Amauri Nolasco Sanches
Junior
Eu estou abrindo um parêntese – vou continuar a série “Autoconsciência e anarquia”, mas, eu tenho que dar minha opinião – sobre essa chuva ridícula de
hashtag sobre quem apoia ou não apoia, o candidato do PSL, Bolsonaro. Acho que
é uma briga de turma de colegial. Porque não poderíamos tratar discussões políticas
como se fossem discussões de futebol, mesmo o porquê, a política tem a ver com nossa
economia e toda a nossa vida. Sabemos – porque ninguém é idiota – que o PT
(Partido dos Trabalhadores) fez sim atos de corrupção que foram provados e são
investigados pela polícia federal (que faz um ótimo trabalho). Por outro lado,
quem quer a verdadeira mudança, não deveria votar no Bolsonaro, porque o
Bolsonaro está ligado na política velha. Não tem argumento nenhum e não tem
programa nenhum. Mesmo o porquê, você não governa na “canetada”. Você governa
dentro das instituições dentro do governo, judiciário e o executivo.
Eu achei bastante interessante a análise do jornalista da
Jovem Pan, Augusto Nunes, disse que as pessoas não estão lendo, porque as
pessoas não abrem os artigos. Isso é verdade. As pessoas ficam nas suas bolhas
ideológicas e não veem que existem coisas muito além, ampliar as opiniões para
ampliar o debate político dentro do escopo racional. Mas como fazer isso se
estamos num país que não tem escolaridade nenhuma, não há nada de leitura?
Então, temos que desconstruir crenças que aquele ou outro, são a solução. A
solução é cobrar aquilo que o candidato disse – estarão nas redes sociais
depois das eleições – dar a sua opinião com responsabilidade, com pesquisa e
com discurso lógico e que passe coerentemente, o que se quer passar. Com isso,
não acho que tomar uma posição é ficar guerreando com hashtag. Isso é coisa de
adolescente (não o uso que é importante na internet), porque parece que estamos
lhe dando com turminha de colegial.
A democracia moderna (não a grega na antiguidade), é uma
democracia que tem que ser assegurada o direito de escolha e direito de falar o
que queiram. Mas, numa democracia, se deve seguir algumas regras e algumas
responsabilidades. Porém, depois de anos sem nenhuma resolução e depois de
tantas coisas não licitas, o povo começa a se mobilizar para coisas mais
autoritárias. A questão não é que o Bolsonaro seria ou não fascista, a questão
que o Bolsonaro pegou um discurso de acabar com tudo isso, acabar com coisas de
décadas. O que se pode perguntar é: depois de tantos discursos que não foram
cumpridos com o mesmo teor, como o candidato poderia cumprir? Como um
presidente sem a maioria, pode fazer cumprir uma campanha? São questões que devem
ser analisadas sem paixões. As paixões levaram sempre o ser humano, a fazer
atrocidades, guerras desnecessárias (que morreram milhares de inocentes que
foram enganados por uma causa que não era sua), movimentos que não levaram
nenhum benefício a humanidade e só atrasou a sua evolução. Esse sentimento cômodo,
que como diria o filósofo prussiano Kant, de minoridade de sempre querer ter um
tutor (aquele que cuida), para resolver seus problemas. De querer que alguém
mostre um caminho.
O presidente não é líder, ele é o responsável pelo executivo
e não um capitão de um navio, a título de exemplo. Quem vai aprovar as mudanças
é o congresso e o senado, então, não vai adiantar eleger um presidente renovado
e o mesmo congresso. Portanto, teu voto a presidência é um voto pequeno na
democracia brasileira e ponto, o resto é papo furado e achar que uma merdinha
de hashtag é infantil e não vai levar a nada.
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