quinta-feira, 1 de maio de 2025

MINHA ALMA ANARQUISTA

 





Única coisa que preso na minha vida é minha liberdade.

 

Imagina uma pessoa com deficiência que sempre dependeu de transporte ruim, que sempre minha mãe teve que ir em pé comigo no colo. Ou, instituições que mais sugaram o dinheiro suado do meu pai para eu adulto, descobrir que o que diziam que eu tinha não era verdade. Não ter uma adolescência descente porque eu tinha que ir em uma oficina – que era mais um deposito de deficientes – que me prometeu em me ensinar a trabalhar (não ensinava nada) e ainda sugava todo o dinheiro do meu pai mais uma vez. Quando não apoiamos seu show teletonico, nos expulsaram como cães que não servem mais.

Nesse interim, aprendi a valorizar a minha liberdade de um jeito que ninguém tira ela de mim mais. Comecei a construir meu pensamento em sistemas anarquistas, mas, com vieses nietzschianos do ubermech (além-do-homem), onde toda teoria anarquista comunista era calcadas no ressentimento dentro daquilo que Nietzsche chamava de moral de rebanho. Ou seja, não se consegue ser o que o mais forte, o que entenderam como é a realidade, o real impulsiona a vida e a energia vital se torna a vontade de potência. Mas, muitos querem o caminho mais rápido – que Cristo chamou de caminho estreito – e querem impor a moral dos ressentidos, portanto, a moral que aniquila os fortes que souberam estudar.

Não que deixei de ser libertário por causa de apropriações dos anarcocapitalistas reacionários se apropriarem de pautas libertarias para defender políticos – como ANCAPSU etc – mas, além da questão da propriedade privada (que o anarquismo clássico rejeita), somos todos anarquistas contra o poder autoritário. Se aprendi que a liberdade é algo inegociável – liberdade ainda que tardia – é porque a sociedade teve a ideia condicionada de uma liberdade que não existe. Quem não quer montar seu negócio próprio sem burocracias ou o governo te enchendo o saco? Queremos tratamentos descentes, coisas de qualidade – como, no meu caso, cadeiras de rodas mais baratas – sem a exploração de preços por causa de impostos, por exemplo.

No mais, o anarquismo em sua essência (em todas as suas vertentes), sempre tendem a serem armas ideológicas de resistência contra governos fracos e exploradores querem sempre o poder e o dinheiro acima do interesse de todos. São psicopatas políticos que acham que o mundo é deles. Mas, deixamos uma pergunta bastante sincera: qual governo ou político fez alguma coisa por nós em toda a história da redemocratização? Precisamos romper a dependência de ídolos (figuras heroicas), para se autogovernar e entender que o importante é a liberdade.  

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