defende na propriedade privada, a não violência e também, que o nosso corpo é nossa propriedade. Afinal, quem é as pessoas para saberem ou não o que é melhor para mim? Quem é o Estado para saber o que eu devo ou não devo fazer? Indo mais além, quem é o Estado para saber se eu quero aprender essa educação vagabunda, que está ai? Não me interessa essa visão estereotipada o que deve ser um homem, ou o que se deve ser uma mulher, pois, esta mais do que claro, que isso é uma manipulação mais do que evidente do poder para dar momentos de felicidade para a grande massa não questionar. Então, se começa a criar narrativas, de imagens estereotipadas de que essas pessoas devem ser ou não. Daí entra – de forma ideológica contemporânea – a visão moralista machista (que muitas vezes é defendida por religiões pentecostais cristãs) e a visão radical feminista (que foi a forma de se quebrar um tabu criando outro tabu). Só, que as duas narrativas, transformam o ser humano em massa de manobra ideologia e que se você não se encaixa em nenhuma nessas narrativas, você é o diferente.

A questão do meu corpo – ainda mais com deficiência – é uma questão minha que só eu devo saber qual meu limite. Não quero ser nem um normativo que segue uma maioria, também não apoio o feminismo radical que acha, por exemplo, que todo homem é um potencial estuprador. Que todo homem trai. Que todo homem tem segundas intenções. Porque, você começa uma discussão com uma afirmação genérica e que não é verdade, pois, se disser a “maioria” é diferente se você disser “todos”. Nem isso, um estupro é uma violência que passa pelo lado reptiliano da pessoa, o instinto animal ancestral (quando, possivelmente, os homens copulavam com as mulheres a força bem no começo da evolução humana). Além, de ser uma violação do corpo da mulher, invadindo o seu bem maior e primeiro. Não faz sentido nenhum dizer que todo homem é um estuprador em potencial.

Nem gosto da expressão “todo homem é igual”, porque todo homem não é igual, mas, você escolheu um canalha. Ou seja, meu lema é “não me meça pelo que você viveu”.



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