Amauri Nolasco Sanches
Junior
Havia um filósofo grego que dizia que o dialogo era
importante para se chegar ao real conhecimento. Esse filósofo era Platão, que
lógico, seguia os passos do seu mestre Sócrates. Por que? Porque com o dialogo
sempre iremos descobrir, que o conhecimento é uma construção de informações que
começamos, após vários esclarecimentos, a entender o porquê daquilo. Tem a ver
com a dialética entre a tese, a antítese e a síntese. A tese é uma parte do
assunto ou uma opinião, a antítese é uma ideia oposta e a síntese é uma junção
e um acordo em comum. Acontece, que temos dois lados que são, mais ou menos,
sem paciência de ouvir opiniões contrarias. Mas, a esquerda lacradora que só
enxerga a minoria quando quer ser resgatar eles – nunca vi nenhum deles levarem
um dessas minorias para almoçar na sua casa – só enxerga a minorias quando está
dentro da agenda do dia e lógico, não consegue dialogar sem antes, acharem que
você não é um universitário de humanas que tem que ter um diploma. E, quando
interessa, pegam expressões estrangeiras para poderem dialogar, que para mim, é
completamente, ridículo.
A atriz Kéfera Buchmann não soube manter um diálogo com um
jovem convidado no programa da Fatima Bernardes (volta TV Globinho!!!), que não
soube se explicar. Pelo que eu entendi, a questão que ele trouxe é que as
mulheres não podem ser tocadas. Bom, eu também não gosto de ser cutucado quando
eu estou vendo outra coisa ou que estou conversando. Mas, eu acho que a Kéfera
se empolgou um pouco. Pelo que já li e já ouvi várias feministas falarem, o
feminismo não é o oposto do machismo, o feminismo quer dialogar e procurar
condições de igualdade entre homens e mulheres. Também tem um outro problema, a
questão da construção cultural da mulher, hora dentro da religião
judaico-cristão do mito de Adão e Eva (que seria apenas uma simbologia), hora
pela própria cultura étnicas que foram realizadas por milênios, onde que ela
tem que estar submissa ao homem. Mas, existem feministas (as famosas
feminazis), que não querem estar em pé de igualdade com os homens e sim, querem
ser superiores aos homens. Colocam todos os homens em pé de igualdade e não é
bem assim.
Nem todos os homens são estupradores ou canalhas em
potencial. Nem todos os homens foram educados para serem “machos” e que, muitos
desses homens, respeitam as mulheres. O problema é a generalização, até mesmo,
dentro da imprensa. Existem homens que se sentem galos dentro de um galinheiro
e a mulher só servem para isso, não tenhamos duvidas que existem homens “cavernosos”.
Mas, por outro lado, não são todos. Não teria coragem de machucar ninguém e nem
violentar mulheres, porque a minha ética e minha moral, não permite isso. O
machismo e a definição das mulheres num modo social, são uma construção a
partir da educação que cada mãe dará ao seu filho. Por que eu vejo as mulheres
como seres humanos? Porque minha mãe me educou assim, que devo respeitar as
mulheres e devo sempre ver elas, não como um objeto, mas, como seres que
precisam ser amadas e respeitadas. Lógico, que existem mulheres canalhas,
mulheres promiscuas e essas mulheres devem sim ouvir a verdade, elas não devem
ser poupadas de receber críticas. Assim como muitos homens recebem.
Eu, pessoalmente, gostei de um vídeo do youtuber Luba, do
canal do YouTube, LubaTV, que disse assim: “Se você precisa atacar uma pessoa e
não consegue debater contra o argumento dela, talvez você mesmo não entende o
que está falando ou tentando defender”. Bingo. Quem precisa atacar a outra
pessoa com ataques pessoais, são as pessoas que precisam impor algum argumento
e não, entender o argumento em si. Afinal, todo conceito (porque não,
preconceito), são construções culturais recebidas pela educação. Um exemplo clássico
de “ad homine” são os vídeos do Olavo de Carvalho, ou do seu discípulo, Nando
Moura, que ao invés de atacar a essência do argumento, ficam atacando a pessoa.
Eu acho, que isso faz parte da nossa cultura. Em um outro momento, Luba disse: “Outro
problema que tenho com esse tipo de falácia é que, por mais que você não goste
da pessoa, ela pode, sim, falar sobre o que ela quiser”. Que seria o princípio
da democracia, certo? Inclusive, a própria Kéfera disse um monte de coisas sem noção
no passado, que não faz sentido, nessa fase dela agora.
A Kéfera respondeu assim para o Luba: “Só consigo pensar
numa coisa, será que vocês adivinham? Um homossexual branco que não acredita em
lugar de fala definitivamente está fazendo um desserviço a todos, uma pena”. Para
a Kéfera, o fato do Luba ser um homossexual e branco, não dá o direito dele de
criticar suas falas e várias postagens do tipo. “Homossexual branco”, foram
ditas no Twitter. Claro, que quem viveu pode ter argumentos mais sólidos, mas,
isso não quer dizer que outras pessoas não podem argumentar também? Afinal,
temos mãe, temos irmãs, temos esposas e namoradas, temos sogras, temos cunhadas
e por aí vai. A questão é: não podemos defender as mulheres por causa que somos
homens?
O grande problema é que você não faz resistência com “algodão”.
Acham mesmo que vão ter uma resistência com músicas de Caetano Veloso ou Chico
Buarque, com aquelas caras que estão com nojo do violão? Claro que não.
Resistencia tem que ser “porrete” de metal. Como diria Nietzsche, você só filósofa
com o martelo. Mas, não é esse martelinho de “merda” que fazem aqui no Brasil. É
um marretão alemão. Martelo que destrói. Que desmonta. Como essa parte da música
do Metallica, Master of Puppets:
“Venha rastejando
rápido
Obedeça a seu mestre
Sua vida queima
rápido
Obedeça a seu mestre
Mestre”
Essa música fala do papel político da religião em todos os séculos.
O ser humano que descobriu que poderia manipular as pessoas pela fé – que nada
tem a ver com a espiritualidade – dominou melhor seu povo e fez dele o que
quis. Porém, também pode mostrar que o ser humano sempre precisa de um mestre,
um guru para mostrar o caminho de uma salvação que só você pode encontrar. Conhecer
a si mesmo. Ver as suas virtudes para aí sim, governar e não ser governado por
nenhum “salvador” da pátria. Essa merda de resistência (que nem de longe, é
comparado com meu blog), é muito intelectualzinha de esquerda caviar que quer
lacrar para lucrar. Cadê o lugar de fala das pessoas com deficiência? As mulheres
com deficiência são ou não, defendidas pela hashtag da vida pela Kéfera ou por
outras “feministas” de butique? É fácil ser feminista na Globo, quero só ver
ser feminista numa cadeira de rodas, ser feminista numa firma com um macacão e
levando cantada todo dia.
Esse é um de vários exemplos que eu poderia dar, para
explicar a resistência verdadeira. Mas, por que devemos resistir somente o
governo Bolsonaro? Será que a política e o ESTADO brasileiro não estão
infestado de atos corruptos e contra a população? A resistência, para ser resistência,
tem que ser de tudo.
Resposta dos tweets da Kéfera:
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