quarta-feira, 29 de maio de 2019

Facebook e a dominação do algoritmo




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O algoritmo sabe de mim mais do que eu sei de mim mesmo”
(LuizFelipe Pondé)



Amauri Nolasco Sanches Junior

A tese do filósofo Pondé é bem interessante e tem a ver com o Facebook. Tem uma frase famosa do Dr House – quem nunca assistiu a série? — que ele diz que todo mundo mente e não é mentira (sem trocadilho), pois, as pessoas costumam mentir para os outros e alimentar a imagem que construíram de si mesmas. Se, para elas a mentira se sustenta, para o algoritmo não. Se você diz para sua namorada, por exemplo, que gosta de um filme romântico, o algoritmo do Netflix desmente você e diz que você gosta de filme de terror. Se na antiguidade havia o Oraculo de Delfos para jogar na cara, que a maioria dos homens eram burros e o único inteligente, era Sócrates, hoje temos o Google para provar que você não é o que você é. No Facebook você pode mentir e dizer que namora todos ou todas, mas, no Google se você digitar genericamente (que você acha), não vai encontrar nada.
Algoritmos são linhas lógicas dentro de qualquer realidade – virtual ou não – que existem sequências dinâmicas de ações para uma finalidade. Como cozinhar, como fazer um trabalho ou até mesmo, escrever esse texto. Na programação, um algoritmo são sequências logicas para uma finalidade dentro da funcionalidade do programa ou do site, que no caso do Facebook, a linguagem é PHP. O que faz a leitura é o computador, a grosso modo, dentro dessa sequência e as análises do Facebook são automáticas. Como o Google também é, o YouTube e todas as redes sociais são. Cada uma delas dentro da sua sequência de programação tem hashtags embutidos para trazer o que você gosta. Se você só posta coisas religiosas, só vai ver coisas religiosas, se você postar só coisas sobre a esquerda ou a direita, só vai ver coisas da direita ou esquerda. Isso se chama bolha ideológica que as redes sociais inventaram. Eu não caiu nessa, mesmo o porquê, sou formado em tecnico de informática. Se o Facebook me mostra muitas coisas do tipo, eu mudo de foco.
A um tempo atrás eu vi um video do canal Nerdiologia muito interessante sobre o filme Matrix (quem não assistiu?). O Atila – que é biólogo – disse que o filme dá aquela viajada, porque o corpo humano não seria uma bateria ideal. Isso o porque, o corpo humano gasta mais energia do que acumula essa energia. Mas – diz ele era a ideia inicial dos diretores e foi mudada pela Warner Bros para dar bilheteria – dentro de uma maior lógica seria a Matrix usar o cérebro humano para configurar uma realidade. Seria uma espécie de rede superneural, para iludir o ser humano a uma realidade e viver (as máquinas), dentro do sistema cerebral. Isso porque, o nosso cérebro tem seu próprio software e a Matrix, pegaria e rodaria com o software do cérebro humano, assim, fazendo o ser humano prisioneiro e dominado pelas máquinas. Até mesmo, seria algo mais aproximado do teorema platônico da caverna, onde seres humanos eram aprisionador e só viam a realidade das sombras.
Eu contei isso para dar um exemplo bem especificado sobre as redes sociais. Na verdade, na minha opinião, as redes de internet estavam começando e claro, se o filme mostrasse uma inteligencia artificial dominando o mundo pela mente, todos ficariam com medo da internet. A questão é que as redes sociais levam a massa onde a massa mais tem como conceito dominador, ou para direita, ou para a esquerda e é muito pior, impõem certos conceitos politicamente corretos. Se você chamar um amigo de “viado” dentro do Facebook, você é bloqueado, porque a automatização não sabe diferenciar em ofensa ou não. Como disse a Pitty na música “Admirável Chip Novo” – que é uma alusão ao livro Admirável Mundo Novo de Aldous Huxley – sabemos o que eles vão fazer, reinstalar o sistema. Não importa que você segue tal tendência politica ou tal religião, sempre eles vão reinstalar o sistema e vão mudar a configuração. Porém, vão sempre reinstalar o sistema para dominar a grande massa.
Meu artigo “MMS: o remédio assassino que pode derreter o intestino”, foi censurado no Facebook por causa do nome, não houve nenhuma leitura breve. O artigo não fala de violência e sim, fala de uma substância tóxica que pode levar a morte se for ingerido. Dele só é feito alvejantes para braquear as roupas. Porém, as pessoas estão cada vez mais iludidas e politizadas num modo errado, buscando ídolos e buscando o que não interessa. Massa de idiotas.


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