domingo, 11 de abril de 2021

A pandemia e as pessoas com deficiência – o fascismo da Alesp







 Quem lê quadrinhos e quem vê os filmes sabem que o Coringa é um alter ego do Batman. Na verdade, o Coringa se alto alimenta no heroísmo do Batman e o quando ele dialoga com seu lado descontrolado, impune, seu lado quase primata de querer despedaçar o Coringa. Por outro lado, segundo uma versão, o Coringa é um engenheiro químico falido, não conseguiu salvar sua mulher e se envolveu numa trama mafiosa para roubar o banco e caiu num tanque de produtos químicos e se tornou maluco. Por isso gosto da versão do Esquadrão Suicida, embora, o ator que se matou, fez muito bem o personagem. Mas, deixando as fofocas hollywoodianas de lado, a questão de vilão e herói foi muito bem trabalhada para dialogar e mostrar o quanto fazemos escolhas pontuais dentro de qualquer coisa. Aliás, esse é o princípio do livre-arbítrio de Santo Agostinho. Ou seja, para Agostinho, Deus é todo bondade e só existe o mal porque o ser humano escolhe não viver eticamente, grosso modo. Bruce Wayne (Batman) se preparou quase a vida inteira para defender quem quer que seja, por causa que seus países morreram por causa de um criminoso. Ele, a princípio, visa a lei e as pessoas que trabalham. O Coringa não faz esse processo porque ele não era preparado, ficou louco e desvariado e ainda leva sua psiquiatra – que se apaixona por ele – a ir para o crime. Mas, quem tem razão nessa história?

Podemos dizer que a arte imita a vida, porque ninguém quer ser herói e nem o vilão. Herdamos isso dos gregos antigos que tinham dos heróis pontos éticos que mostravam o que é certo e o que é errado. Aqui no Brasil temos milhares de fórmulas mágicas para educar, temos que educar numa igreja, temos que educar na moral e nos bons costumes, etc, etc, etc… sempre terceirizando o modo de educar e o modo de ensinar ética. Primeiro, concordo com o historiador israelense Harari, o ser humano já tinha códigos morais muito antes dos dez mandamentos mosaicos ou da igreja cristã para acharem que são o “suma sumo” da ética e da moral. A ética e a moral, tem a ver com a educação individual de cada família, pois, o brasileiro não gosta de ser socialmente unidos. Uns idolatram um lado, e outros idolatram o outro. Mas, e as pessoas com deficiência? Como ficam as pessoas com deficiência nessa “putaria” politica?

Como um Predador, o governador do Estado de São Paulo, João Dória (PSDB) quer pegar o Allien que é o presidente Bolsonaro e ser o herói. Acontece, que no caso do Batman e o Coringa as coisas são muito bem demarcadas  como o Wayne um herói e o Coringa como vilão (embora sejam alter egos). O Predador não quer salvar a humanidade – que alias veio para a Terra, exatamente, para caçar os seres humanos – ele quer um troféu de ter caçado o Allien para sua coleção. Dória não quer salvar vidas por causa dos atos que ele está fazendo e a perseguição contra o governo federal, ele quer um troféu politico para concorrer, ou tentar, a cadeira da presidência em 2022. E nós, pessoas com deficiência, estamos no meio. Na verdade, historicamente, estamos sempre esquecidos nas questões importantes e somos os seres humanos “estranhos” dessa história toda. Podemos dizer que somos os X-Mans – pulando da DC para a Marvel-Disney – em que somos discriminados, somos excluídos e ainda sim, lutamos pelo direito de vacinação primeiro em nós (por causa da nossa vulnerabilidade) e depois em todos, porque parece que o Dória e o Bolsonaro ainda não se tocaram que há uma pandemia e o Brasil está muito pior. Estamos isolados do mundo. Daqui a pouco, vamos ter sanções por causa dessa loucura politica em que vivemos. 

Pessoas com alguma deficiência dentro da história, sempre foi morta ou abandonada. Na realidade, politicas inglesas permitem que mães abortem crianças com diagnósticos com síndrome de Down. Primeiro, eles sabem, porque presumo serem um povo estudado, que dentro da ciência existem a probabilidade de nascer ou não com Down. Depois, existem uma ligação muito forte entre essa determinação inglesa e uma determinação nazista. A solução final não é criar ou ampliar uma adaptação adequada para nós, mas sim, nos matar e criar uma sociedade perfeita e sem nenhum empecilho para o progresso. O Brasil já tem um histórico de matar pessoas com deficiência desde os indígenas, que achavam ser castigo dos deuses, não é diferente das religiões ocidentais ou orientais. Só que criamos meios mais humanistas, que em teoria é bonito. Na prática, temos resoluções como a inglesa que beira sim, ao regime nazista de criar sociedades perfeitas e sem nenhuma deficiência. Só que problemas genéticos se renovam, vírus e bactérias se modificam. A pretensão humana de achar a ciência – herança iluminista positivista – vai salvar o mundo do sofrimento e do caos, não é diferente das religiões que dominam o mundo. O Coronavírus esta ai para mostrar isso. Cepas vão se modificando, porque vírus se reproduzem e se criam por causa da nossa genética. 

Minha amiga Cláudia Borges mostrou, deputadas em vez de estarem preocupados em apresentar projetos para nos priorizar ou soluções para a pandemia, estão preocupadas em racismo no BBB21. O reality show vai modificar a vida de alguém ou vai trazer algum beneficio para o Brasil? Claro que não. Politicas de pão e circo são conhecidas desde Roma. Anestesiar a grande população com uma cultura vagabunda que só aliena, só faz o ser humano achar que o mundo é só dividido entre esquerda e direita. 



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