terça-feira, 27 de abril de 2021

Além de não poder ser vacinado, agora o PCD não pode trabalhar #PCDVacinaJá

 



Não está fácil viver no Brasil onde não temos educação de verdade e algum bom senso. Primeiro, na questão da deficiência há uma coisa bastante complexa que não é algo simples que se resolvem com Pls (Projeto de Lei), existem uma gama de coisas que vem acompanhado junto. Há circulando uma dessas Pls, do Senador Vanderlam Cardoso (PSD-GO), n° 1052 que muda a lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, ou seja, a tão conhecida Lei de Cotas, que permite que contratem os pais de pessoas com deficiência, assim como seus responsáveis legais (quando esses não tem consciência de si), em município da prestação de serviços, quando não houver pessoas com deficiência com habilitação (mudaram o nome, pois dizia qualificação) para serem admitidos nos moldes daquele emprego. Ou seja, se não tiver pessoas com deficiência naquela função, o órgão municipal pode optar em contratar pais de pessoas com deficiência com tais qualificações.

Já foi mostrada em exaustão, que as pessoas com deficiência com curso universitário aumentaram bastante e isso é uma pesquisa, não é de “orelhada”. Qualquer procurada no Google vai mostrar que, pessoas com deficiência que tem curso universitário ou algum curso técnico, somam 54% num país que não temos uma educação básica e não podemos ir na escola porque elas não são acessíveis (fora pais que acham que seus filhos não podem conviver com adversidades como aconteceu quando eu e minha ex-noiva fizemos ETEC). Por outro lado, conhecendo o Brasil como conhecemos, ora vão colocar como uma lei geral (porque as empresas vão preferir contratar pais do que pessoas com deficiência) ora vão aparecer laudos falsos que vão ser mais fáceis, virarem cabide de emprego. Ou seja, um jeitinho brasileiro para burlar mais uma lei que não é comprida a rigor. E no mais, estamos vivendo um clima politico revanchista que não querem mudar o Brasil para melhor, eles querem fazer pirraça para a esquerda e a esquerda começa a ficar chorando. Estamos, na verdade, numa grande 5º série B, onde uma parte da turminha é de um espectro politico e outra parte da turminha é de outro, mas no final das contas, são todos uma turminha só.

Claro, vendo a biografia do senador de Goiás, ele como empresário, tem que defender o lado de quem elegeu ele (a nossa elite rastaquera que o Ministério da Economia disse que lê). Mas e a senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP), será que ela não fez nada para questionar esse tipo de projeto de lei? Será que blogs especializados têm formado uma visão crítica com esse tipo de lei? Mesmo o porquê, não é a primeira vez que tentam segregar as pessoas com deficiência – que dentro da nossa cultura acham que somos incapazes – e que nenhuma mídia especializada não fala nada. Também sabemos, que tudo depende do patrocínio de empresas de cadeira de rodas e de carros adaptados que as próprias fábricas adaptam. Que não acho errado, precisa ter esse patrocínio. Só que ser refém do patrocínio, vão sempre perdendo esse tipo de publico e não vão mais consumir a tal mídia. Ou gostamos de gente que não defende a pauta do segmento só por causa de empresas que na maioria das vezes, ninguém que ler esse tipo de blog vai poder comprar? Estamos num país desigual que a maioria dos PCDs nem tem dinheiro para comer, para comprar uma cadeira de rodas vagabunda. Ainda querem nos trancar em instituições, querem tirar escolas, querem nos tirar o emprego.

Dai fica uma questão: o senador, ao em vez de fazer esse projeto, não faz um outro que prioriza a vacinação das pessoas com deficiência? Porque não dará voto. Não dará beneficio politico. Desde quando me conheço como gente – lá vai 45 anos de vida – nunca pensaram nas pessoas com deficiência além da imagem de incapazes e que não podem fazer nada. Muitas notícias dizem o contrário, dizem que somos mestrados, somos técnicos e estamos estudando muito mais, do que uma elite ignorante religiosa hipócrita que além de tudo, trouxe o Coronavírus para cá. Ao em vez de ajudar, acaba só atrapalhando.


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