Por: Amauri Nolasco Sanches
Junior
Os idiotas vão tomar conta do mundo; não pela
capacidade, mas pela quantidade. Eles são muitos.
Nesses tempos que o tema politico está
em alta, sempre temos milhares de especialistas no Facebook e no Twitter políticos.
A questão política não é muito simples assim, porque o presidente da república não
é o único no governo e sim, ele é o chefe do executivo. Portanto, existe o
legislativo (Parlamento dos Deputados Federais e o Senado Federal) e o judiciário,
que foram colocadas como um equilíbrio saudável. Acontece que eu estou vendo um
fenômeno – que começou, mais ou menos, em 2015 – que se trouxe aquela coisa “apaixonada”
do futebol para a política. Ou seja, estou vendo que as pessoas estão muito “apaixonadas”
e pouco analisando de forma muito mais racional. Se fomos analisar a origem da
palavra “paixão” vamos chegar a palavra grega “pathos” que quer dizer
sofrimento. Na verdade, o termo paixão tem um “parentesco” com o termo “paciente”
e com “patologia” (doença), porque para os gregos e ate mesmo, para os
medievais, a paixão era uma doença (o ocorre que sempre o ser humano confundiu
amor com paixão).
Há um debate muito interessante em
que se analisa muito mais na questão fanática (no sentido da pessoa ficar tão
obcecada que ela já não quer ganhar o debate com o outro, ela quer elimina-lo),
porque com a falta de uma perspectiva no âmbito mais na visão mais econômica,
que possa dar muito mais conforto ao povo, levou ao debate uma maior dependência
de uma ideologia ou religião. A questão para saber se isso é verdade, é se
perguntar o porque que um deputado do baixo clero, se elegeu o presidente da república.
Garanto que não foi pelos olhos dele e nem das “boas maneiras” do Bolsonaro. Foi,
exatamente, essa falta de perspectiva que o lulopetismo deixou (no sentido das
pessoas terem onde jogar a culpa, mas, a culpa é de quem votou no PT), que acalentou
a briga entre Bolsonaro e a Maria do Rosário – que se não fosse se meter na
entrevista, não dava holofotes para o Bolsonaro – e mais tarde, a “misteriosa” facada
do Bolsonaro levou em sua campanha.
Gosto de analisar a politica de
forma muito mais racionalizada do que apaixonada, porque tenho a visão de que político
são funcionários públicos e devem servir a população para seu bem-estar. Para isso
que pagamos impostos. Aliás, se você doa
algo para algum serviço público, como hospitais ou ate mesmo, instituições
(como a teletoniana) você está pagando duas vezes. Sou bastante cético, afinal,
temos que fazer certas analises para saber se aquilo faz sentido ou não faz
sentido. Mas, antes de tudo, temos que olhar numa ótica muito mais ampla.
O filosofo grego Aristóteles – que viveu,
mais ou menos, trezentos anos antes de Cristo – dizia que a política se dividia
em duas. De um lado ficava a ética e a politica em si mesmo. Dentro da ética (que
tem a ver com caráter), ficava a questão da felicidade de cada cidadão em viver
na polis. Dando um exemplo nos dias de hoje, seria como dar um maior bem-estar
ao cidadãos como asfaltar as ruas, construir mais hospitais ou escolas,
melhorar a vida urbana para melhorar a vida financeira (já que dando uma melhor
estrutura da cidade, mais empresas abrem e há mais emprego, junto com a educação
e a saúde, claro). E a política, que na época de Aristóteles se denominava “politikon”
que eram pessoas que se preocupavam com a polis, que deveria se preocupar com a
felicidade geral, como agora, os cuidados de uma pandemia mundial. Ainda mais,
no mundo grego clássico, existiam os “politikon” e os “idiotike”, que eram
pessoas indiferentes com a polis. O que hoje chamamos de alienados, hora por
causa da nossa educação vagabunda, hora por causa que temos uma elite rastaquera
que financia essa cultura vagabunda só para fazer propaganda da sua marca e
sabe nada de política.
Desta leva da elite rastaquera –
que, aliás, trouxe o Coronavírus da Itália – saem nomes como o do Luciano Hang
(vulgo: Véio da Havan), e de muitos outros, que viram e mexe fazem seu “showzinho”.
Será que não perceberam que o mundo não é como desejamos e que o que não podemos
mudar, pelo menos, não ajudamos a piorar? Dai entra o “idiotike” grego das
pessoas que são indiferentes com a sociedade, indiferente com que acontece no
mundo, indiferente que existem pessoas diversas e que o mundo é outro. Por exemplo,
a cinquenta anos atrás era impensável pessoas com deficiência ter uma vida
social, hoje mudou, uma pessoa com deficiência além de ter uma vida social
ainda trabalha e pode ser um cliente em potencial. Por isso mesmo, as pessoas
que acham que o passado era melhor e idealiza esse passado, são reacionários. Todo
reacionário é um contra revolucionário que quer voltar aquilo que ele idealizou
– nem sempre o passado foi bom – como confortável e certo. Por isso mesmo que o
Luciano Hang gravou aquele vídeo contra as normas de acessibilidade, ele acha
que quando não tinha essas normas, as empresas poderiam ser mais fáceis serem
estruturadas. Mas, uma coisa eu concordo, há muita burocracia e deveríamos facilitar
cada vez mais essas normas e ter muito mais uma fiscalização se isso está sendo
respeitado.
Na verdade, o Estado sempre vai
munir e querer regular a vida das empresas e a vida do cidadão, porque com um
maior controle se pode ter uma maior certeza o que estão fazendo e o porque estão
fazendo. Qualquer governo e qualquer ideologia não estão preocupados com o cidadão,
estão preocupados com o poder e a duração da sua permanência nesse governo. O Estado só vai se retroalimentar desse governo
como se fosse um parasita que suga o que precisa para sobreviver. Será mesmo
que se sabe de política? Será mesmo que se sabe das leis?
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