segunda-feira, 18 de maio de 2020

Os especialistas do Facebook



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Por: Amauri Nolasco Sanches Junior

Os idiotas vão tomar conta do mundo; não pela capacidade, mas pela quantidade. Eles são muitos.

Nesses tempos que o tema politico está em alta, sempre temos milhares de especialistas no Facebook e no Twitter políticos. A questão política não é muito simples assim, porque o presidente da república não é o único no governo e sim, ele é o chefe do executivo. Portanto, existe o legislativo (Parlamento dos Deputados Federais e o Senado Federal) e o judiciário, que foram colocadas como um equilíbrio saudável. Acontece que eu estou vendo um fenômeno – que começou, mais ou menos, em 2015 – que se trouxe aquela coisa “apaixonada” do futebol para a política. Ou seja, estou vendo que as pessoas estão muito “apaixonadas” e pouco analisando de forma muito mais racional. Se fomos analisar a origem da palavra “paixão” vamos chegar a palavra grega “pathos” que quer dizer sofrimento. Na verdade, o termo paixão tem um “parentesco” com o termo “paciente” e com “patologia” (doença), porque para os gregos e ate mesmo, para os medievais, a paixão era uma doença (o ocorre que sempre o ser humano confundiu amor com paixão).
Há um debate muito interessante em que se analisa muito mais na questão fanática (no sentido da pessoa ficar tão obcecada que ela já não quer ganhar o debate com o outro, ela quer elimina-lo), porque com a falta de uma perspectiva no âmbito mais na visão mais econômica, que possa dar muito mais conforto ao povo, levou ao debate uma maior dependência de uma ideologia ou religião. A questão para saber se isso é verdade, é se perguntar o porque que um deputado do baixo clero, se elegeu o presidente da república. Garanto que não foi pelos olhos dele e nem das “boas maneiras” do Bolsonaro. Foi, exatamente, essa falta de perspectiva que o lulopetismo deixou (no sentido das pessoas terem onde jogar a culpa, mas, a culpa é de quem votou no PT), que acalentou a briga entre Bolsonaro e a Maria do Rosário – que se não fosse se meter na entrevista, não dava holofotes para o Bolsonaro – e mais tarde, a “misteriosa” facada do Bolsonaro levou em sua campanha.
Gosto de analisar a politica de forma muito mais racionalizada do que apaixonada, porque tenho a visão de que político são funcionários públicos e devem servir a população para seu bem-estar. Para isso que pagamos impostos.  Aliás, se você doa algo para algum serviço público, como hospitais ou ate mesmo, instituições (como a teletoniana) você está pagando duas vezes. Sou bastante cético, afinal, temos que fazer certas analises para saber se aquilo faz sentido ou não faz sentido. Mas, antes de tudo, temos que olhar numa ótica muito mais ampla.
O filosofo grego Aristóteles – que viveu, mais ou menos, trezentos anos antes de Cristo – dizia que a política se dividia em duas. De um lado ficava a ética e a politica em si mesmo. Dentro da ética (que tem a ver com caráter), ficava a questão da felicidade de cada cidadão em viver na polis. Dando um exemplo nos dias de hoje, seria como dar um maior bem-estar ao cidadãos como asfaltar as ruas, construir mais hospitais ou escolas, melhorar a vida urbana para melhorar a vida financeira (já que dando uma melhor estrutura da cidade, mais empresas abrem e há mais emprego, junto com a educação e a saúde, claro). E a política, que na época de Aristóteles se denominava “politikon” que eram pessoas que se preocupavam com a polis, que deveria se preocupar com a felicidade geral, como agora, os cuidados de uma pandemia mundial. Ainda mais, no mundo grego clássico, existiam os “politikon” e os “idiotike”, que eram pessoas indiferentes com a polis. O que hoje chamamos de alienados, hora por causa da nossa educação vagabunda, hora por causa que temos uma elite rastaquera que financia essa cultura vagabunda só para fazer propaganda da sua marca e sabe nada de política.
Desta leva da elite rastaquera – que, aliás, trouxe o Coronavírus da Itália – saem nomes como o do Luciano Hang (vulgo: Véio da Havan), e de muitos outros, que viram e mexe fazem seu “showzinho”. Será que não perceberam que o mundo não é como desejamos e que o que não podemos mudar, pelo menos, não ajudamos a piorar? Dai entra o “idiotike” grego das pessoas que são indiferentes com a sociedade, indiferente com que acontece no mundo, indiferente que existem pessoas diversas e que o mundo é outro. Por exemplo, a cinquenta anos atrás era impensável pessoas com deficiência ter uma vida social, hoje mudou, uma pessoa com deficiência além de ter uma vida social ainda trabalha e pode ser um cliente em potencial. Por isso mesmo, as pessoas que acham que o passado era melhor e idealiza esse passado, são reacionários. Todo reacionário é um contra revolucionário que quer voltar aquilo que ele idealizou – nem sempre o passado foi bom – como confortável e certo. Por isso mesmo que o Luciano Hang gravou aquele vídeo contra as normas de acessibilidade, ele acha que quando não tinha essas normas, as empresas poderiam ser mais fáceis serem estruturadas. Mas, uma coisa eu concordo, há muita burocracia e deveríamos facilitar cada vez mais essas normas e ter muito mais uma fiscalização se isso está sendo respeitado.
Na verdade, o Estado sempre vai munir e querer regular a vida das empresas e a vida do cidadão, porque com um maior controle se pode ter uma maior certeza o que estão fazendo e o porque estão fazendo. Qualquer governo e qualquer ideologia não estão preocupados com o cidadão, estão preocupados com o poder e a duração da sua permanência nesse governo.  O Estado só vai se retroalimentar desse governo como se fosse um parasita que suga o que precisa para sobreviver. Será mesmo que se sabe de política? Será mesmo que se sabe das leis?
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