quinta-feira, 15 de julho de 2021

A ditadura de Cuba

 


Amauri Nolasco Sanches Júnior

Devemos, sempre, apoiar a liberdade. Só que acontece, que liberdade existe um problema, porque a liberdade é um conceito que tem a ver com vontades, com escolhas, com aquilo que as pessoas desejam ou não, dentro dos valores e dentro daquilo que conduz ao objeto desejado. A questão é: será mesmo que somos libertos ou não? Será que nossos desejos são espontâneos ou são induzidos?  Porque a esquerda socialista – os marxistas, num modo geral – sempre colocaram, seguindo o pensamento de Marx, que há um fetichismo dentro daquilo que se consome e que faz você comprar acima do valor real, ou seja, quando aquilo virar moda, aquilo tende a banalizar e não ter mais significado. Mas, tem um problema, mesmo com esse suposto fetichismo, há uma vontade e existem pessoas que não se rendem a moda, e consomem aquilo que, realmente, gosta.

O gostar é muito daquilo que você é e não, necessariamente, tem a ver em ser induzido. Há indução? Claro que há, como há indução em tudo que você não gosta, como o capitalismo, como a religião etc. a meu ver, toda a realidade te induz a ser aquilo e a gostar das coisas que você gosta e não é tudo que você escolhe. O próprio Sartre – filosofo francês do século vinte – disse que toda escolha tem sua consequência e por isso mesmo, somos condenados a sermos livres. Mesmo o porquê, mesmo que o capitalismo não seja um paraíso – e não quer ser – o socialismo que induzir o ser humano a ser pobre em nome de uma igualdade que na realidade, não existe. Como demonstrei, o gosto é uma propriedade daquilo que se formou enquanto persona, não dá para você achar que as pessoas vão comer aquilo e não querer outra coisa ou mais comida. Não há fetichização nenhuma, há uma vontade de comer aquilo.

ÀS vezes, queremos comer no “mequê”, outras vezes queremos comer um pastel com caldo de cana numa esquina qualquer, e todo mundo tem o direito de querer isso. A questão é o direito de ser o que somos e não o que temos que ser. O que somos? Por que fazemos aquilo? Ai que a questão fica mais interessante, porque se você não sabe quem é e nem a realidade no qual você vive, a melhora nunca vai vir. A questão nunca foi o capitalismo ou ideologias, foi as escolhas e sobre a liberdade. Isso não é uma filosofia burguesa, mesmo o porquê, a burguesia de hoje é tão ou mais alienada, do que a massa. Não sabem a realidade porque se transformam, no pesar do tempo, em rales que podem eleger pessoas tirânicas, sejam de direita, ou sejam de esquerda. Que, aliás, atentam contra a liberdade delas mesmas.

O capitalismo esta certo em tudo? Não. Há várias desigualdades de oportunidades e preconceitos que são alimentados pelo capitalismo e pelo mercado da “perfeição”. Então, devemos defender o que, afinal? A liberdade de fazer e sermos o que queremos ser, se isso é errado, qual o critério de nos fazer acreditar que isso é errado? Porque, como demonstrei ao longo do texto, muitas vezes, nossos gostos são reflexo do que somos.

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