"Minha consciência me pertence, minha justiça me pertence e minha liberdade é soberana",
Pierre-Joseph Proudhon
Mesmo eu ter escrito um manifesto em defesa a Lei Brasileira
de Inclusão (link AQUI) gostaria de escrever outro texto sobre a resistência PCD
que deve ocorrer.
Tudo movimento das pessoas com deficiência – que não tem
nenhuma representação política no Brasil – deveria esquecer as diferenças ideológicas
e nos unir em uma causa. Quem pergunta em páginas de lojas de cadeiras de rodas
“qual o valor?” como se quisesse comprar ou teria condições, é um mentiroso e
deveria sentir vergonha disso. Muitos deficientes deveriam olhar dentro de si e
se perguntar: onde estar meus direitos? Onde esta o meu estudo? Onde está meu
trabalho? Mesmo com uma Lei que garanta tudo isso e querem reduzir por causa de
reacionários que acham que antigamente era melhor, com inflações inúmeras, com pessoas
com deficiência em entidades nos usando para ganhar dinheiro e nós sendo
cobaias.
Os deficientes brasileiros sempre foram a escoria social, ora
porque o brasileiro nunca gostou de planejamento ou organização (demora muito,
dizem muitos), ora porque é muito mais fácil nos trancar dentro de casa do que
acessibilizar. Fora que o brasileiro médio não entendeu, se temos prioridade na
fila é por causa da agilidade e se temos vagas em estacionamentos, é por causa da
agilidade e as pessoas possam parar o carro sem esperar a saída e a entrada de
cadeirantes, por exemplo. Não é privilégio. As empresas brasileiras nunca
quiseram empregar as pessoas com deficiência – nem empresas da mídia – porque sempre
tiveram uma visão estética muito antiga. As empresas mais atualizadas – fora – já
pensam a mão de obra está além do nosso corpo. Não empregam naquilo que somos
formados.
“Nada sobre nós sem nós” deveria ser a frase central dessa luta,
onde mães não conseguem escolas para crianças deficientes ou autistas,
deficientes não recebem BPC (Benefício de Prestação Continuada), entre outras
coisas, que o deficiente não pode fazer porque não é um pais acessível. Um cachorro
tem mais direito de entrar em um shopping, do que um deficiente cadeirante que
é atropelado pela multidão enlouquecida. Cadê nosso direito humano da vida? Vamos
achar que essas pessoas nos dite como devemos viver, sair ou aproveitar a vida?
A deficiência em si nunca deve ser vista como um empecilho da vida, um
empecilho para luta politica dentro das classes dos excluídos. Mesmo que, em
muitos aspectos, movimentos sociais são ressentidos e não querem direitos
adquiridos ou não, querem vingança e criar morais que retrocedam aqueles que
conseguiram. Não. Devemos olhar para aqueles como um exemplo, não de superar
nada – pois, não temos obrigação de mostrar nada para a sociedade – mas como
aquele que pode nos mostrar o caminho.
Essa união tem importância agora.
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