domingo, 29 de julho de 2018

A Toca do coelho chamada Facebook







Imagine você deitado de baixo de uma árvore e de repente, passa um coelho dizendo “estou atrasado”. Você se pergunta: atrasado por que? Você já vai estranhar um coelho dizer isso, e mais, dizer que está atrasado e corre atrás do coelho. Você vê que mundo doido, você se prende em salas, crescendo e diminuindo, conhece criaturas estranhas que não fazem o menor sentido lógico. Você pergunta para uma figura numa árvore (um gato sorridente) se ele poderia dizer qual caminho que você deveria tomar para sair daquele mundo. Ele responde, que dependera de onde você quer ir. Então, você responde que não importa onde você vai. A figura responde, que não importa o caminho que você escolha, porém, muito intrigado com a resposta você diz, contudo, que o caminho dê em algum lugar. E a figura diz, que se você andar o bastante, vai chegar em algum lugar. Mas. Você anda, você quer sair, mas, a rainha te prende e ainda quer sua cabeça.


Carrol, quando escreveu seu maior livro, Alice no país das Maravilhas – pelo que me lembro, ele escreveu como uma história para ensinar matemática – nunca imaginaria, que o mundo virtual pudesse ser possível. Afinal, esse mundo do livro poderia ser confundido, muito bem, com o mundo virtual. Figuras estranhas. Pessoas que não sabem aonde irem e nem o caminho tomar. Fotos que não existem e felicidades que só estão na cabeça de quem tirou a foto. Esse mundo foi, muito bem retratado, no filme Matrix, onde os seres humanos viviam num mundo virtual. Onde estaria a realidade? Onde está o mundo verdadeiro? Será que uma foto em uma piscina com champanhe é a verdadeira felicidade? Será que tudo que lemos nas redes sociais é verdade? Acho que não. Porém, quem pode dizer se há um critério para saber? Como a Alice do livro do Carroll, não temos a menor ideia qual caminho poderemos chegar a uma saída, mas, o gato diz se nós andarmos o bastante, poderemos chegar. Será que é o conhecimento? Será que pesquisando?

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As guerras ideológicas começam com o caminho que não se sabe ir. Assim como, confiar cegamente numa rede social como o Facebook, que, claramente, estará cagando para você e seu direito de falar o que você quiser. Eles são financiados pelo governo e fui milhares de vezes, censurado por eles. Tem um texto meu que escrevi tempos atrás (aqui), que mostram o quanto que não devemos confiar numa rede social, que o seu começo, começou com a raiva de Mark de não conquistar as mulheres. Foi um bulling. Ele esqueceu muito rápido que sua rede social (nem teve a capacidade de fazer o algoritmo primal do Facebook, idealizado e feito, pelo seu amigo), é uma puta fake News de Harvard. Isso mesmo. Era para zoar os alunos e quase zoou o tráfico da universidade, até onde contaram a verdade, não sei, mas, fato que ele tem um monte de dinheiro à custa de trabalho alheiro. Então, uma rede social que começou assim, tem chance de ser confiável?

Para entender o que acontece, temos que entender como funciona. Existe o Bit, que é uma simplificação para o digito binário, “Binary digit” em inglês. É a unidade de informação que pode armazenada ou transmitida, usada, principalmente, na computação e na teoria da informação. Um bit pode assumir somente dois valores: 0 ou 1, corte ou passagem de energia respectivamente. Se falarmos de modo, fisicamente, o valor de um bit, de uma maneira geral, armazenado como uma carga elétrica acima ou abaixo de um nível padrão em um único capacitor dentro de um dispositivo de memória. Porém, bits podem ser representados fisicamente por muitos valores. Mas, por que estou dizendo isso? O conceito do bit é também, importante entender como uma parte da Teoria da Comunicação que entra dentro do mundo virtual. Sem nenhum bit não pode existir comunicação dentro de qualquer computador e, por ventura, existe a programação. O fato que quando há um algoritmo – tudo na nossa vida tem um algoritmo – há uma informação sendo transmitida, e isso, sempre vai gerar um fator entrópico.

Primeiro, temos que entender, que tudo na sua vida contem seguimentos algorítmicos. Eu estou com meu computados ligado, ouvindo música, usando o teclado para escrever esse texto. Liguei o computador, estou usando o computador, coloquei uma música e estou escrevendo um texto para expressar uma opinião. Há uma linha lógica de acontecimentos que se liga, portanto, um algoritmo. Na programação, há uma sequência lógica para instruir o software a fazer o que o usuário deseja, ou seja, se eu estou escrevendo esse texto no MS-Word, alguém programou o software para obedecer ao comando do teclado (hardware). Portanto, no mundo e no universo, as informações podem criar e também, destruir um sistema e isso tem a ver com a entropia. Basicamente, a entropia, é usada muito na física e é a perda de energia. Em qualquer processo de uma transformação de energia em calor, uma certa quantidade dessa energia será, com certeza, desperdiçada e não será utilizada para esse objeto em questão (há teorias dizendo que essas energias não são desperdiçadas e voltam em outras formas).  Um exemplo, é quando esquentamos a água do café ou do chazinho (quem teve vovó sabe), nem todo aquele calor gerado será utilizado para aquecer aquela água, assim, é a entropia do calor.

Quando trazemos isso para a área da comunicação e na linguagem (afinal, não há comunicação sem linguagem), a Teoria da Comunicação pode utilizar a entropia para analisar os ruídos ou até mesmo, as incertezas da informação. Se tivemos a consideração que todas as mensagens seguem a roda emissor> canal de transmissão > receptor, que o emissor, pode por ventura, ser qualquer pessoa que passa essa mensagem, seja falada, escrita, por linguagem corporal ou por qualquer canal de transmissão (as redes sociais podem ser um exemplo), é o meio, como a fala, como uma matéria de jornal, um telefonema; é o receptor que receptor que recebe essa mensagem e a descodifica (com sua percepção), que poderemos, entender de forma da comunicação técnica.

E nesse processo sempre vai acontecer, passivamente, a entropia, de uma perda de energia na comunicação, com algum ruído, seja técnico ou linguístico (não escrever direito, por exemplo, ou um nome que não desperta interesse). Ou seja, o ruído é a interpretação do receptor faz da mensagem recebida, ou até mesmo, quando essa mensagem é enviada. Como disse, um único termo pode estragar toda a comunicação e põe ela a perder. Podemos, também, entender esse ruído e podemos consertar a comunicação perdida. Podemos entender os vários processos da mensagem e prestando bastante atenção em cada uma das etapas, poderemos até nos adaptar a nossa própria linguagem com quem recebeu. Por exemplo, mandamos um SMS para alguém, tendemos a usar textos curtos. A tecnologia do SMS não tem a pretensão de trabalhar com grandes textos, porque enviar uma mensagem longa, iria atrapalhar o meio e iria atrapalhar a compreensão da mensagem que, o receptor, iria não assimilar a informação. Muito embora, eu ache que esse exemplo do SMS – que peguei de um site que pesquisei – não seja muito adequado nos dias de hoje, mesmo o porquê, o princípio do SMS nos deu o WhattSApp. Nesse caso o ruído seria a maneira de escrever (num modo linguística) e não, o meio de onde você envia.

Mas acontece é que temos além de levar em conta a tecnologia usada para as mensagens enviadas e suas possibilidades, e compreender o objetivo da mensagem é fundamental. Podemos usar um exemplo, um e-mail de cunho profissional, que deve ser adequada a linguagem exigida pelas ocasiões. Você pode mandar um e-mail onde você manda um currículo, mas, você não pode mandar com uma linguagem coloquial ou alguma gíria. Dificilmente, um e-mail desse poderia começar dizendo: “E aí, beleza? ”. Esse exemplo é muito obvio, porque mostra que dificilmente dará o resultado esperado. E dessa forma, podemos dizer que há entropia da informação, tenta definir o grau que uma mensagem pode alcançar uma incerteza, assim, criando um ruído, uma redundância e uma imprevisibilidade. A comunicação assertiva está diretamente relacionada a essa teoria. O objetivo das duas é, justamente, identificar e corrigir os ruídos da comunicação interpessoal seja de linguagem, no meio utilizado ou a junção desses aspectos.

Com tudo isso, ainda Mark (que é considerado inteligente, mas, para mim é muito burro), acha que proibindo esse tipo de mensagem vai fazer um ruído. A internet é muito grande e tem vários ecos (que podemos chamar, também, de ressonância), que atinge conceitos, atinge posições políticas, atinge posições religiosas e com a crise, pode atingir várias posições econômicas. O próprio Mark sentiu isso essa semana, quando depois de várias resoluções e derrubamento de várias páginas pelo mundo, as ações caíram e ele perdeu bilhões. Esse tipo de erro cometeu o Google com a questão do Orkut, antes deles, a televisão (e a mídia em geral), manipulavam a informação e alienava. Mas, a tevê é uma caixa. A Google, quando construiu o Orkut, a internet era bem mais limitada e uma novidade (os norte-americanos não gostavam do Orkut), mas, hoje com o Facebook, a internet está muito mais ampla com muito mais redes sociais. Mark, com toda a inteligência que diz que tem, está com o perigo de ser mandado embora da própria empresa. Mostrando para os “anarcocapitalistas” que a empresa não é sua completamente, e também, que o capitalismo como um sistema aberto, não nos dará muitas opções. Até burrice tem limite. Como você é mandado embora de uma empresa que você mesmo construiu? Isso mostra que até pessoas, aparentemente, bem-sucedidas, podem fazer cagadas homéricas (heroicas com seu próprio patrimônio).

Mark é a Alice que pergunta para o gato que caminho trilhar, mas, não sabe aonde quer chegar. O gato (poderíamos chamar o sucesso), pergunta onde ele quer chegar, ele diz que não sabe, aí, o gato diz que qualquer caminho serve. Muitas pessoas acham que estão bem onde estão e com o que conquistaram, mas, o trabalho é continuo e tem que ter foco. O Mark não tem foco. Acha que engana todo mundo, porém, está engando ele próprio.

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