MMS |
Amauri Nolasco Sanches Junior
quando fazia o supletivo do ensino
médio, meu professor de química (cuja o nome não me lembro) contou
uma história sobre o cloro bem pesada. Há aqui na zona leste de São
Paulo , um bairro chamado Moóca – fundado por imigrantes italianos – que tem
várias fábricas e outras que fecharam. Deixaram um tonel de porto –
aqueles bem grandes – bem na frente de uma dessas fabricas fechadas
e nunca vieram recolher ou estava lá a espera, não me lembro bem.
Um morador de rua (leia-se, mendigo), teve a merda de ter curiosidade
o que tinha ali, pois, a anos aquilo tava lá e ninguém vinha
buscar. Resultado: o mendigo furou ou abriu e o gás saiu e era
cloro, os bombeiros foram chamados e tiveram que interditar um
quarteirão inteiro. Cloro mata em 5 minutos de exposição. O gás
amarelo, usado na primeira guerra mundial é feito de cloro e deixou
vários mortos.
O cloro – segundo o Wikipédia –
vem do grego “khlorós” e quer dizer esverdeado e é um elemento
químico com o simbolo Cl, número atômico 17 na tabela Periódica
(aliás, exatamente o meu professor estava explicando a tabela). Está
contido num grupo dos halogênios e é o segundo mais leve, logo
depois do flúor. Em conduções normais é um gás de coloração
amarelo esverdeado, onde são formadas as moléculas diatômicas. Tem
uma maior afinidade eletrônica (elétrons), e a quarta maior
eletronegatividade de todos os elementos reativos. E por está única
razão, o cloro é um forte agente oxidante. Porém, ele dentro da
natureza, é raro em nosso planeta e, geralmente, são resultados de
processos de oxidação direta ou indireta pelo oxigênio.
O composto abundante do cloro é o
cloreto de sódio que conhecemos como o sal comum, e é conhecido
desde o mundo antigo. Porém, foi por volta de 1630 que o gás de
cloro foi primeiramente sintetizado (feito por laboratório), graças
a uma reação química. Mas, naquele momento, foi descartado como um
elemento fundamental de alguma importância. Sua caracterização só
veio a acontecer em 1774 por Carl Wilhelm Scheele, que supos como
sendo um oxido de um novo elemento. Em 1809, alguns químicos sugeriram que o gás seria um elemento puro, a confirmação disso veio
em 1810 por Sir Humphry Davy, que o nomeia em grego “khlôros”.
O cloro pode provocar irritação no
sistema respiratório, especialmente, quando é exposto perto de
crianças, pois, elas são muito mais vulneráveis. No estado gasoso
pode irritar as mucosas e no estado líquido pode queimar a pele.
Pode ser detectado no ar pelo seu cheiro a partir de 3.5 ppm, sendo
mortal a partir de 1.000 ppm. Como eu já tinha dito, o cloro foi
usado como uma arma química a partir da Primeira Guerra Mundial. Uma
exposição mais aguda e altas concentrações de cloro (porém não
mortíferas) pode provocar edema pulmonar, ou líquidos nos pulmões.
Uma exposição mais cronica abaixo do nível letal debilita os
pulmões aumentando a susceptibilidade a outras doenças no pulmão.
Em muitos países é limitado a exposição no trabalho em 0.5 ppm
(média de 6 horas diárias, 40 horas semanais).
O MMS (sigla em inglês para Solução
Mineral Milagrosa), é dióxido de cloro e é um composto químico
com a formula CIO2. Ou seja, é um gás verde-amarelado cristalizado
com cristais laranjas a –59º C. Como um dos vários óxidos de
cloro, é um potente e usual agente oxidante usado em tratamento de
água e de alvejantes. A gerente de fiscalização da Anvisa (Agência
Nacional de Vigilância Sanitária) Renata Fonseca, alerta que não
há nenhum registro de consumo humano e o produto está registrado
como produto de limpeza.
Pois é, mães desesperadas estão
sendo o alvo de pessoas que vendem o MMS como remédio de cura do
autismo. A coisa é tão descarada, que o mesmo produto está sendo
usado por alguns que seguem essas igrejas neopentecostais, estão
tomando o tal produto. Isso porque, existe um pastor americano que
desde 2015 vem incentivando o uso desse produto para curar câncer,
HIV e etc. Mas, como disse lá em cima, o MMS tem base de cloro e o
cloro é altamente, tóxico. Assim, muitas pessoas ficam iludidas com
coisas que não vão trazer cura, ainda mais, substâncias altamente,
tóxicas e nocivas para a saúde de quem usa.
Se os adultos quiserem se matar,
tudo bem, o problema é as pessoas derem para crianças que não
podem se defender. Não tem nem consciência daquilo que estão
fazendo com elas. Mas, o que fazer? Não serem bobos o bastante para
acreditar em coisas só porque o outro disse, o outro indicou ou o
outro segue. Eu tenho um senso crítico porque leio, pesquiso e não
acredito em qualquer coisa ou em qualquer politico. Não tenho nenhum
ídolo.
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