quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Você não sabia que Freddie Mercury era gay? Faça o ENEM



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Amauri Nolasco Sanches Junior

Existia um filósofo chamado Rene Descartes (1596-1650), que começou a duvidar de tudo que o ser humano produziu dentro de uma cultura e dentro de todo o pensamento. No fundo, as coisas humanas são falhas e podem, muito bem, errar. Mas, será que aquela moral é certa? Será que ser contra algo, devo apoiar a outra? Ser de uma religião, não quer dizer aceitar cegamente, ao longo da vida. Descartes disse no Discurso ao Método, que a consciência é construída como um prédio, que comece nas bases. Porém, qual é a base de consciência? A educação. O termo educação vem de educar e a origem desta, vem do termo “educare” que é um derivado de “ex”, tem o significado “fora” ou “exterior” e “ducere”, que significa, de “guiar”, “conduzir” e “instruir”. Em latim, o significado é, literalmente, “guiar para fora”. Se educar é instruir, podemos pensar, isso quer dizer a moral. A moral pode ser indagada? Sim.

 Quando Descartes disse “Penso logo existo” (cogito ergo sun), quis dizer que a única certeza que temos é a nossa existência, pois, todo o resto pode ser uma ilusão que um “gênio do mal” pode induzir. Mas, vou pular para o século XIX, com Nietzsche (1844-1900) que criticou a moral. Para o filósofo alemão, a moral é um ressentimento dos fracos para barrar os fortes e os fortes na mostrarem que são fortes. Só observar quando a moral é usada para atacar uma parcela de cidadãos só porque, é contra uma ideologia ou uma posição política. Os fortes não precisam vaiar algo, eles são fortes para aceitar a vida como ela é, sem idealizações ou sem nenhuma moral, que tranca qualquer possibilidade de viver por viver.

Quem gosta de rock – tem muito picareta que cai de paraquedas – gosta e já ouviu a banda Queen e o seu vocalista, Freddie Mercury, que era gay. Não adianta achar que não era, ele era e isso não vai mudar. Então, por que você vai ao cinema – pagando R$ 24,00 – e fica vaiando, quando mostra quando ele se relaciona com outros homens? Essa vaia vai mudar a realidade que o filme mostra? Não. As realidades não mudam só porque você quer, porque você acha que o mundo tem que ser como você quer, como você idealizou, é uma ilusão. Nietzsche diria que o mundo é o que é e não vai mudar. Só resta uma questão: se você é contra, por que assistir ao filme? Ser contra um lado ideológico é ser contra uma realidade que não vai mudar? Claro que não. As realidades não vão mudar. A realidade mostrada no filme – eu não vi ainda – não vai mudar. A questão aqui no Brasil, é não aceitar que o mundo está mudando e é melhor aceitar, senão, vai doer e muito. Ser conservador, não é sinônimo de não querer mudança, mas, querer que as mudanças sejam melhor examinadas e melhor implantadas para serem a harmonia social. Simples. Ter moral não é ser moralista.

Descartes diria que essa coisa de ficar contra gays deveria ser duvidada, porque é um valor anti-humano e antipatia com pessoas que não tem a mesma orientação sexual do que você. Por que devemos ser contra? O que eles prejudicam nossas vidas? Esse é a síntese do liberalismo, respeitar todas as pessoas sejam o que for que pensem, que escutem, que façam e é um direito humano. É um direto ser o que você é e ninguém pode desrespeitar nada. E por que essas coisas são ensinadas ainda no Brasil? Qual o interesse das religiões em alimentar o preconceito, uma moral que não cabe mais nesse mundo que está mudando? Ser cristão é ser preconceituoso? Eu nunca li nada no evangelho, que Jesus disse ser contra gays ou ser contra qualquer coisa, muito pelo contrário.

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