sábado, 30 de março de 2019

Uma reflexão sobre Bolsonaro e a imprensa




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Amauri Nolasco Sanches Junior



Eu estava lendo um texto (aqui) – ou melhor, um comentário – do jornalista e comentarista politico, Carlos Andreazza, e fiquei refletindo (eu reflito até nas minhas sessões de fisioterapia). 

Todo mundo sabe todo “furo” de noticia da jornalista da GloboNews, Eliane Catanhêde, que o ministro da educação, Ricardo Vélez, teria sido exonerado. Horas depois o governo – leia-se Bolsonaro – disse que estava sendo alvo de Fake News (noticia falsa). O que podemos concluir disso? Podemos concluir que o governo ou iria mesmo exonerar o ministro da educação – depois daquele “papelão” que tomou um “pito” da deputada Tabata Amaral (PDT-SP) – ou, alguém fez todo uma informação para desviar o foco e jogar todo mundo contra a imprensa. Porém, dentro de uma análise bem profunda, acho que é um caso de contra informação. É facil explicar e tem a ver com o norte-americanos. 

O que fez os aliados ganharem a Segunda Grande Guerra? A contra informação. Não tinha como o Eixo saber com precisão – claro que eles achavam que sabiam – quando os aliados iriam atacar e muitos ataques eram uma supresa. Claro, que nem a Itália e nem o Japão, seguiam o plano original da Alemanha. Porque, enquanto tinha um canal aberto para os nazistas pensarem estarem espionando – estamos falando um canal, se não me engano, entre Estamos Unidos e Grã-Bretanha – existia um outro canal que não estava e nem podia ser escutado. Até mesmo, Alan Turing – que depois se matou por ser homossexual, pois, nessa época o homossexualismo era proibido na Inglaterra – decifrou os códigos que os nazistas mandavam. Graças a ele, nós podemos acessar a internet e ter nosso computador. Mas, na verdade, há uma briga entre o governo e a imprensa, mas, há a importância de exisitir a imprensa. Ora, nossa cultura – estou falando da ocidental – foi construída dentro da dialética que busca o conhecimento graças ao diálogo.

Esse termo dialética vem do grego “dialetiké” e é um método de discussão de ideias opostas com o objetivo de encontrar a verdade. Seria uma forma de argumentação lógica, exigindo um debate para uma avaliação sistemática das relações entre os conceitos específicos gerais. Assim como toda a filosofia – leia-se, philosophia – começou com a morte de Sócrates e tudo que ele representa para o pensamento grego, e com a filosofia, começa também a dialética. Sócrates dialogava na Àgora – eram praças que os cidadaos livres dialogavam sobre a cidade – com irônia que chamou de maiêutica (dar a luz), porque sua máe era parteira e ele dava a luz as ideias. Depos de dois mil anos, mais ou menos, a dialética foi muito discutida, mas, o modelo é sempre – de um modo bastante lógico – de tese, antitese e sintese. A titulo de exemplo, para entender, que o governo é a tese, a imprensa é a antitese e a sintese é toda a politica. Afinal, Aristóteles disse que por sermos animais sociais (cidadãos) somos animais politicos. 

Ou seja, sem a imprensa não há uma crítica, porque raramente, salvo raras excessões, não adimitimos nossos próprios erros. A crítica dentro da filosofia, não é só julgar de forma do senso comum, mas, uma análise mais profunda e apontar aquilo que não está bem claro. Ou, apontar um problema. Como a crítica, problema dentro da filosofia é algo que tem muitas soluções. Ou seja, o apontamento de um problema (soluções) é uma crítica (análise) para um outro caminho (método) e acertar. Mas, qual é o problema? O problema que não há nenhuma clareza dentro do Ministério da Educação e Cultura (MEC), se o ministro vai gerir ou não, a pasta que foi colocado. Mesmo o porquê, a educação é muito importante para uma sociedade é importante para perpetuar a cultura e os valores que todos concordam que são importantes. Mas, tem várias questões que se deve pensar: como esses valores devem ser universais, valores que são respeitaveis (não matar, por exemplo, é um valor univel e respeitável). Porém, há coisas na escola e coisas que há na família, valores são da família e matérias são de escolas. Temos que separar escolaridade (matérias para a vida profissional) e a ética e moral, é uma construção familiar. 

Educação, aliás, vem do latim “educare” que os romanos diziam que era mostrar a verdade para as crianças para torna-las cidadãos romanos. Assim como, os gregos faziam com as suas crianças quando educavam elas – os espartanos eram mais duros por causa da sua cultura militar – para serem cidadãos de polis (politikon). Aristóteles disse (zoo politikon) porque ele queria explicar a sociabilidade humana na construção cultural, que é ser racional. Somos animais que raciocinamos. Se somos animais racionais sempre vamos construir valores importantes para uma sociedade, sempre vamos ir conforme entendemos como importante. E um país democrático, temos que respeitar os valores que a maioria não concorda, mas, temos que ter essa “antitese”, vamos dizer, para não cairmos no totalitarismo de ideias. Ora, o modo ideológiico importa só quando esse valores familiares enfraquecem e você não tem um campo sólido dentro de uma educação familiar. A intelectualidade e o pensamento – talvez, até mesmo a filosofia – não seja uma inimiga, porém, deve ser tratada como uma aliada. Países que deram certo são países que leram bastante, estudaram bastante, que investem grandes quantias em educação de qualidade e conscientização de todos seus cidadãos. Um povo que até mesmo são letrados – vi muita matéria jornalistica com graves erros de português – não sabem nem escrever, é uma coisa preocupante. Esses países, nem discutem mais essa balela de esquerda e direita e nem estão preocupados com o comunismo. Há sim, uma alternância saudável dentro de qualquer regime democrático.




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