Amauri Nolasco Sanches Junior
Sou uma pessoa com deficiência, mas, não tenho compromisso
restrito com o segmento de PCDs, porque eu não vou em todos os eventos do
segmento. A Anitta vai na Parada Gay que o segmento de LGBT (que simpatizo
também, por entender que o amor é livre), que foi considerada como “rainha” do
segmento gay. A diferença de mim e da Anitta, é que eu prezo a minha liberdade
de escrever como e o que eu quiser dentro do meu blog (por eles ser,
logicamente, anarquista), e a Anitta escolheu uma pauta, escolheu uma luta que
é alimentada a cada show e a cada Parada Gay que ela participa. Ela fez uma
escolha e como disse Sartre, somos condenados pela nossa liberdade.
Leiam também >>> Chomsky visita Lula na cadeia
Hoje a liberdade virou um paradoxo por não entendemos a
democracia. Ora, a democracia não trata de uma liberdade sem ordem (alguns
segmentos anarquistas dizem ser uma ditadura da maioria), e sim, um
individualismo que deve seguir uma certa ordem em leis e morais sociais. No caso
da Anitta e o segmento LGBT+, há uma liberdade da cantora de não assumir sua posição
política, mas também, o segmento em a liberdade de cobrar uma posição. Então, começa
a confusão, porque começa em síntese, uma briga de achar que a cantora de obrigação
de declarar seu voto e a cantora não quer declarar por causa do seu trabalho. A
liberdade tem que ter uma autoconsciência para acontecer uma tomada de consciência
que não há governo nenhum que pode nos ajudar, porque nós temos que agir para
nos ajudar. Ser e não ser depende de ser verdadeiro sem agradar ninguém e nada,
como faço nesse blog, porque é importante para a liberdade. E assim, voltando
em Sartre, temos que assumir a nossa escolha que fazemos graças a nossa
liberdade. Por isso mesmo, somos condenados a sermos livres. Essa condenação, são
as escolhas que fazemos e a responsabilidade delas.
Leiam também >>> Haddad libertará Lula? Descubra!
Minha visão é utópica? Talvez. Mas se você não faz um autoexame
de tudo que você é, você não pode dizer o quanto você é liberto do sistema e
liberto do seu individualismo. O problema é: o ego e a ganancia. O ego que digo
é o falso ego daquilo que você não é (que é a matriz do budismo), porque você pode
construir uma imagem daquilo que você não é de verdade, para agradar as
pessoas. Na música da Pitty “Mascara”, ela diz, que deveríamos tirar as máscaras
e deixar as pessoas julgarem se gostam ou não de você. Exato. Suas escolhas
definem o que você é e o que você tem que defender. O conhecer a você mesmo
está na filosofia a mais de dois mil anos, como um autoexame aquilo que você é,
que busca a verdade para exatamente, não ser escravo de meios de alienação do
discurso do Estado e suas instituições. Platão coloca isso com maestria no
Teorema da Caverna, e assim, mostra como somos presos dês da infância de
ideologias e sistemas morais que só fazem é dominar nossas ideias. Sombras. Essas
mesmas sombras (que Buda Sakiamuni vai dizer que é a realidade), molda o nosso
ego e o que o sistema quer que sejamos dentro da sociedade. E a ganancia de
querer sempre ter e não valoriza o ser como parte da verdadeira simetria do ser
– enquanto a verdade que se mostra para nós – que é a existência e a essência do
ser humano. Jesus mesmo disse que largo
era o caminho da perdição e o caminho verdadeiro, era o caminho estreito,
porque todo mundo não gosta de seguir o seu ser. muitas vezes, a verdade é
chata para as pessoas. Muitas vezes, não damos nossas opiniões porque não queremos
contrariar as outras pessoas. Mas, deixamos as pessoas nos moldarem e elas
mandarem onde e como devemos agir.
Definir uma posição também é um meio de bancar uma escolha,
porque somos seres sociais e racionais. Então, a liberdade do silencio é a
liberdade de não assumir aquilo que você é. O que você é? O que você acredita? O
que você faz? O que você gosta? Sem medo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário