quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Michelle Bolsonaro discursa em Libras e a verdadeira inclusão





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Amauri Nolasco Sanches Junior

Qual presidente, ou primeira-dama, discursou para uma minoria esquecida e sem voz? Os presidentes da nata da esquerda, como costuma dizer os petistas (adeptos ao PT), não conseguiram amarrar compromisso com o segmento das pessoas com deficiência dentro da educação (professores preparados e qualificados para lhe dar com crianças com deficiência), não fizeram nenhuma campanha para conscientizar que é preciso incluir-nos dentro da sociedade tendo o básico, e no trabalho. Os governos de esquerda não conseguiram nem, numa forma bastante genérica por ter escrito muito sobre isso, fazer cumprir as leis de cotas para pessoas com deficiência em empresas. Por que? Porque existem, dentro do governo, uma oligarquia que sempre vai barrar esse tipo de lei que beneficiam boa parcela de nós. A esquerda deveria priorizar esse tipo de pauta, mas, não priorizou (nem vou dizer em que pauta tiveram maior empenho de priorizar).

Porém, um presidente de direita (conservadora), faz um discurso voltado aos “esquecidos”. Quando a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, quebrou o protocolo em fazer um discurso antes do marido (Bolsonaro), fez uma coisa que nenhuma primeira-dama fez; saiu do anonimato e fez um discurso, ainda, um discurso se dirigindo as pessoas com deficiência e a comunidade surda. Mostrou ao mundo a importância de incluir as pessoas com deficiência (seja qual deficiência que for), para qualquer tipo de governo e o ESTADO. Não seria melhor que pessoas com deficiência pudessem trabalhar? Que existissem o cumprimento da engenharia universal, que transportes sejam acessíveis ou que as pessoas respeitassem as prioridades e as vagas de pessoas com deficiência? Foi uma abertura para o diálogo e se o segmento das pessoas com deficiência não aproveitas, será muita burrice.

Críticas ao próprio Bolsonaro tenho um monte, mas, não dá para criticar coisas que estão certas e foi um grande avanço. Por outro lado, esse discurso em Libras pode ter aberto uma discussão bem mais ampla e pode ter um viés de conscientização, pois sempre nos esconderam em baixo de catacumbas ou instituições que nada fazem para ajudar a nos incluírem. Tem um viés de marketing? Claro. Mas, tem muito movimento em prol da causa, que também faz esse tipo de coisa. Mas vou esclarecer uma coisinha. Muitos irão dizer que é um discurso demagógico (como se a esquerda não fizesse esse tipo de discurso) ou que é um discurso assistencialista (teletoniano), por outro lado, vale destacar que estamos numa cultura assistencialistas (que eu coloquei no meu livro e poucos compraram). Se a Michelle Bolsonaro ou o próprio Bolsonaro tem essa visão assistencialista, isso é culpa da nossa cultura, que em partes, muitas das pessoas com deficiência apoiam e até tiram uma “grana” com palestras. Não é só aqui que existem o assistencialismo, existem em várias partes do mundo pessoas que defendem a “perfeição” e acham que bebês com deficiência congênitas (como a síndrome de Down), deveriam ser abortados. Um caso famoso, foi em 2015 (se não me engano), que o biólogo Richard Dawkins disse que mães que tinham filhos com a Síndrome de Down, eram pessoas sem ética.

Então, as pessoas deveriam ter uma visão do outro lado da questão. Um lado além da ideologia e o desprezo, pois, somos lembrados num discurso de posse, num discurso que pode ser assistencialista, porém, é um discurso. Eu não gosto de nenhum governo, mas, estamos na jurisdição de um, se não aprendemos a arte política, vamos ficar para traz. Não dá para ficar com discursos adolescentes por toda a vida.


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