sexta-feira, 21 de setembro de 2018

A Anitta tem liberdade, mas, deve ter responsabilidade naquilo que assumiu




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Amauri Nolasco Sanches Junior

Sou uma pessoa com deficiência, mas, não tenho compromisso restrito com o segmento de PCDs, porque eu não vou em todos os eventos do segmento. A Anitta vai na Parada Gay que o segmento de LGBT (que simpatizo também, por entender que o amor é livre), que foi considerada como “rainha” do segmento gay. A diferença de mim e da Anitta, é que eu prezo a minha liberdade de escrever como e o que eu quiser dentro do meu blog (por eles ser, logicamente, anarquista), e a Anitta escolheu uma pauta, escolheu uma luta que é alimentada a cada show e a cada Parada Gay que ela participa. Ela fez uma escolha e como disse Sartre, somos condenados pela nossa liberdade.

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Hoje a liberdade virou um paradoxo por não entendemos a democracia. Ora, a democracia não trata de uma liberdade sem ordem (alguns segmentos anarquistas dizem ser uma ditadura da maioria), e sim, um individualismo que deve seguir uma certa ordem em leis e morais sociais. No caso da Anitta e o segmento LGBT+, há uma liberdade da cantora de não assumir sua posição política, mas também, o segmento em a liberdade de cobrar uma posição. Então, começa a confusão, porque começa em síntese, uma briga de achar que a cantora de obrigação de declarar seu voto e a cantora não quer declarar por causa do seu trabalho. A liberdade tem que ter uma autoconsciência para acontecer uma tomada de consciência que não há governo nenhum que pode nos ajudar, porque nós temos que agir para nos ajudar. Ser e não ser depende de ser verdadeiro sem agradar ninguém e nada, como faço nesse blog, porque é importante para a liberdade. E assim, voltando em Sartre, temos que assumir a nossa escolha que fazemos graças a nossa liberdade. Por isso mesmo, somos condenados a sermos livres. Essa condenação, são as escolhas que fazemos e a responsabilidade delas.


Minha visão é utópica? Talvez. Mas se você não faz um autoexame de tudo que você é, você não pode dizer o quanto você é liberto do sistema e liberto do seu individualismo. O problema é: o ego e a ganancia. O ego que digo é o falso ego daquilo que você não é (que é a matriz do budismo), porque você pode construir uma imagem daquilo que você não é de verdade, para agradar as pessoas. Na música da Pitty “Mascara”, ela diz, que deveríamos tirar as máscaras e deixar as pessoas julgarem se gostam ou não de você. Exato. Suas escolhas definem o que você é e o que você tem que defender. O conhecer a você mesmo está na filosofia a mais de dois mil anos, como um autoexame aquilo que você é, que busca a verdade para exatamente, não ser escravo de meios de alienação do discurso do Estado e suas instituições. Platão coloca isso com maestria no Teorema da Caverna, e assim, mostra como somos presos dês da infância de ideologias e sistemas morais que só fazem é dominar nossas ideias. Sombras. Essas mesmas sombras (que Buda Sakiamuni vai dizer que é a realidade), molda o nosso ego e o que o sistema quer que sejamos dentro da sociedade. E a ganancia de querer sempre ter e não valoriza o ser como parte da verdadeira simetria do ser – enquanto a verdade que se mostra para nós – que é a existência e a essência do ser humano.  Jesus mesmo disse que largo era o caminho da perdição e o caminho verdadeiro, era o caminho estreito, porque todo mundo não gosta de seguir o seu ser. muitas vezes, a verdade é chata para as pessoas. Muitas vezes, não damos nossas opiniões porque não queremos contrariar as outras pessoas. Mas, deixamos as pessoas nos moldarem e elas mandarem onde e como devemos agir.


Definir uma posição também é um meio de bancar uma escolha, porque somos seres sociais e racionais. Então, a liberdade do silencio é a liberdade de não assumir aquilo que você é. O que você é? O que você acredita? O que você faz? O que você gosta? Sem medo.

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