sábado, 3 de maio de 2025

RESISTENCIA PCD (LUTA CONTRA A REDUÇÃO DA LBI)

 

 




"Minha consciência me pertence, minha justiça me pertence e minha liberdade é soberana",

 Pierre-Joseph Proudhon

 

 

Mesmo eu ter escrito um manifesto em defesa a Lei Brasileira de Inclusão (link AQUI) gostaria de escrever outro texto sobre a resistência PCD que deve ocorrer.

 

Tudo movimento das pessoas com deficiência – que não tem nenhuma representação política no Brasil – deveria esquecer as diferenças ideológicas e nos unir em uma causa. Quem pergunta em páginas de lojas de cadeiras de rodas “qual o valor?” como se quisesse comprar ou teria condições, é um mentiroso e deveria sentir vergonha disso. Muitos deficientes deveriam olhar dentro de si e se perguntar: onde estar meus direitos? Onde esta o meu estudo? Onde está meu trabalho? Mesmo com uma Lei que garanta tudo isso e querem reduzir por causa de reacionários que acham que antigamente era melhor, com inflações inúmeras, com pessoas com deficiência em entidades nos usando para ganhar dinheiro e nós sendo cobaias.

Os deficientes brasileiros sempre foram a escoria social, ora porque o brasileiro nunca gostou de planejamento ou organização (demora muito, dizem muitos), ora porque é muito mais fácil nos trancar dentro de casa do que acessibilizar. Fora que o brasileiro médio não entendeu, se temos prioridade na fila é por causa da agilidade e se temos vagas em estacionamentos, é por causa da agilidade e as pessoas possam parar o carro sem esperar a saída e a entrada de cadeirantes, por exemplo. Não é privilégio. As empresas brasileiras nunca quiseram empregar as pessoas com deficiência – nem empresas da mídia – porque sempre tiveram uma visão estética muito antiga. As empresas mais atualizadas – fora – já pensam a mão de obra está além do nosso corpo. Não empregam naquilo que somos formados.

“Nada sobre nós sem nós” deveria ser a frase central dessa luta, onde mães não conseguem escolas para crianças deficientes ou autistas, deficientes não recebem BPC (Benefício de Prestação Continuada), entre outras coisas, que o deficiente não pode fazer porque não é um pais acessível. Um cachorro tem mais direito de entrar em um shopping, do que um deficiente cadeirante que é atropelado pela multidão enlouquecida. Cadê nosso direito humano da vida? Vamos achar que essas pessoas nos dite como devemos viver, sair ou aproveitar a vida? A deficiência em si nunca deve ser vista como um empecilho da vida, um empecilho para luta politica dentro das classes dos excluídos. Mesmo que, em muitos aspectos, movimentos sociais são ressentidos e não querem direitos adquiridos ou não, querem vingança e criar morais que retrocedam aqueles que conseguiram. Não. Devemos olhar para aqueles como um exemplo, não de superar nada – pois, não temos obrigação de mostrar nada para a sociedade – mas como aquele que pode nos mostrar o caminho.

Essa união tem importância agora.

Nenhum comentário:

Postar um comentário