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Amauri Nolasco Sanches Júnior
Dias desses – como assinei o HBOMaz – fiquei assistindo o
seriado Rome e fiquei observando que, sim, somos muito parecidos com eles. Mas,
tem uma única diferença, somos muito mais incompetentes. Essa patética demonstração
de força do nosso mais novo “Cesar do Bananal” – tivemos um “Stalin do Bananal”
– não nos traz nenhuma dúvida como o Brasil é uma piada pronta dentro do cenário
político mundial. Realmente, agora entendi o alerta climático da ONU (Organização
das Nações Unidas), quando vi a fumaça que esses tanques estavam soltando no
desfile. Patético. Cafona. Não cabe mais num mundo de hoje, onde a tática política
de demonstrar força é outra e isso me lembra A Arte da Guerra.
Uma das lições do livro milenar é: <<Se você conhece o
inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas. Se
você se conhece, mas não conhece o inimigo, para cada vitória ganha sofrerá
também uma derrota. Se você não conhece nem o inimigo nem a si mesmo, perderá
todas as batalhas>>. Ou seja, o filósofo da guerra chines Sun Tzu, quer
dizer que não tem como ganhar guerras políticas, guerras de batalhas ou coisa
parecida, se você não conhece seu oponente, não conhece a si e sua força e nem conhece
o que é mais sagrado, a si mesmo e sua própria força. Ou seja, essa história que
se você não conhece não tem importância, é tudo furada.
Mas, voltando a série, tem uma hora que Cesar – depois de
conquistar a Galia (França) – começa querer ser o governante e começa uma
marcha ate a cede, a cidade de Roma. A decima terceira legião atravessou o
Rubicão – um rio que fica na fronteira – e chega ate o território romano e os
senadores seguem Pompeu para a Grécia. Cesar entra na cidade sem muito esforço,
afinal, ninguém se opunha a força de seu exército. Todos nós que sabemos de história
sabe muito bem, que Júlio Cesar foi traído e assassinato. Ate existem teorias
que remontam um mundo se Júlio Cesar não tivesse sido assassinado, poderíamos ter
um outro mundo e poderíamos nem ter tido uma idade média. Mas, indo além das
distopias históricas, o fato é que ele foi assassinado, seu sobrinho Otavio vingou
a morte dele e foi o primeiro imperador romano.
A política tomou rumos bem mais ditatoriais como as
democracias gregas ou as monarquias, também, gregas. Onde reis tinham que
seguir ritos, tinha muito mais ligação territorial e cada cidade poderia ser autônoma,
mesmo falando a mesma língua ou ter a mesma cultura. A questão é bem mais
profunda do que se pensa ou se teoriza, pois, tem a ver quem somos e o que a cultura
transforma na nossa consciência. Por isso concordo com Sócrates, você tem que
conhecer a si mesmo para conhecer o universo. O que seria o universo? A realidade?
Nossa consciência do mundo e das coisas. Consciência, a meu ver, tem a ver com
o que percebemos e como interpretamos essa realidade. O mundo são os fatos e as
coisas são os objetos que convivemos com eles. Ou seja, no momento que
conhecemos os fatos (ações do tempo) podemos avaliar quais fatores ou coisas
(objetos) que causaram isso.
O fenômeno da consciência é um fenômeno de percepção a partir
das suas ideias e seus valores, pois, se estou vendo um frasco de álcool gel na
minha frente é porque aprendi o que é álcool e o formato (ou a condição gel). O
aprender é construir uma linha entre a ignorância e o conhecimento. Conhecimento
de si mesmo é conhecer dentro de si a capacidade de aprender, saber os valores
que te regem. Quando se coloca religiões, ideologias ou coisas do tipo, não se está
pensando ou agindo como você é, você é regido por coisas banais que não vão beneficiar
nem a você e nem os outros. Não se precisa ficar repetindo um valor para saber
que você tem esse valor ou conhecimento. E por outro lado, ser seguro de si não
é demonstrar poder, você exala poder e sabe o que tem que ser feito.
Quando se diz que devemos ter isso em mente, só sabemos conhecendo
a si mesmo.
Valeu! Bom texto camarada!👍
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