Imagine você deitado de baixo de uma árvore e de repente,
passa um coelho dizendo “estou atrasado”. Você se pergunta: atrasado por que? Você
já vai estranhar um coelho dizer isso, e mais, dizer que está atrasado e corre
atrás do coelho. Você vê que mundo doido, você se prende em salas, crescendo e
diminuindo, conhece criaturas estranhas que não fazem o menor sentido lógico. Você
pergunta para uma figura numa árvore (um gato sorridente) se ele poderia dizer qual
caminho que você deveria tomar para sair daquele mundo. Ele responde, que
dependera de onde você quer ir. Então, você responde que não importa onde você
vai. A figura responde, que não importa o caminho que você escolha, porém,
muito intrigado com a resposta você diz, contudo, que o caminho dê em algum
lugar. E a figura diz, que se você andar o bastante, vai chegar em algum lugar.
Mas. Você anda, você quer sair, mas, a rainha te prende e ainda quer sua
cabeça.
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Carrol, quando escreveu seu maior livro, Alice no país das
Maravilhas – pelo que me lembro, ele escreveu como uma história para ensinar
matemática – nunca imaginaria, que o mundo virtual pudesse ser possível. Afinal,
esse mundo do livro poderia ser confundido, muito bem, com o mundo virtual.
Figuras estranhas. Pessoas que não sabem aonde irem e nem o caminho tomar. Fotos
que não existem e felicidades que só estão na cabeça de quem tirou a foto. Esse
mundo foi, muito bem retratado, no filme Matrix, onde os seres humanos viviam
num mundo virtual. Onde estaria a realidade? Onde está o mundo verdadeiro? Será
que uma foto em uma piscina com champanhe é a verdadeira felicidade? Será que
tudo que lemos nas redes sociais é verdade? Acho que não. Porém, quem pode
dizer se há um critério para saber? Como a Alice do livro do Carroll, não temos
a menor ideia qual caminho poderemos chegar a uma saída, mas, o gato diz se nós
andarmos o bastante, poderemos chegar. Será que é o conhecimento? Será que pesquisando?
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As guerras ideológicas começam com o caminho que não se sabe
ir. Assim como, confiar cegamente numa rede social como o Facebook, que,
claramente, estará cagando para você e seu direito de falar o que você quiser. Eles
são financiados pelo governo e fui milhares de vezes, censurado por eles. Tem
um texto meu que escrevi tempos atrás (aqui), que mostram o quanto que não
devemos confiar numa rede social, que o seu começo, começou com a raiva de Mark
de não conquistar as mulheres. Foi um bulling. Ele esqueceu muito rápido que
sua rede social (nem teve a capacidade de fazer o algoritmo primal do Facebook,
idealizado e feito, pelo seu amigo), é uma puta fake News de Harvard. Isso mesmo.
Era para zoar os alunos e quase zoou o tráfico da universidade, até onde
contaram a verdade, não sei, mas, fato que ele tem um monte de dinheiro à custa
de trabalho alheiro. Então, uma rede social que começou assim, tem chance de
ser confiável?
Para entender o que acontece, temos que entender como
funciona. Existe o Bit, que é uma simplificação para o digito binário, “Binary
digit” em inglês. É a unidade de informação que pode armazenada ou transmitida,
usada, principalmente, na computação e na teoria da informação. Um bit pode
assumir somente dois valores: 0 ou 1, corte ou passagem de energia
respectivamente. Se falarmos de modo, fisicamente, o valor de um bit, de uma
maneira geral, armazenado como uma carga elétrica acima ou abaixo de um nível padrão
em um único capacitor dentro de um dispositivo de memória. Porém, bits podem
ser representados fisicamente por muitos valores. Mas, por que estou dizendo
isso? O conceito do bit é também, importante entender como uma parte da Teoria
da Comunicação que entra dentro do mundo virtual. Sem nenhum bit não pode
existir comunicação dentro de qualquer computador e, por ventura, existe a
programação. O fato que quando há um algoritmo – tudo na nossa vida tem um
algoritmo – há uma informação sendo transmitida, e isso, sempre vai gerar um
fator entrópico.
Primeiro, temos que entender, que tudo na sua vida contem
seguimentos algorítmicos. Eu estou com meu computados ligado, ouvindo música,
usando o teclado para escrever esse texto. Liguei o computador, estou usando o
computador, coloquei uma música e estou escrevendo um texto para expressar uma
opinião. Há uma linha lógica de acontecimentos que se liga, portanto, um
algoritmo. Na programação, há uma sequência lógica para instruir o software a
fazer o que o usuário deseja, ou seja, se eu estou escrevendo esse texto no
MS-Word, alguém programou o software para obedecer ao comando do teclado
(hardware). Portanto, no mundo e no universo, as informações podem criar e
também, destruir um sistema e isso tem a ver com a entropia. Basicamente, a
entropia, é usada muito na física e é a perda de energia. Em qualquer processo
de uma transformação de energia em calor, uma certa quantidade dessa energia
será, com certeza, desperdiçada e não será utilizada para esse objeto em
questão (há teorias dizendo que essas energias não são desperdiçadas e voltam
em outras formas). Um exemplo, é quando
esquentamos a água do café ou do chazinho (quem teve vovó sabe), nem todo
aquele calor gerado será utilizado para aquecer aquela água, assim, é a
entropia do calor.
Quando trazemos isso para a área da comunicação e na
linguagem (afinal, não há comunicação sem linguagem), a Teoria da Comunicação
pode utilizar a entropia para analisar os ruídos ou até mesmo, as incertezas da
informação. Se tivemos a consideração que todas as mensagens seguem a roda
emissor> canal de transmissão > receptor, que o emissor, pode por
ventura, ser qualquer pessoa que passa essa mensagem, seja falada, escrita, por
linguagem corporal ou por qualquer canal de transmissão (as redes sociais podem
ser um exemplo), é o meio, como a fala, como uma matéria de jornal, um
telefonema; é o receptor que receptor que recebe essa mensagem e a descodifica
(com sua percepção), que poderemos, entender de forma da comunicação técnica.
E nesse processo sempre vai acontecer, passivamente, a
entropia, de uma perda de energia na comunicação, com algum ruído, seja técnico
ou linguístico (não escrever direito, por exemplo, ou um nome que não desperta
interesse). Ou seja, o ruído é a interpretação do receptor faz da mensagem
recebida, ou até mesmo, quando essa mensagem é enviada. Como disse, um único
termo pode estragar toda a comunicação e põe ela a perder. Podemos, também,
entender esse ruído e podemos consertar a comunicação perdida. Podemos entender
os vários processos da mensagem e prestando bastante atenção em cada uma das
etapas, poderemos até nos adaptar a nossa própria linguagem com quem recebeu. Por
exemplo, mandamos um SMS para alguém, tendemos a usar textos curtos. A
tecnologia do SMS não tem a pretensão de trabalhar com grandes textos, porque
enviar uma mensagem longa, iria atrapalhar o meio e iria atrapalhar a
compreensão da mensagem que, o receptor, iria não assimilar a informação. Muito
embora, eu ache que esse exemplo do SMS – que peguei de um site que pesquisei –
não seja muito adequado nos dias de hoje, mesmo o porquê, o princípio do SMS
nos deu o WhattSApp. Nesse caso o ruído seria a maneira de escrever (num modo
linguística) e não, o meio de onde você envia.
Mas acontece é que temos além de levar em conta a tecnologia
usada para as mensagens enviadas e suas possibilidades, e compreender o
objetivo da mensagem é fundamental. Podemos usar um exemplo, um e-mail de cunho
profissional, que deve ser adequada a linguagem exigida pelas ocasiões. Você
pode mandar um e-mail onde você manda um currículo, mas, você não pode mandar
com uma linguagem coloquial ou alguma gíria. Dificilmente, um e-mail desse
poderia começar dizendo: “E aí, beleza? ”. Esse exemplo é muito obvio, porque
mostra que dificilmente dará o resultado esperado. E dessa forma, podemos dizer
que há entropia da informação, tenta definir o grau que uma mensagem pode
alcançar uma incerteza, assim, criando um ruído, uma redundância e uma
imprevisibilidade. A comunicação assertiva está diretamente relacionada a essa
teoria. O objetivo das duas é, justamente, identificar e corrigir os ruídos da
comunicação interpessoal seja de linguagem, no meio utilizado ou a junção
desses aspectos.
Com tudo isso, ainda Mark (que é considerado inteligente,
mas, para mim é muito burro), acha que proibindo esse tipo de mensagem vai
fazer um ruído. A internet é muito grande e tem vários ecos (que podemos
chamar, também, de ressonância), que atinge conceitos, atinge posições políticas,
atinge posições religiosas e com a crise, pode atingir várias posições econômicas.
O próprio Mark sentiu isso essa semana, quando depois de várias resoluções e
derrubamento de várias páginas pelo mundo, as ações caíram e ele perdeu bilhões.
Esse tipo de erro cometeu o Google com a questão do Orkut, antes deles, a televisão
(e a mídia em geral), manipulavam a informação e alienava. Mas, a tevê é uma
caixa. A Google, quando construiu o Orkut, a internet era bem mais limitada e
uma novidade (os norte-americanos não gostavam do Orkut), mas, hoje com o Facebook,
a internet está muito mais ampla com muito mais redes sociais. Mark, com toda a
inteligência que diz que tem, está com o perigo de ser mandado embora da própria
empresa. Mostrando para os “anarcocapitalistas” que a empresa não é sua
completamente, e também, que o capitalismo como um sistema aberto, não nos dará
muitas opções. Até burrice tem limite. Como você é mandado embora de uma
empresa que você mesmo construiu? Isso mostra que até pessoas, aparentemente, bem-sucedidas,
podem fazer cagadas homéricas (heroicas com seu próprio patrimônio).
Mark é a Alice que pergunta para o gato que caminho trilhar,
mas, não sabe aonde quer chegar. O gato (poderíamos chamar o sucesso), pergunta
onde ele quer chegar, ele diz que não sabe, aí, o gato diz que qualquer caminho
serve. Muitas pessoas acham que estão bem onde estão e com o que conquistaram,
mas, o trabalho é continuo e tem que ter foco. O Mark não tem foco. Acha que
engana todo mundo, porém, está engando ele próprio.
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