Por Amauri Nolasco Sanches Júnior
Se entende como comunicação algo que emite a informação –
nesse caso, até mesmo a realidade pode informar sua existência – e algo que
recebe a informação. Isso, inevitavelmente, são dados a serem examinados e para
se ter uma informação tem que ter um meio. A questão publicitaria – sendo que
publicidade são todas as informações que são levadas ao público – tendem sempre
serem informações e notícias do mundo e de locais muito longínquos. O jornalismo
como meio da mensagem, tendem a informar sobre fatos políticos e cotidianos de
outros lugares e de lugares distantes, descobertas cientificas e conhecimentos históricos.
A questão é a banalização do jornalismo (assim como a publicidade, seu primo irmão)
tendeu a dar uma parcela dessa informação como meio pobre da questão.
O podcast – criado em terras norte-americanas – tendem um
formato mais radiofônico e ao mesmo tempo, a imagem televisiva como base hoje
de informação. mesmo, em alguns casos, só a fala do locutor expressa sua informação
como modo de levar ao público mero conhecimento daquilo que ele pensa, ou sobre
algum assunto – como os YouTube – ou tendo convidados famosos ou não, que colabora
com a “conversa”. Se no jornalismo televisivo ou radiofônico, esse tipo de coisa
era chamado de entrevista e tinha uma pauta – que poderia ter uma coisa mais ou
menos polemica – no podcast isso não acontece. Pois, as questões são desenvolvidas
através de conversas informais que podem ou não, terem dados daquilo que estão dizendo.
Se pressupõem, que se no mundo corporativo da mídia tradicional, as pautas
tinham a ver com interesses e relatos pessoais, o podcast – numa primeira análise
– pode não ter.
Com a internet, se criou uma espécie de anarquismo virtual –
claro, com a legislação de cada país dentro de uma legislação própria – o podcast
tem muito mais liberdade de explorar a informação em seu formato mais “limpo”. Não
através de outro agente, mas, o agente que originou a informação e saber a versão
da própria pessoa do fato noticiado pela mídia. O meio não tem mais um intermediário,
pois, a informação direta e sem cortes, vem mostrar a verdade do fato a humanização,
muitas vezes, do ídolo. Por outro lado, muitos especialistas dizem essa informação
não ser embasada por dados confiáveis, que, num modo jornalístico, é inaceitável.
Existe um problema, porque quem produz podcast ou vídeos, não são,
propriamente, jornalistas formados e não podem ser responsabilizados por não seguir
uma regra que não podem seguir.
Sabemos, muito bem, que a mídia tradicional, por causa dessa
forma mais livre, vem perdendo público e credibilidade. Pois, queiramos ou não,
quando você escreve qualquer artigo, esse artigo vem com algum interesse ou ideologia
(seja qual for). Os dados vêm contaminados de verdades subjetivas que colaboram
com suas crenças, daí, importante destacarmos algumas coisas sobre a verdade.
Quando o filósofo alemão Nietzsche coloca na frase <<não existe fatos
eternos e nem verdades absolutas>> ele quis dizer que não existem fatos
morais eternos e nem verdades morais absolutas, ou seja, existem as verdades apolíneas
(que podemos chamar de verdades objetivas) e verdades dionisíacas (que podemos
chamar de verdades subjetivas). Uma arvore é uma verdade objetiva, pois, sua existência
independente da nossa consciência capitar ou não, ela. Um unicórnio é uma
verdade subjetiva, porque diante de dois elementos (um cavalo e um chifre)
criamos um ser na nossa imaginação, que só existe em nossas mentes. Ou seja,
algo subjetivo e único.
Acontece que as verdades subjetivas só ficam nas crenças e
nas ideologias políticas (que são uma crença pessoal) e não existem
concretamente. O comunismo não é algo concreto, é uma teoria onde comunidades são
criadas para dar ao ser humano, uma igualdade. A rigor, a igualdade também é
uma crença, já que em um estado natural, a natureza não é igualitária e a
dificuldade faz dela um ser evolutivo. Dentro da teoria da evolução, não seria
o mais forte que venceria, mas, o mais adaptado a aquela evolução. Inclusive, a
questão da evolução tem a ver com a informação de novas formas de mudança do
tecido genético para melhorar a interação e se adaptar.
Não há razão nenhuma em condenar os podcasts por conta da não
verdade, por já se ter relativizado a verdade e destruído os valores em que
essas verdades são construídas. A construção desses valores era importante
dentro de uma verdade de séculos, e por causa de querer quebrar algumas moralidades que eram opressoras, esses valores foram quebrados. Reinterpretação
da realidade dependeu de uma forma ideologizada da realidade, onde o mundo
mudou e repensou diante de uma nova interpretação dessa mesma realidade. Formas
opressoras foram e são criadas para frear essas mudanças, mas, não importa o
quanto demore, as mudanças acontecem. As informações serão dadas de uma forma
ou de outra.
O podcast demonstra que o novo meio tem mais liberdade e no
futuro, talvez, se tenha esse formato.
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