sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Debate infantiloide de hashtags - #Elenão #Elesim



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Amauri Nolasco Sanches Junior

Eu estou abrindo um parêntese – vou continuar a série “Autoconsciência e anarquia”, mas, eu tenho que dar minha opinião – sobre essa chuva ridícula de hashtag sobre quem apoia ou não apoia, o candidato do PSL, Bolsonaro. Acho que é uma briga de turma de colegial. Porque não poderíamos tratar discussões políticas como se fossem discussões de futebol, mesmo o porquê, a política tem a ver com nossa economia e toda a nossa vida. Sabemos – porque ninguém é idiota – que o PT (Partido dos Trabalhadores) fez sim atos de corrupção que foram provados e são investigados pela polícia federal (que faz um ótimo trabalho). Por outro lado, quem quer a verdadeira mudança, não deveria votar no Bolsonaro, porque o Bolsonaro está ligado na política velha. Não tem argumento nenhum e não tem programa nenhum. Mesmo o porquê, você não governa na “canetada”. Você governa dentro das instituições dentro do governo, judiciário e o executivo.

Eu achei bastante interessante a análise do jornalista da Jovem Pan, Augusto Nunes, disse que as pessoas não estão lendo, porque as pessoas não abrem os artigos. Isso é verdade. As pessoas ficam nas suas bolhas ideológicas e não veem que existem coisas muito além, ampliar as opiniões para ampliar o debate político dentro do escopo racional. Mas como fazer isso se estamos num país que não tem escolaridade nenhuma, não há nada de leitura? Então, temos que desconstruir crenças que aquele ou outro, são a solução. A solução é cobrar aquilo que o candidato disse – estarão nas redes sociais depois das eleições – dar a sua opinião com responsabilidade, com pesquisa e com discurso lógico e que passe coerentemente, o que se quer passar. Com isso, não acho que tomar uma posição é ficar guerreando com hashtag. Isso é coisa de adolescente (não o uso que é importante na internet), porque parece que estamos lhe dando com turminha de colegial.

A democracia moderna (não a grega na antiguidade), é uma democracia que tem que ser assegurada o direito de escolha e direito de falar o que queiram. Mas, numa democracia, se deve seguir algumas regras e algumas responsabilidades. Porém, depois de anos sem nenhuma resolução e depois de tantas coisas não licitas, o povo começa a se mobilizar para coisas mais autoritárias. A questão não é que o Bolsonaro seria ou não fascista, a questão que o Bolsonaro pegou um discurso de acabar com tudo isso, acabar com coisas de décadas. O que se pode perguntar é: depois de tantos discursos que não foram cumpridos com o mesmo teor, como o candidato poderia cumprir? Como um presidente sem a maioria, pode fazer cumprir uma campanha? São questões que devem ser analisadas sem paixões. As paixões levaram sempre o ser humano, a fazer atrocidades, guerras desnecessárias (que morreram milhares de inocentes que foram enganados por uma causa que não era sua), movimentos que não levaram nenhum benefício a humanidade e só atrasou a sua evolução. Esse sentimento cômodo, que como diria o filósofo prussiano Kant, de minoridade de sempre querer ter um tutor (aquele que cuida), para resolver seus problemas. De querer que alguém mostre um caminho.

O presidente não é líder, ele é o responsável pelo executivo e não um capitão de um navio, a título de exemplo. Quem vai aprovar as mudanças é o congresso e o senado, então, não vai adiantar eleger um presidente renovado e o mesmo congresso. Portanto, teu voto a presidência é um voto pequeno na democracia brasileira e ponto, o resto é papo furado e achar que uma merdinha de hashtag é infantil e não vai levar a nada.

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